Archive for April 2022

O corpo está contando uma história.

Às vezes é difícil chegar aqui no instagram 30kgs acima do meu peso.

Todo mundo é tão magro e lindo por aqui…

Mas meu corpo está contando uma história. Os corpos são muito metafóricos, é bonito aprofundar isso no trabalho corporal.

Eu passei a pandemia isolada em um pequeno vilarejo em cima de uma montanha há um continente de distância da minha casa, família e cultura.

Passei por processos muito profundos e difíceis muito sozinha. Em uma terra sagrada que amplifica tudo que temos dentro – luz e sombra.

Foi intenso.

E eu construí uma casinha ao redor do meu corpo. Um espacinho seguro. Uma coberturazinha de proteção. Um esconderijo. Uma distância um pouco maior entre eu e minha realidade. Um abraço mais molinho.

A comida me deu calento. Trouxe calma para emoções que não tinham escape. Supriu uma falta.

Eu me permiti. E não me arrependo.

O corpo que me protegeu há 2 anos atrás, hoje se tornou mais uma iniciação. Que vem me ensinando tanto sobre saúde, desintoxicação, disciplina, ritmo, respeito ao meu tempo, hora certa. Me obrigando a estudar muito e a sustentar uma imagem menos aceita.

Estou feliz comigo mesma porque honro muito o que vivi. Honro a escolha de mim do passado que precisou muito disso. Em algum nível, eu do presente disse pra mim do passado: deixa comigo. Eu resolvo.

E aqui estou eu. No insta. Na praia. No ensaio fotográfico. No espelho. Sem um pingo de julgamento. E muito muito amor e respeito próprio.

Me amo.
Eu mereço.

Coração sempre.

Evite conflitos internos. Na batalha mente-coração, o coração tem a preferência sempre.

Permita-se amar quem e o que você ama.

Às vezes o coração tem vida própria. E se não o deixamos respirar, ele morre.

Deixe que viva. Essa força no seu peito.

Por mais que a mente saiba que aquilo não te faz bem e que você precisa se respeitar e se retirar, ainda pode existir amor.

Proteja seu coração de furadas e dores. Não o envolva em fantasias de suprir vazio. Ele já é a casa do seu verdadeiro sonho.

Mas ame. Mesmo se de longe. Mesmo se por baixo dos panos. Mesmo se durante a briga.

Ame pela saúde e liberdade do seu coração. Só por isso.

Sempre dando o tempo que ele precisa para amar. Sem atropelamentos.

Sem misturar o amor que se sente com qualquer tipo de permissão para que o outro te trate com ele bem entender.

Ame o outro, por você.

Sinta. Não finja.

Eu senti. Parei TUDO e me deixei sentir.

Não foi fácil me conectar com a sensação que eu realmente sentia no corpo. Não conseguia nem nomear.

A mente já tentava me levar pra outros lugares. Me proteger do sofrimento que pulsava no corpo.

Eu não me deixava acreditar no que estava acontecendo ao meu redor. Na verdade escancarada na minha cara, tão bizarra que algo dentro de mim quase não se permitia crer.

Mas eu fiz a escolha de ficar no corpo e sentir. Permitir toda a sensação.

Fiz isso porque a decisão de mudança já estava tomada. Então sentir me ajuda a corporificar esse movimento.

Sentir marca o acontecimento como real. Inegável. Vira memória corporal para que eu não esqueça o porquê decidi mudar.

Pra que quando as dificuldades da mudança se apresentarem, eu fique firme no caminho.

Pra que eu dê valor às escolhas que me dão valor.

Pra que eu tranforme essa experiência de sofrimento em código de conduta para sofrimentos futuros.

E aí, melhorei sem me abandonar. Sem esquecer do que se passou. Sem fingir.

Sem reprimir e tranformar em trauma para lidar no futuro, na terapia. Na próxima vida talvez?

Só fiquei mais forte. Mais decidida. Mais ancorada.

E muito mais consciente.

Chave do Tamanho

Nosso tamanho muda com nossos valores.

Conforme crescemos em luz, já não é possível não ver o que se passa ao nosso redor.

Deixar passar ou ignorar os pequenos desrespeitos, grandes incoerências e falta de integridade.

Nossa escolha pela calma e silêncio realmente não possibilita que habitemos certos espaços e coletivos que costumávamos habitar.

Simplesmente não cabemos mais.

As atitudes que aceitávamos como corriqueiras tornam-se insuportáveis.

A nossa frequência energética incomoda. Os demônios dos que escolhem outros caminhos ficam muito incomodados e tentam atacar para abaixar a frequência.

Uma casa pode-se tornar um campo de batalha energético.

Aqui deixo um conselho: firme a escolha pela luz e retire-se.

Ninguém é obrigado a evoluir. À olhar pra dentro. À prezar pela sanidade individual e coletiva. Todos são livres para escolher suas vidas e carregar suas próprias cruzes.

E você só pode ajudar quem quer ser ajudado. Quem não quer é totalmente livre pra não querer e merece respeito na sua escolha.

