de Bert Hellinger
Um erudito perguntou a um sábio,
como as partes se unem num todo
e como o saber sobre as muitas partes
se diferencia do saber sobre o todo.
O sábio respondeu:
O disperso se agrega num todo
quando encontra seu centro
e passa a atuar.
Pois so tendo um centro, o muito torna-se Essencial
e real,
e o todo então se nos revela como algo simples,
quase como pouco,
como força serena que segue adiante,
uma força que tem peso
e está contígua àquilo que sustenta.
Assim, para conhecer
ou transmitir o todo,
não preciso
saber,
dizer,
ter,
fazer
tudo em detalhe.
Quem quer entrar na cidade
passa por uma única porta.
Quem dá uma badalada num sino
faz retinir, com esse único som, muitos outros.
E quem colhe a maçã madura
não precisa averiguar a sua origem.
Ele a segura na mão
e a come.
O erudito não concordou: quem quer a verdade,
tem que conhecer também todos os detalhes.
Mas o sábio contestou.
Sabe-se muito apenas sobre a verdade que nos foi le
gada .
A verdade que leva adiante
é nova,
e ousada.
Pois ela contém o seu fim
assim como, uma semente, a árvore.
Portanto, aquele que ainda hesita em agir,
porque quer saber mais
do que lhe permite o próximo passo,
não aproveita o que atua.
Ele toma a moeda
pela mercadoria,
e transforma em lenha
as árvores.
O erudito acha
que essa só pode ser uma parte da resposta
e pede-lhe
um pouco mais.
Mas o sábio se recusa,
pois o todo é, no princípio, como um barril de mosto:
doce e turvo.
E precisa fermentação durante um tempo suficiente,
até ficar claro.
Então, aquele que o bebe em vez de degustá-lo,
passa a cambalear embriagado
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