Archive for December 2018

Os sinais do Revéillon

Há alguns anos que comecei a reparar algumas coincidências… Parece que durante a noite do revéillon, acontecem algumas coisas que são simbólicas do ano. Como se a noite em si tivesse mini-pistas sobre como será o seu ano.

Por exemplo:

Em 2014, tive uma das melhores celebrações da minha vida, em Caraíva com minhas amigas. Dançamos a noite inteira sem parar! No meio da noite, a festa em que estávamos na praia, retirou o pano que rodeava o espaço, abrindo para todos e praia aberta. Nesse momento, o sol raiava e entrou em cheio no meio da festa. Foi uma visão linda, eu senti que alguma verdade seria revelada. Alguma parede quebrada. Uma grande iluminação. E foi! Neste ano dediquei-me a estudar espiritualidade. Me formei em Fogo Sagrado, fiz o retiro de Leitura de Aura e conheci os xamãs siberianos que mudaram a minha vida e me fizeram descobrir o que eu era!

Ao final da festa, um estranho muito doido vira pra gente e fala: Meu desejo pra vocês é que esse ano seja inesquecível, inesquecível será o ano! O ano foi mesmo inesquecível e incrivelmente esse foi o ano que voltei a escrever diários e registrei cada momento! Um ano que marcou profundamente minha visão de mim mesma. E que carrego comigo para sempre. Foi inesquecível.

2016 foi outro ano super simbólico! Passei a virada em Copacabana com uma amiga. Eu estava arrasada que era aquela a celebração que consegui manifestar aquele ano. 2015 foi bem punk mesmo. Não gosto de passar em Copa, sinto que é sempre a última opção. Pelo menos nós tínhamos um ácido e tomamos. Não fez nenhum efeito… Já estávamos indo pra casa 1:00 hora da manhã, derrotadas, um noite em nada especial quando resolvemos fumar nosso único baseado antes de ir pra casa. Sentamos na praia em frente de casa e fumamos. Nesse momento, o ácido bateu, ficamos alucinadas e a noite foi incrível de virada. Rimos muitoooo! Conversamos pra caramba. Andamos pra lá e pra cá. Nos metemos no meio das festas na orla… Chegamos em casa super felizes!

O ano em si foi uma virada também. Passei 6 meses trabalhando em um hotel 5 estrelas em um emprego que sugava toda vida de dentro de mim. Eu fui um zumbi. Só ia pro trabalho e ficava em casa. Quase não saia. Não tinha muitos amigos. Entrava no ônibus e ia trabalhar. Era minha vida. Até que em Outubro minha energia mudou, fui convidada pra ir morar na África do Sul por uma amiga, pedi demissão e fui. Passei 5 meses mochilando a África, me descobrindo, vibrando alegria, voltando a ser eu! Descobri uma mulher corajosa, mágica, no fluxo! Foi incrível! De virada passou de um dos piores para um dos melhores anos de toda minha vida.

2017, putz! Festãooooo! Eu estava num festival super alternativo em um das terras mais sagradas e mágicas de todo mundo: Wild Spirits na África do Sul. Eu estava com várias expectativas! Mas no dia em si aconteceu algo estranho. Eu não estava me sentindo nada bem, fechadona, não conseguia celebrar nem ficar perto das pessoas. Às 11:00 horas da noite, eu estava sozinha dentro de um círculo de árvores no escuro enquanto o festival acontecia lá no fundo… Eu desisti da noite, resolvi ir dormir. Disse pra mim mesma: não acredito que minha noite vai terminar assim. Quando eu estava indo pro meu quarto, a galera estava toda sentada ao redor da fogueira e resolvi ir pra lá esperar apenas dar meia-noite e depois ir dormir. À meia-noite, enquanto fazíamos a contagem regressiva, a vibração subiu muito e de repente foi como se o chão sugasse tudo de ruim que eu estava sentindo. De repente eu estava uuuuuuótima. Jump cut: são oito horas da manha e eu estou bombando na pista de dança ouvindo trance!! Foi incrível!

O ano em si, saí da África do Sul para ir morar nos EUA. Recebi meu green-card e eu estava no fluxo mesmo… Achei uma boa idea ir pra lá ganhar dinheiro em dólar. No momento que saí da África, soube que tinha cometido um erro terrível. Mas fui pros EUA mesmo assim, ver qual é. Cheguei lá e fui piorando, piorando. Odiei o lugar, odiei as pessoas, odiei a egrégora, energeticamente eu comecei a sofrer, a floresta onde eu morava era dark, tudo era bastante artificial, não tinha fogo em lugar algum!! Quando finalmente desisti, eu estava um caco. Mental, emocional, energia… Deprimida. Triste. E aí, eis que entro num avisão de volta pra África para viver O MELHOR VERÃO DE TODA MINHA VIDA.

Durante a festa de ano novo, antes das 8 da manha, fiquei com dois caras. O primeiro, beijava muito mal! O cara me machucava a um ponto de eu olhar pra ele e falar “don’t hurt me!”. Já no finalzinho da manhã, eu comecei a dançar muito com um outro casa maravilhoso, a gente fechou muito, aí na hora que eu estava indo ele virou pra mim e disse “if you leave, i’m fucked!” e demos um beijinho lindo. E fui.

