1 ano de celibato.

1 ANO DE CELIBATO.

Hoje faz 365 dias que não dou nem um beijo na boca. Minha escolha.

Passei esse tempo coletando os cacos do que sobrou da minha energia sexual. Vital. Meu poder feminino. E lambendo minhas feridas.

Eu atraí um predador. E fiquei com ele 1 ano e meio. Mesmo sabendo desde o primeiro beijo que ele era o homem errado. Eu não conseguia me ouvir. Minha carência, meu vazio, minha vulnerabilidade emocional falavam mais alto.

Eu mentia pra mim mesma. Fingia que não via. Eu me dizia que tinha um lado dele que só eu conhecia. Tentava acreditar que ele ia mudar. Que eu ia mostrar pra ele uma forma melhor de ser. Que ele se inspiraria e se tornaria o homem que eu via que ele podia ser.

Quantas mulheres não caem nessa ilusão? E se colocam na posição de salvadora, cuidadora, mãe de marmajo?

E eles vão tomando. Tudo que podem.

Aproveitando pra jogar todo o lixo que tem em si no espaço sagrado do útero da mulher. Ela que processe seu entulho emocional, kármico, energético pra ele…

Eu via nele o meu passado e achava que podia ensiná-lo o que eu aprendi e libertá-lo.

No fim, fui eu que acabei virando ele. Voltei pro meu passado e pra minha prisão. Engordei 30 kgs (que ele tinha perdido 1 ano antes de me conhecer). Me tornei uma viciada em drogas (açucar, cigarro, raiva e vitimismo) como ele tinha sido em outras drogas anos atrás.

É a mulher que recebe a energia do homem dentro de si. No final, são eles que acabam nos puxando pro buraco e não nós que os tiramos de lá.

Eu não sabia do PODER que uma relação tinha de destruir alguém. Nunca tinha tido essa experiência. Foi uma surpresa. Acontece uma alquimia profunda entre um homem e una mulher.

Imagino que possa acontecer pro bem também, se soubermos escolher à partir do transbordar de uma essência que já se basta e não do vazio que desesperadamente precisa ser preenchido.

Uma iniciação. Um fundo do poço onde se pode finalmente ver tudo. Um aprendizado profundo de amor próprio, auto-escuta, seleção, valor pessoal. E, principalmente, RESPONSABILIDADE. Não sou vítima desse predador. Eu permiti. EU SABIA!

E celebro onde isso tudo me trouxe. O que não te mata, te deixa mais forte.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *