Archive for July 2023

Água

Se não posso dançar, então não é minha revolução.

Corpo que sente.
Corpo que move e movimenta.
Corpo que sabe.

Corpo que sustenta frequências energéticas revolucionárias.

Uma revolução silenciosa de almas e impulsos que pulsam vida.

De mim sai um pulso de vida.

Expande e contrai de acordo com a integridade da minha missão na terra.

Pergunta pro campo. Pros anjos. Pro eu superior.

Encontra o equilíbrio dentre um ego que quer tudo pra si e um coração que quer dar tudo pro outro.

Proteja sua força. Sua luz. Sua honra. Suas flores. A abundância que suas ancestrais lutaram para acumular.

Tudo que te acontece, acontece com a sua permissão. Se não tá bom, tá na hora de mergulhar nas suas partes que sentem tesão no sofrimento, na dor, no fetiche de ser impedida de viver seus sonhos.

E deixar a água lavar e levar.

Se abra para um novo caminho.
O caminho do meio.
Da matéria sagrada.
Da integração expansiva do novo.

E deixe que todo o resto se ponha com o sol.

Human

Sair de 2 anos e 9 meses de celibato tem seu lado bom e seu lado ruim.

O celibato foi a experiência mais sagrada que vivi. A elevação da frequência energética, o excesso de energia que me permitiu viver processos coletivos intensos, a magia e a conexão com outras dimensões sutis que essa energia promove foi muito poderosa.

O celibato me ensinou a ser feliz sozinha. Me deu a identidade que tanto me faltou por toda a vida. Me libertou da mendiga de amor que fui durante anos.

Foi de celibato que me tornei Persephone, rainha do meu próprio submundo. Que encarei minhas amarras profundas. Que desfiz milhões de nós da minha linhagem maternal.

De fato, o celibato me colocou no caminho do sacerdócio.

E agora, um chamado material tem sido ouvido com muita resistência. A matéria me pede para relembrar a leveza de estar com os pés na terra.

Recebendo e dando prazer novamente.

Muito de mim diz sim. É hora.
Muito de mim diz não. É sagrado.

A cerveja, o cigarro e os baseados vem me convidando de volta ao profano, ao material, ao mundano. E algo dentro de mim não quer resistir.

“É preciso forçar os pontos de desequilíbrio para achar o ponto de equilíbrio” me disse o malabarista.

Aqui estou, cambaleante, entre luz e sombra. Sagrado e mundano. Feminino e masculino. Dia e noite.

Integrando a inteireza de ser humana mais uma vez.

My way

Aprendendo a leveza de ir devagar.

Sem pressa pra chegar lá na frente.

Caminhando por entre pedras.

Desviando dos buracos.

A cada escolha, portas se abrem e se fecham.

A cada movimento, expansão dos corpos sutis.

Indo com a culpa embaixo do braço. Levando as porradas que ela me dá a cada movimento de libertação mais brusco ensaiado.

Liberdade de ser feliz. Liberdade de sentir prazer. Liberdade de ser abundante. Liberdade de ganhar dinheiro. Liberdade de dar beijo na boca. Liberdade de gozar.

Foi com muito trabalho interno e muita luta que cheguei até aqui. E é assim que sigo caminhando. Nos precipícios da vida.

Olha a força que isso dá!

Cada vez mais divorciada do passado.

Cada vez mais segura do futuro.

O futuro que eu escolho. O futuro que eu quero. O futuro que eu posso.

Vai ser do meu jeito.