A-ha. Nos EUA, eu conheci um cara que fiquei algumas vezes, comecei a gostar dele e ele foi o homem mais babaca com quem já me relacionei! O que ele fez comigo foi tão bizarro que não tenho nem coragem de compartilhar mas ele me machucou. Que nem o primeiro que eu beijei na festa. Já, durante o melhor verão da minha vida, conheci um homem maravilhoso por quem me apaixonei de verdade e ficamos juntos 5 meses. Terminou porque ele teve que partir para ir trabalhar em outro lugar e eu queria ficar onde estava. A partida dele me arrasou. Me mudou. Me fudeu. “if you leave, i’m fucked.”

Então, finalmente, chegamos em 2017. Eu já estava super convencida da simbologia dessa noite!! Atenta a absolutamente todos os sinais. E eu estava cheia de expectativas para o ano. Um erro. Se tenho aprendido alguma coisa é que quanto menos expectativas, melhor! Nesse ano, eu coloquei intenções, criei um logo pro ano (2018: are you in or are you out?), fiz minhas resoluções. Já estava achando que ia arrasar na maionese! Comecei um detox 7 dias antes para passar o ano em mais alta vibração.

Boom! No dia 31 de dezembro, acordo com 40 graus de febre. Não consigo me mexer. Passo o dia deitada, pegando sol! Achando que o calor do sol me faria suar e passar quando na verdade eu só estava aquecendo meu corpo e piorando tudo! Eu passei o dia com pena de mim. Uma voz me disse: you will be tested. Passei o dia sofrendo, minha noite estava acabada… Reclamando pra todo mundo. Teve um momento de desisti e resolvi ir dormi mas parei, e pensei, se eu dormir vou acabar deprimida na casa da minha mãe. Preciso me levantar e fiz um esforço fenomenal para me levantar e voltar para o bar. A noite foi longa, os sinais foram muitos. Começamos todos na comunidade onde eu morava, vestidos de jaguar. Eu lutando contra toda energia negativa pesada do lugar. Sendo atacada por várias entidades. Me recusando a beber. Meu namorado então, finalmente, me fez tirar todos os casacos que eu usava para esfriar o corpo e fomos para outra festa. Comecei a melhorar. Aí resolvemos mudar de festa, eu achei muito cedo mas concordei que seria muito bom me movimentar, mudar de cenário. Caminhamos um longo tempo até a festa, lado a lado mas sem mãos dadas. No meio do caminho, um estranho nos ofereceu um atalho, não tomamos. Um coelho branco apareceu correndo na nossa frente nos acompanhando. Chegamos na festa, eu já estava muito melhor. Eu estava muito apaixonada. Ele olhou pra mim e disse “it’s time”. Tomamos vinho a noite toda. Passou a festa toda sendo muito amoroso comigo. Durante um momento, eu queria muito um cigarro, e gritei pros céus “I wish!” e ele apareceu com um cigarro imediatamente. Aí comecei a viajar que eu ia me casar com ele e senti como se todas as pessoas do local pudessem ouvir meus pensamentos e estivessem sentindo eu tomar essa decisão. Deixei pra lá porque estava de 7g de cogumelos na cabeça by then. Conversei com o fogo. Dançamos pouco mas a música que marcou foi Slip Dance – Elliot Moss e, sem que eu soubesse a letra, nesse momento, ele segurava minha mão e eu larguei a mão dele para ir dançar sozinha (depois fui ver que a letra diz: you better hold on or it’s gonna slip through your hands). Dancei com fogo. Caminhávamos de volta muito doidos, ele se abriu, chorava me contando histórias da vida dele e eu chorava com ele. Chegamos em casa e fizemos sexo até desmaiar. Fomos dormir 10:30 da manha.

Muitos dos sinais se realizaram que nem uma luva. Outros nem tanto… Mas eu acredito que ainda vem muito por aí e já acho que um revéillon desse precisava de um pouco mais de 365 para se realizar. Mas posso dizer que muito do ano foi sobre sinais em si.

O ano como um todo foi tipo esse choque de acordar com 40 graus de febre. O que eu imaginava que aconteceria, acabou sendo muito diferente. Eu senti pena de mim, piorei as coisas. Tomei atalhos. Não fui caminhar quando devia ter ido. Desisti. Fiquei deprimida na casa da minha mãe. Deixei slip o que eu deveria ter held on to. Desenvolvi uma relação mística de comunicação com o fogo e me queimei. Sofri ataques de entidades diversas. Quando it’s time chegou, eu errei e perdi o timing porque não sabia o que eu queria (meu wish). Aprendi sobre wishing e colocar encantos em mim mesma. O coelho branco me levou sim muito profundo para o mundo a Alice, saí da realidade, atravessei o espelho e não soube fazer o caminho de volta (assim como faz o xamã). Tudo isso para, finalmente, aprender a me levantar. Aprender a saber o que eu quero. Aprender a seguir os sinais. A querer e lutar pelo que eu quero. Meditei demais, abri meus poderes telepáticos, pessoas pareciam ouvir meus pensamentos toda hora. Escolhi me casar com ele e depois mudei de ideia. Várias vezes.

Era pra ter sido diferente!? Acredito que sim. Acredito que eu poderia ter ficado. Esperado. Caminhado. Focado mais na matéria. Acredito que eu poderia ter feito muitas coisas diferentes e agora estar fazendo sexo várias vezes por dia com um homem que amava. Mas eu tinha muitas lições para aprender ainda. Estava em um nível diferente do que eu acreditava estar.