Tome consciência que seu campo energético trabalhado não é mais pra todo mundo.

A sua presença cura quem dela se aproxima e nem todos querem essa cura. Por vários motivos de histórias de vida que devem ser honradas também.

Por respeito e pelo respeito: mude de lugar, de coletivo, de vida. E agradeça a tudo e todos que te levaram a essa decisão.

É por amor.

10 anos de processo resumidos em uma frase:

Tu te tornas responsável pelas teias que teces.

Voadoras da Vida

As voadoras da vida servem para:

1. Firmar ainda mais as escolhas que fazemos.

2. Realinhar a rota e trazer à tona um plano melhor – nos ajudar a fazer novas escolhas.

As batalhas nos levam sempre ao caminho da escolha.

Se deu conflito, saiba: uma escolha terá de ser feita.

Escolha VOCÊ.

Vou te mandar a real.

É tão difícil olhar pra isso porque a única solução disso é a mudança.

Não “tem que” nada.

Era só isso mesmo.

Alegria!!

Me peguei dando meu poder DE NOVO numa situação repetida ontem à noite…

Começei um aprofundamento com uma xamã brasileira com quem já treinei no passado e admiro demais.

E lá vou eu me jogando no lugar da aluna que não sabe, da sensitiva que precisa de ajuda para controlar sua magia, da admiradora e da que não quer ofuscar o brilho do coleguinha com sua sabedoria e por isso se diminui e se torna a fofa.

Esse é o lugar que eu conheço. Nessa persona eu ainda me sinto mais segura.

Colocando a xamã no pedestal para me dizer o que eu posso ou não posso fazer, quem sou eu e qual o meu lugar aqui. Sem ela nem saber que tô fazendo isso, claro. Tudo dentro.

Mas depois de 2 rodadas nesse lugar de “aluninha boazinha desesperada” que terminaram muito muito mal: primeiro com os xamãs siberianos e depois com os xamãs sul-africanos (que endeusei e permiti e me fudi): consegui ver. E na hora que observei, consegui freiar.

Achei aqui no baú da escuridão.

𝘝𝘰𝘤ê 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘢 𝘓í𝘷𝘪𝘢! 𝘍𝘰𝘨𝘦 𝘯ã𝘰. 𝘝𝘦𝘮 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦 𝘱𝘦𝘨𝘶𝘦𝘪 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘚𝘦𝘯𝘵𝘢 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘨𝘰. 𝘝𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘳 𝘶𝘮 𝘱𝘰𝘶𝘲𝘶𝘪𝘯𝘩𝘰.

Eu entro agora nesse processo de um lugar muito diferente.

De um lugar de “eu sei o que eu tô fazendo e quem eu sou”. De eu posso me dar tudo que eu “preciso” que ela me dê.

Eu me protejo. Eu não vou me diminuir e permitir que colegas viagem na maionese pra não ofuscá-los. Não me importo mais de ser a chata do grupo porque não preciso mais desesperadamente que gostem de mim. Eu me amo.

Não estou apegada, agarrada como se isso fosse a solução da minha vida. Pelo contrário, totalmente desapegada. Tomara que dê certo, se não der, aprendi alguma coisa com certeza.

Não preciso me provar. Não preciso da aprovação dela. Não preciso nem que ela me veja.

Eu me vejo. Eu me permito.

E desse lugar, bóra treinar.

Bóra aprender.

Bóra trocar.

Bóra agradecer muito muito por todo conhecimento recebido de todos os que passaram pela minha vida na luz e na sombra.

Alegria!!!!!

Radastakakaia!!!!

Note to self:

NOTE TO SELF: A gente precisa ter muito cuidado com a forma como iniciamos processos. Entramos em relacionamentos. Iniciações Espirituais. Mudamos de casa. Viajamos.

É preciso ter clareza sobre o que se está realmente buscando nos movimentos que fazemos e porquê.

Da onde iniciamos acaba sendo o que criamos.

Se buscamos alguém que resolva os nossos problemas – no fim lá estamos com mais problemas.

Se buscamos uma iniciação que vá nos salvar – acabamos precisando de ainda mais salvamento depois.

Se viajamos na fuga, acabamos tendo que fugir do lugar pra onde fomos.

Se mudamos de casa pra resolver questões de organização interna, acabamos na maior bagunça!

Então amores: estejamos PRONTOS para iniciar os processos da vida. INTEIROS. Conscientes da motivação verdadeira que nos leva a dar passos à frente.

Tudo que iniciamos deve ser para nos dar aquele UPGRADE. Porque já estamos bem resolvidos e brilhantes. E queremos aumentar ainda mais a nossa luz.

Vamos resolver nossas questões no trabalho interno – na terapia, no fogo sagrado, na cura, na medicina. Para que o mundo externo acrescente e não nos tome nada.

Lembrando sempre: aqui não tem desespero! Taí o PIOR lugar pra se iniciar ou agir.

Dê-se o tempo que precisa para que o começo seja pleno. E o futuro assim criado também.