O futuro é sempre o aberto dos possíveis. Fazemos escolhas e mudamos nossa vida o tempo todo. Que esse ano novo ainda se realize. Que eu aprenda as lições de não tê-lo realizado para toda a vida e nunca mais caia no erro de me superestimar mas acredite em mim. Ter mais clareza sobre o que eu estou fazendo e porquê. O que é importante pra mim. Me dar mais amor. Trabalhar mais pelo que eu quero. Ficar de pé. Compartilhar tudo que é aprendizado que nos é dado porque podemos sim perder tudo se formos egoístas demais. É preciso estar na matéria também! E, ser humilde para ouvir os sinais. <3

2018: are you in or are you out?

I’m learning what it means to be in and out. I am in for the ride, in for my dreams, in for a magical mission, in for what I want to make happen in my life. I am out because going to deep to fast inside isn’t real. I am out because I am in matter. I am out of caring for what other people think. I am out of sleeping and feeling sorry for myself. I am out of not going after what I want.

And, after all, no matter where I am – I AM IN for the game. For what the Universe wants me to live. For what my soul desires. Foi doing what I love. For choosing with responsibility.

Obrigada 2018. Foi difícil pra caralho. Maravilhoso demais. Mágico! Simples. Real. Eu estava humanamente DESPREPARADA para viver um ano desse mas é vivendo que se aprende. Que lição. Que aprendizado. Sou grata.

quando eles não conseguem te atingir

Neste tempo de ascensão planetária, estamos sempre na dualidade entre a luz e a sombra. Aprende-se muito com a sombra, é verdade. Estou falando de entidades, energias negativas que se alimentam da nossa energia.

Neste tempo de ascensão planetária, estamos sempre na dualidade entre a luz e a sombra. Aprende-se muito com a sombra, é verdade. Estou falando de entidades, energias negativas que se alimentam da nossa energia.

Aprende-se muito com elas porque elas entram aonde tem alguma fraqueza. Onde tem alguma lição a se aprender. E ficam ali sugando até o dia em que tomamos consciência desse escape e corrigimos aquilo dentro de nós mesmos que estava abrindo o portão.

Os primeiros momentos dessa dinâmica de auto correção e libertação da entidade são bastante importantes porque ela não vai sem brigar. Vai encher o saco, tentar te pegar de novo e de novo de qualquer jeito. Testar se a lição está bem aprendida. Se pensarmos, por mais chato que seja, isso até nos fortalece mesmo! Porque martelamos na tecla vez após outra.

O negócio é arisco, porque vamos ficando mais fortes, enfraquecendo a conexão e nos desconectando. À partir daí, ela vai tentar abaixar sua vibração através de outras pessoas! Vai usar pessoas que são menos conscientes e mais fáceis de manipular mas que tem como te jogar uma energia, te influenciar de alguma forma. Isso tudo para te balançar, para ver se você cai no padrão antigo.

Recentemente cortei com uma entidade que estava comigo há alguns anos. Chata demais!! Mas ela entrava por suprir algumas fraquezas minhas: minha carência e solidão em mim mesma, falta de amor próprio e tendência de colocar o meu poder na mão do outro. Ela achou a fonte de energia perfeita para se instalar, falar, guiar, transtornar, abusar, manipular… Até eu tomar consciência e começar a trabalhar muito meu amor próprio e retomar meu poder! Com a retomada do meu poder, me sinto bem mais tranquila em estar só e menos carente também. Tenho estudado bastante sobre Co-Dependência!

Ela entrou através de alguma permissão insconsciente dada há muitos anos atrás! Eu já sou tão diferente mas pude reconhecer as fraquezas ainda. Agora estou cada vez mais forte, ancorada em mim mesma e no meu propósito. Forte para dirigir a mim mesma novamente.

Mesmo assim, não deixou de agir através da minha irmã. Provocando uma noite de negatividade para tentar me tirar das práticas matinais (O Milagre da Manhã – Hal Elrod) que de fato tem feito milagres na minha recuperação emocional, mental e espiritual.

Tenha em mente sempre que na desconexão com entidades, coisas estranhas podem acontecer ao seu redor. Não se deixe abalar!! Ria na cara da negatividade, da sociedade e de todos que ainda são tão mesquinhos a ficar presos em suas vidinhas e afetam o outro por não ter nada melhor pra viver.

Aprende-se muito com elas porque elas entram aonde tem alguma fraqueza. Onde tem alguma lição a se aprender. E ficam ali sugando até o dia em que tomamos consciência desse escape e corrigimos aquilo dentro de nós mesmos que estava abrindo o portão.

Os primeiros momentos dessa dinâmica de auto correção e libertação da entidade são bastante importantes porque ela tem não vai sem brigar. Vai encher o saco, tentar te pegar de novo e de novo de qualquer jeito. Testar se a lição está bem aprendida. Se pensarmos, por mais chato que seja, isso até nos fortalece mesmo! Porque martelamos na tecla vez após outra.

O negócio é arisco, porque vamos ficando mais fortes, enfraquecendo a conexão e nos desconectando. À partir daí, ela vai tentar abaixar sua vibração através de outras pessoas! Vai usar pessoas que são menos conscientes e mais fáceis de manipular mas que tem como te jogar uma energia, te influenciar de alguma forma. Isso tudo para te balançar, para ver se você cai no padrão antigo.

Recentemente cortei com uma entidade que estava comigo há alguns anos. Chata demais!! Mas ela entrava por suprir algumas fraquezas minhas: minha carência e solidão em mim mesma, falta de amor próprio e tendência de colocar o meu poder na mão do outro. Ela achou a fonte de energia perfeita para se instalar, falar, guiar, transtornar, abusar, manipular… Até eu tomar consciência e começar a trabalhar muito meu amor próprio e retomar meu poder! Com a retomada do meu poder, me sinto bem mais tranquila em estar só e menos carente também. Tenho estudado bastante sobre Co-Dependência!

Ela entrou através de alguma permissão insconsciente dada há muitos anos atrás! Agora estou cada vez mais forte, ancorada em mim mesma e no meu propósito. Forte para dirigir a mim mesma novamente.

Mesmo assim, não deixou de agir através da minha irmã. Provocando uma noite de negatividade para tentar me tirar das práticas matinais (O Milagre da Manhã – Hal Elrod) que de fato tem feito milagres na minha recuperação emocional, mental e espiritual. Mas não adiantou porque quando estamos nos amando e queremos nosso melhor, nosso senso de disciplina e respeito próprio no move pra frente!

política espiritual?

Há muitos anos que ando meio que evitando um sonho que não me deixa em paz… Uma criação espontânea, resultado das minhas experiências de vida, erros e acertos.

Eu comecei na política – ONU, movimentos ambientalistas, ONG, anarquismo, mídia livre… Eventualmente eu passei a sentir que o esforço nessa estratégia (de mudança?) era energia jogada ao vento. Me parecia que os resultados eram bastante pontuais, mudando a vida de algumas pessoas na deliciosa aventura de tentar mudar o mundo, mas o tal mundo não mudava, nem mesmo um pouquinho. Caíamos sempre nas questões humanas – competição, poder, inveja, falta de grana que gerava desejo de grana, rixas, oposições por detalhes, traições, decepções… Eventualmente percebi que era necessário se voltar para as questões humanas em si! E mergulhei nos movimentos espirituais de cura, xamanismo, energia, intuição, meditação, etc. deixando pra trás qualquer vestígio de política institucionalmente feita.

Mas, veja, política é o que fazemos todo dia. Política está nas nossas escolhas energéticas! Onde coloco minha energia, crio esta realidade. E daí comecei a refletir sobre um movimento político de criação de realidade coletiva. Elevação vibratória, cura interna como caminho para uma mudança que nos conecte novamente com a nossa humanidade e com o planeta tera.

Porquê, pensemos, já são milhões de seres humanos no caminho do despertar agora, embora este movimento seja totalmente abafado pelos meios de comunicação tradicionais. Temos polos de luz, centros espirituais de cura, retiros, milhares de tecnologias energéticas, mestres online, gurus iluminados no Youtube… Hoje em dia jovens se juntam para compartilhar conhecimentos espirituais e rapé ao invés de saírem para beber. Somos muitos em processo de despertar espiritual! É o verdadeiro chamado da Terra. É o que o planeta precisa nesse momento.

(Não mais tecnologia, mais conhecimento mental, mais produtos…)

A Terra e nós como seres humanos sagrados, seus guardiões, refletores de Deus, precisamos nos reconectar com nossa essência. Uma essência inocente, pura, em paz com a vida material. Espiritualmente alinhada com o jogo divino da vida, compreendendo suas regras e, assim, provocando menos sofrimento.

Eu realmente acredito que a raíz de todo sofrimento no planeta nesse momento seja a desconexão com a Natureza. A falta de amparo que vem com essa desconexão. O negar da mãe, da nutrição, do cuidado que ela nos dá quando estamos com ela fortemente ligados.

Essa falta de conexão está intrinsicamente ligada com o negar da energia feminina. Com o desequilíbrio energético que sofremos no planeta como resultado dos 5000 anos de patriarcado. Não é coincidência que vários movimentos de sagrado feminino despertam pelo planeta inteiro. As mulheres estão sendo chamadas para restaurar essa força, essa energia em alinhamento com a criação original, os conhecimentos ancestrais.

Mas quando vemos a política sendo feita – esse sistema representativo democrático, burocrático, rígido, cheio de regras e protocolos. É muito masculino! Vemos estes protestos violentos de demonstrações de ódio (100 mil pessoas vibrando raiva e resistência) fazendo o oposto do que acreditamos – abaixando a vibração, jogando mais negatividade na vida e nas causas. É muito masculino! Energeticamente SUJO! Aí vemos coletivos tentando se organizar ao redor dessas dinâmicas, aumentando tensões, competições, separação… Nem começo a falar do feminismo bizarro de mulheres que se comportam como homens.

Me parece que toda política como é feita hoje em dia vai contra tanto dos conceitos que estão brotando daqueles que estão caminhando no despertar… Como seria uma política feminina? De verdade? Sagrada? Mágica? De amor? Nutrição? Limpeza (energética)? Com valores energéticos de criação de realidade coletivas?

Se nós somos e criamos o que acreditamos, se o externo é um mero reflexo do interno então todos estamos coletivamente criando essa realidade em que vivemos, certo? Nossas crenças, nossos hábitos, nossos valores, nosso passado está criando tudo isso que se passa na humanidade. Certo? E se milhares de pessoas, ao invés de ir pra rua jogar bombas na polícia, fossem pras ruas fazer visualizações? E se comprometessem a visualizar coletivamente todos os dias determinado resultado coletivo?

Porque a ideia de fazer um mutirão de abraço, para muitos, parece menos válido que um protesto de “luta”, luta só gera mais luta. Resistência só vai atrais mais motivos para resistir novamente. Uma vibração atrai a outra!

Veja no Brasil por exemplo: passaram 4 anos reclamando, reclamando, reclamando, falando que o Brasil é uma merda, o presidente é um monstro, Fora isso, Fora aquilo, Fora aquilo outro…. Não deu outra, entrou um pior ainda!! Porquê? Porque Fora seilá o que vai atrair mais Fora seilá quem. Reclamação vai atrair mais reclamação. Violência vai atrair mais violência! Aquela reclamação toda, adiantou alguma coisa?

E se passássemos coletivamente afirmando que o Brasil está ótimo! (Mesmo não estando) Que o Brasil está finalmente pronto! A vida de todos está melhorando muito. Estamos todos muito satisfeitos com nossos governos. Todos os povos já afirmando que suas reivindicações estão sendo atendidas. E coletivamente sentando em roda, em grupo, uma vez por semana para visualizar e sentir isso, profundamente. Mesmo que não estejam! Estamos mudando uma energia, mudando uma realidade. Então passamos a nos comportar como se acreditássemos que o que queremos já está realizado.

Eu tenho certeza absoluta que se muitas pessoas passassem a se comportar assim, as chances de realmente criarem essa realidade seria muito mais alta do que muitas pessoas se juntando para afirmar que está tudo uma merda…

Como um movimento desse começaria? Como convencer as pessoas disso? O que levaria coletivos políticos a mudarem sua visão e estratégia de mudança para um alinhamento mais perto do despertar espiritual?

Como seria uma política global feita com amor? Seria possível? Com magia? Com elementos da Natureza? Com árvores! Uooouuuu….

um ano de sangue pra terra

Faz um ano que dou meu sangue menstrual de volta pra terra em um breve ritual sagrado de agradecimento e deixar ir. Essa prática tem mudado a minha vida completamente. A forma de ver o mundo e o ser humano, especialmente a mulher, tornou-se muito mais sagrada, mágica e em pura conexão com a Natureza.

Todo mês, ficar menstruada tornou-se uma alegria! Um tempo de mergulho nas minhas profundezas, de morrer para o ciclo que se passou e renascer para um novo ciclo. Um momento sagrado de me recolher, focar em mim mesma, relaxar e deixar limpar toda energia acumulada do ciclo que se passou.

O útero é o nosso cálice sagrado, nosso container de emoções, energia feminina, sensação de pertencimento e nutrição. Pelo útero chega uma alma nova que se aloja em um novo ser vivo, o útero está conectado com as dimensões espirituais e é a primeira casa que temos ao vir pra terra. Nossa memória uterina é muito poderosa, guardamos emoções que sentimos e não sentimos nesse espaço.

Todo ciclo, acumulamos energia nossa e de outras pessoas no útero. Tudo que sentimos fica impresso na parede uterina como uma marca emocional do que vivemos. Quando damos a o sangue para a terra ao final de todo ciclo, estamos realizando um ato instintivo perfeito. O corpo da mulher precisa dessa conexão, dessa oferenda e, acima de tudo, dessa limpeza. A terra parece sugar toda energia pesada que ficou acumulada durante o ciclo e preparar o útero para um novo ciclo emocional, livre do que ficou ali marcado no passado.

Pensar que passamos a vida toda jogando nosso sangue fora em absorventes tóxicos que vendem este momento sagrado como algo sujo, desconfortável e infeliz. Passamos a vida a jogar o que foi uma vez considerado a substância mais sagrada da Terra no lixo! E não nos damos a limpeza do cálice de nossas emoções nunca. A vida inteira carregando sofrimentos, medos, dores e desamores simplesmente porque nunca nos ensinaram a fazer o que nossos corpos foram criados a fazer: ofertar nosso ciclo para a terra.

Em um ano dessa experiência, posso dizer que meu útero mudou muito.

Pra começar, agora ele fala: reclama, anseia, vibra, escolhe. O útero sabe o que quer e se recusa a se misturar com o que não quer. A escolha de um parceiro ficou muito mais criteriosa. O útero não escolhe por beleza, personalidade, físico… O útero escolhe medindo o grau energético do parceiro, fazendo uma combinação perfeita para uma prole saudável! Não que eu pretenda ser mãe tão cedo mas o útero não dá bobeira! Se alguma coisa vai rolar, vai rolar apenas com quem possivelmente será uma escolha boa para a reprodução da espécie. O útero sabe muito melhor sobre o seu parceiro que você, foi criado para encontrar seu par ideal.

Isso é bom por um lado, ficamos apenas com homens incríveis. Por outro, aquela transa de leve com aquele amigo esporádico não rola mais. Aquele gatinho que conheci no bar ontem à noite, também não. O útero precisa de tempo para escolher. É por isso que em todas as espécies existe o cortejo! Os animais (e nós principalmente) precisamos sentir-nos uns aos outros durante um tempinho e as mulheres tem a responsabilidade perante a própria espécie de escolher bem, a melhor semente, os melhores genes para a reprodução da espécie. Admito que nem sempre ter um útero ativado é a melhor coisa… às vezes sinto falta daquele deixar fluir do momento. Mas nunca sinto falta daquele arrependimento do dia seguinte!

O útero fala sobre outras coisas também. Pode-se perguntar muito pra ele. Sobre questões variadas… Ele sempre vai ter uma opinião.

Minha sensibilidade também aumentou muito! A um ponto preocupante durante um tempo… Energia tornou-se uma realidade material na minha vida. Já é mais difícil comer certas coisas, ficar em alguns ambientes, me relacionar com algumas pessoas… Não tenho mais aquela parede dentro de mim. Agora me conecto com tudo e todos muito mais facilmente. Inclusive com a natureza, a conexão com a mãe terra é de um outro nível, jamais imaginado. Falar com as árvores, derreter-se na cachoeira, preencher-se de sol, respirar o ar doce para dentro dos pulmões, vibrar com o grito do pássaro.

Foi maravilhoso enquanto eu morava em uma comunidade no meio da floresta. Mas voltar para a cidade grande tem sido um desafio enorme. A cidade é invasão energética do tempo todo – barulho de carro, gritaria, vendedores, garagem apitando, muita gente em todo lugar, não tem terra para colocar o pé e descarregar em lugar nenhum! Só acumulamos, acumulamos, acumulamos… Sem natureza para limpar a energia, a sensibilidade tornou-se uma fraqueza (se não acho palavra melhor). Agora estou me transformando… Mudando muito… Acumulando energia de tanto ao meu redor que minha própria energia já não está tão clara pra mim. É como se eu estivesse me perdendo de mim mesma… Admito que tenho tomado uns calmantes… (Outra bomba mas pelo menos dá uma fechada no campo).

E meu útero agora está triste. Não gosta da cidade. Tive que dar meu sangue em uma plantinha de apartamento quando cheguei… Melhor do que jogar pelo ralo mas tenho minhas dúvidas sobre os benefícios dessa prática. Porque quando damos o sangue nos conectamos com aquela terra, então o ideal é que seja em uma terra saudável, em um local familiar com que você tenha alguma relação (nunca na floresta selvagem! Conto depois…), eu sempre escolho uma bela e antiga árvore e dou pra ela como representante de toda mãe terra. Mas veja, a plantinha de apartamento está absorvendo a energia da cidade, do apartamento em si… Então me conectar com essa planta, essa terra, acaba sendo me conectar com essa energia toda que gostaria de evitar…

Não está fácil voltar pra cidade, energeticamente, porque agora é como se eu tivesse aprendido a me limpar todo mês e sinto muita diferença quando não o faço. Sinto que acabo passando mais um mês com energia acumulada que não precisava estar aí, caso houvesse um jardim…

Na natureza, de útero limpo, minhas emoções ficaram muito mais claras também. Absorvi muita energia positiva. Estava sempre criativa e produtiva. Na cidade, o útero parece acumular mais do que aguenta e estou bastante cansada, sem entusiasmo e sem muita inspiração, minhas emoçoes são de vibração mais baixa como ansiedade, medo e tristeza (o que não senti praticamente enquanto estava na natureza) tendo que fazer uma força para criar uma disciplina para dar uma corridinha de 20 minutos todo dia. Na floresta eu fazia 2 horas de trilha todo dia – no vício!

A prática de dar o sangue à terra nos transforma em mulheres sagradas sim. Sacerdotisas, filhas da terra. Ela nos ensina muito sobre ser mulher, sobre o feminino, sobre magia e conexão com os elementos da natureza. Muda tudo. Mas nem por isso é fácil. Nos tornamos mulheres de antigamente vivendo em um mundo de agora: machista, patriarcal, um mundo feito por homens para homens. Então é confuso porque essa é uma prática que vem para relembrar-nos de uma cultura perdida, à partir desta prática vejo muita coisa sendo criada para um mundo novo. Mas transformar-se em meio a uma cultura tão diferente, tão suja energeticamente, tão masculina, tão diminutivo da mulher é difícil.

Ainda estou tentando achar o equilíbrio e o caminho por aqui, na cidade… Mas cada vez mais percebo que é um caminho sem volta. Que morar longe da natureza por muito tempo tornou-se quase impossível. Que a cidade já não me atrai. Que sem meu campo florido, minha floresta ancestral, meu riacho sagrado, a vida não tem cor, não tem sentido… Ver televisão todo dia me agride, comer mal, ouvir barulho o dia inteiro, beber água de bebedouro elétrico, me preocupar incessantemente com dinheiro e sucesso, ver minha energia voltar-se para consumo… Tão sensível, ficam mais forte todos os impulsos e fluxos da cidade…

Tem sido uma experiência bastante interessante de recuperação da racionalidade. O que se faz muito necessário e bem ao se conectar com o inconsciente coletivo da cidade. O abstrato, espiritual, sagrado, fica em último plano mesmo. E durante um tempo isso pode fazer bem também. Especialmente pra quem pode ter ido um pouco fundo demais que nem eu… Mas não dá pra viver assim uma vida toda. Imersa em um campo energético imundo, de pensamentos negativos de 8 milhões de seres humanos influenciados por uma mídia bizarra.

A cidade é um campo de batalha que eu não tenho interesse em conquistar. Meu útero quer ir pra casa. Pra floresta. Pra limpeza. Pra calma. Pra paz.

Então, para a irmã que está considerando retomar a prática de suas ancestrais, eu digo: vai fundo mas cuidado! Tudo vai mudar. É um caminho sem volta mesmo… Boa sorte! Que seu aprendizado e sua vida floresça. E que os ciclos tornem-se sua medida de tempo. Que as sementes de um relembrar sejam plantadas e que essa artificialidade urbana toda perda todo seu encanto. Seja real. Seja livre. Seja você!

recuperando o poder pessoal

Vivemos em uma cultura que naturalmente nos rouba o poder pessoal. Somos dependentes de família, governo, escola, faculdade, chefe, televisão, jornal para nos dizer o que e como fazer e no que acreditar.

Então já nascemos acostumados a permitir que outros sejam responsáveis pelo o que sentimos, o que realizamos, até mesmo o que sonhamos.

Isso tudo enfraquece nosso poder pessoal, energia que preenche o terceiro chakra, Manipura.

Qualquer tipo de dependência, seja ela material, espiritual ou emocional, nos rouba energia desse centro de poder. O problema é quando dependemos demais do outro para tomar as nossas decisões, para nos dizer o que fazer, para nos dar a nossa direção.

Somos seres interdependentes e algumas perdas são normais. Vivemos em ciclos e vamos aos pouco perdendo e recuperando na roda de aprendizado na vida. Outras perdas, porém, parecem até roubo.

Se você coloca o seu poder em uma pessoa, dependendo dela para te guiar em algum aspecto da sua vida e, por algum motivo, essa pessoa o abandona, retirando seu chão, te deixando perdida sem guia, a pessoa sai com a sua energia, o seu poder pessoal. Veja, energia se movimenta de maneira quase material mesmo. As dinâmicas energéticas acontecem em transferências também. Estamos sempre trocando energia com outras pessoas mas com algumas acabamos trocando mais intensamente do que com outras. Normalmente estas são às que estamos emocionalmente conectados.

Imagine seu chakra pulsante de energia solar dourada, o centro do seu poder pessoal. Ao confiar mais nos outros que em você mesma para se guiar, essa luz vai passando através de elos energéticos para os centros daquelas pessoas. Dependendo do grau de conexão e confiança que se tenha na pessoa, acabamos projetando tanto de nós mesmos que se essa pessoa sai do scenario por algum motivo, perdemos o senso de quem somos.

Pode-se levar anos para recuperar esse poder, pode-se até passar uma vida inteira sem revê-lo. A pessoa vai embora levando sua energia com ela, tomando seu poder pessoal para si mesma. Isso acontece mesmo! Essa pessoa vai sair mais poderosa porque tomou seu poder. Veja, não é roubo porque quem deu o poder foi você mesmo não foi? Mas a sensação é de roubo, é de que alguém lhe tomou uma parte sua e sem isso você deixa de ser quem você era. Não consegue mais realizar o que realizava…. Gera crenças limitantes ao redor da sua capacidade de fazer coisas…

Todos passamos por isso em alguns níveis. A humanidade coletivamente passa por um roubo de poder pessoal para diversas instituições do sistema mas isso é um texto para outro momento. Algumas experiências, porém, especialmente quando essa dinâmica se mescla com amor e intimidade, podem ser bastante radicais, alterando toda nossa vida. É uma perda muito profunda.

A recuperação pode levar tempo. Porque a tomada de consciência do que aconteceu leva tempo em si. Culpamos a nós mesmos, não nos perdoamos, passamos a nos tratar mal, não nos damos o valor ou o respeito que o outro não nos deu. Somente após alguma experiência forte que o Universo e você criam juntos para alavancar sua cura é que você pode começar a perceber como você segue permitindo esse roubo. De novo, de novo, de novo…

Começa a se levantar, coloca força nas próprias pernas novamente. Segura o volante do seu carro. E se perdoa. Se ama. Deixa ir o passado. E, aos poucos, entra em um processo de recuperar a confiança em você mesma. Recuperar seu poder pessoal. Voltando a acreditar em você, no seu valor, na sua capacidade de materializar seus sonhos. Percebendo que Deus quer lhe dar o que você quer, é só você que está no seu próprio caminho!

Às vezes, tomar decisões por tomar é melhor que abrir espaço para dúvida. Fazer por fazer, sem se ligar muito na qualidade do que faz. Escolher pelo ato de escolher com consciência e retomar sua responsabilidade em cima de si mesma. Tomando esse poder de volta!!! Criar. Se assumir, se bancar. Não se abandonar, no matter what!

dance like no one’s watching

Como é bom dançar! Como é bom sair pra celebrar.

O ano está acabando! Que ano! Não foi fácil. Foi um ano de exposição de sombras. Ano da verdade. Ano dos milagres.

Se o ano está acabando ou não da forma que você esperava, sabe de uma coisa? Aproveite. Seja lá onde você estiver, que amigos estejam ao seu redor, qual a celebração de ano novo que vem por aí. Este é um momento de colocar as armas no chão e simplesmente descansar, relaxar, pegar uma praia, ir à uma festa. Celebrar as grandes e pequenas coisas.

Se temos menos a celebrar do que esperávamos, isso não é motivo para não celebrar at all! Sempre há motivos para estar feliz.

Um dos grandes aprendizados deste ano foi focar no que eu tenho neste momento. Infelizmente, aprendi isso pelo oposto. Passei muito tempo tendo a vida mais maravilhosa que eu podia imaginar ao meu redor, focando apenas no que faltava, no que eu não tinha ainda. Meu foco obsessivo com o que faltava, o que não estava ali que deveria estar, o que eu queria que não tinha… Depois de alguns meses de pensamentos voltados para o que faltava, criei a realidade então de perder tudo que eu tinha que não dava valor, não reconhecia que tinha tanto ali naquele momento.

Era inverno e eu comecei a pensar bastante em morte. No sentido de deixar morrer as partes que não me servem mais. Deixar morrer o passado. As dores. As crenças limitantes. Voltar pro estágio da semente. E comecei a chamar a morte, chamar a morte, chamar a morte.

Mal sabia eu que eu estava tão viva. Que eu estava nascendo. Que eu estava grávida de mim mesma. Aquilo que tinha que morrer, já estava no passado. Era que eu que estava me agarrando àquilo tudo e não deixando ir, não deixando nascer o novo.

Depois de alguns meses assim, de fato atraí algumas experiências de quase morte. Morte mesmo. E o bebê que estava no meu útero, eu mesma, escorreu com meu sangue pelas pernas em um aborto de sonho.

Infelizmente tive que atrair lições tão difíceis para finalmente chegar na minha resolução de ano novo: pensar positivo. Celebrar o que se tem!

Colocar o foco no que temos. No que está bom. No que conseguimos conquistar. No que está vivo ao nosso redor. Nas nossas qualidades independente se já fomos ou poderíamos ser melhores. Focar no que resta. No que está aqui e agora. E agradecer. Celebrar o que se tem. Estar satisfeito a cada momento é atrair mais satisfação. Focar no ter é atrair mais ter.

Deixar os defeitos pra lá! Deixar o que falta pra lá! Porque na verdade, se algo está faltando deve ser porque não precisa estar aí nesse momento. Respirar a perfeição de cada momento, fortalecendo sempre a crença de que estamos sempre onde devemos estar. Temos sempre tudo de que precisamos naquele momento. E assim vamos atraindo uma realidade mais alinhados com nossas crenças.

Abraçar a imperfeição. Se perdoar. Se permitir errar e perder o medo dos erros. Aprender a fracassar como um expert. Usa toda perda como alavanca de aprendizado, sem diminuir quem fomos no passado! Estamos sempre fazendo o melhor que podemos fazer, apenas estávamos inconscientes das nossas sombras que atuavam para serem vistas afinal.

Celebremos então esse fim de ano! Um tempo fora do tempo. Momento de descansar, recarregar as baterias para, aí sim, com o raiar de um novo ciclo, juntar todos estes aprendizados e perseverar. Tentar de novo. Recomeçar. Reconstruir. Reviver.

Aproveite as férias! Viva o hoje! Agradeça tudo que se tem nesse momento. Atraia um ano de ter e não de faltar. Se ame. Se alegre. Se cure ao compartilhar simplicidade.

às vezes ver não é o bastante

No processo de cura interna, podemos cometer uma série de erros. O território interno pode ser bastante selvagem e navegar sem mapas nos leva inevitavelmente a alguns pontos cegos. Às vezes podemos achar que estamos prontos para lidar com qualquer coisa. Já vimos de tudo mesmo! Nosso externo está refletindo cura, estamos criando a vida que sempre quisemos viver (ou pelo menos achamos isso). Nos sentimos empoderados então para ir um pouquinho mais fundo.

Cuidado. Em time que está ganhando, damos valor ao que temos e seguimos tomando os passos que estão dando bons frutos certo? Às vezes querer ir mais fundo pode ser uma forma de auto sabotagem. Uma forma de mudar o fluxo e voltar para os padrões antigos.

Veja, 2018 era pra ter sido o meu ano. O ano de vitória, realização, descoberta. Se ao menos eu tivesse ido um pouco menos fundo. Eu achei que estava pronta pra tudo! Achei que podiam me jogar qualquer coisa que eu curava. Achei que estava pronta para dar enormes saltos internos. Pegar atalhos?

Indo contra todos os sinais que me diziam que era hora de ir embora da Montanha, seguir meu fluxo, voltar pra estrada e seguir no caminho que estava dando ótimos frutos, eu resolvi tomar as rédeas da minha vida (o que achei uma decisão sensata no momento) e seguir o coração ao invés dos sinais! Eu queria ficar. Queria uma casinha. Queria passar um inverno na neve.

Até aí, teria dado certo se eu tivesse ficado na superfície. Mas, somado a baixa vibração mística do local onde eu morava, neve, frio, solidão (por mim aumentada), uma paixão perdida, fogo e trabalho no bar resolvi começar a meditar intensamente. Fui nas profundezas, parei de me mover e viver na matéria e fui lá dentro, tão profundo, no pior que tinha em mim.

Mas o ego ainda era muito forte para sustentar aquela difícil realidade. Ver apenas não era suficiente porque eu não conseguia perdoar, deixar ir. E muito do que eu via no meu inconsciente não era a realidade material da vida que eu vivi, era uma coletânea de erros e desrespeitos por mim mesma coletados ao longo dos anos e por mim interpretados de maneira brusca e forte demais.

No final, caí. E precisei voltar ao passado. Volta pra casa. Para rever tudo. Para aceitar que eu estava errada sobre um monte de coisas. Para aí sim finalmente reconhecer o que era importante pra mim. E retomar aos poucos a confiança em mim mesma.

Não antes de destruir relações, queimar pontes, jogar fora o que tinha construído. E voltar de mãos abanando sem nada pra mostrar. E cair novamente no processo de recuperação da minha auto confiança e auto estima. Rever as raízes para voltar pra matéria. E aguardar o momento em que estarei novamente conectada com meu sistema de GPS interno. Fazer as pazes com os sinais e os estímulos internos. Saber pra onde ir.

Tudo é perfeito. Não existem erros, apenas lições a serem aprendidas. Às vezes elas são difíceis mas ao lidar com este “fracasso” de maneira totalmente diferente do que já lidei com qualquer fracasso anterior, vejo que isso é uma grande oportunidade de aprendizado. Uma maneira de cura da minha relação comigo mesma e de rever meus sonhos e o que eu quero da minha vida.

Eu falava tanto em criação de realidade e sinto estar levando isso para um nível totalmente novo! Pois para criar a realidade devemos saber o que queremos criar!

Perdas e acertos. Perdas e acertos. É a vida.