What is healing?

A cura planetária que estamos passando por agora, vem despertando em nós uma sede pela cura de nós mesmos. Por uma vida mais alegre, feliz, conectada com os outros e com o planeta e sua linda natureza. Nós sentimos profundamente que não estamos funcionando em nosso maior potencial, somos capazes de observar nossas angústias, fraquezas, padrões repetitivos em nossos ciclos e relacionamentos mas não sabemos muito o que fazer com isso tudo. Estamos carregando traumas do insconsciente coletivo, traumas da infância, traumas das nossas linhas ancestrais, trocando energia insconscientemente com nossas comunidades, crenças limitantes… Tem de tudo dentro da gente nesse momento e vem ficando cada vez mais difícil reprimir isso tudo.

Estamos acostumados inicialmente à reprimir nossas emoções, nossos medos, inseguranças e criamos muitos mecanismos de defesa para nos proteger de nós mesmos e de outras pessoas. Evitamos ao máximo que outras pessoas descubram nossas “fraquezas” e criamos uma máscara para enfrentar a vida em uma sociedade que julga e qualifica tudo. Aos poucos no identificamos com a máscara e nem vemos mais tudo aquilo que éramos, os medos, inseguranças… E assim vamos vivendo a vida mais no automático, reféns de uma personalidade cristalizada que criamos muito mais para os outros do que para nós mesmos. E acabamos agravando ainda mais nossas tristezas porque nos desconectamos de quem somos e do que viemos fazer aqui na Terra.

Agora, com este despertar para um tempo diferente, essas sensações reprimidas estão vindo à tona, estamos tomando muito mais consciência dos nossos processos internos e às vezes pode ser bastante “overwhelming” (demais para processar de uma vez). Nós então nos voltamos para a cura. Inicialmente, se estamos muito inseridos na matrix, vamos à um psicologo ou psiquiatra que nos dá algum diagnóstico (o qual nem ele tem 100% de certeza porque temos pouquíssima informação concreta sobre o funcionamento do cerébro e da nossa complexidade humana) e um remédio que vai apenas fortalecer a máscara e aprofundar a repressão. Além de, machucar profundamente o cerébro à longo prazo. Muitos de nós já sabemos que a medicina ocidental não pode ser confiada neste momento por ter sido totalmente tomada pela indústria famacêutica e planos de saúde que influenciam até na educação de jovens médicos. Sendo assim, nos voltamos para práticas holísticas de cura.

Práticas holísticas fazem muito mais sentido já que o ser humano é completo quando está em conexão com seus quatro elementos: físico, mental, emocional e espiritual. Um elemento influência os outros profundamente, esses quatro aspectos humanos influênciam nosso bem estar o tempo todo. Como a matrix ignora o espiritual como um destes aspectos e produziu um modelo de vida (ilusório) de que tudo que existe é material, a medicina na matrix também desconsidera este aspecto ignorado e desqualifica emoções e mente como importantes, tratando toda doença como física. A ironia aqui é que na verdade a maioria de nossos problemas neste momento são espirituais, mentais e emocionais e estes problemas apenas se refletem na no corpo físico em forma de sintoma.

São maravilhosas e abundantes as práticas de cura que temos hoje em dia. Uma prática holítica significa levar em consideração toda complexidade humana em seus quatro aspectos integrados. Temos muito acesso à muitas tecnologias espirituais e energéticas que trazem muita consciência aos processos inconscientes, registrados no nosso campo vibracional, movimentam nossa energia estagnada em bloqueios e abrem nossos olhos para tal máscara protetora que vem nos causando sofrimento de alguma forma. Estas práticas nos ajudam muito na compreensão mais profunda de quem somos, das nossas relações e das influências sutis que nos mobilizam de alguma forma.

Porém, elas não fazem milagre. E não devem fazer milagre porque curar-se de verdade é um processo de independência e libertação.

Existem níveis de cura.

Às vezes buscamos um alívio, algo leve para nos ajudar a seguir vivendo a vida que estamos vivendo, nossa relação, nossos amigos, nosso trabalho seguem os mesmos e nós mudamos muito pouco. Pois para esse nível, remédios naturais, holopatia, detox, exercício físico, meditação guiada, fitas de mantras e música zen, hipnose, livros de auto-ajuda, terapeutas, frases inspiradoras, cursos, retiros, práticas de respiração e limpeza energética, tarot… Isso tudo vai nos ajudar em ALIVIAR alguma crença limitante, limpar alguma entidade negativa, trazer mais calma ou paciência, nos trazer uma guiança em alguns passos na carreira, nos dá força para sair de uma relação, etc.

Esse nível de ajuda pode ser positivo se ele for o início de um caminhar. Estas práticas muitas vezes nos abrem para este lado espiritual ignorado pela matrix onde a maioria de nós nasceu. Abrem nossos olhos para uma visão de mundo mais sutil, mais conectada com tudo ao nosso redor. Trás consciência do tamanho da influência do insconsciente em nossas vidas e da enorme participação daquilo que reprimimos na realidade que criamos ao nosso redor. À partir destas experiências, então, aprofundamos em uma busca espiritual que vai nos levar a dentro do nosso espaço interno e à níveis de cura muito mais profundos. Estes níveis de limpeza do programa da matrix dentro de nós através de tomada de consciência de crenças limitantes, dinâmicas de movimentação energética insconscientes, karmas, traumas profundos que definem nossa atuação em sociedade, bloqueios de chackras, abertura de clari sentidos e infinitas combinações de correntes mentais que nos mantêm presos à nossa máscara – a identidade que nos habita e que acreditamos mesmo ser mas que em verdade não somos. Este nível mais profundo de cura nenhum terapeuta, curandeiro, xamã, bruxa, mestre espiritual pode te dar de presente. Eles podem te dar ferramentas, insights, portas, proteção e guiança para que você percorra um caminho que é somente seu.

O lado negativo destas práticas de cura é quando elas passam a gerar dependência – um programa de relação profundo da matrix. Somos programados desde criança para depender – professor da escola, familiares, governo, chefes, mídia, supermercado, satélite, usina elétrica. Dependemos de tudo ao nosso redor para sobreviver, dependemos de outras pessoas o tempo todo para nos dizer o que podemos ou não podemos fazer. Estamos tão acostumados com a dependência que já consideramos essa dinâmica relacional como parte integrante da vida. Assim estamos sempre doando nosso poder para outros. E isso pode muito facilmente acontecer com práticas de cura holística também. Geramos dependência de poderes psíquicos alheios para sentir o que está se passando conosco, colocamos nas mãos de retiros, mestres, terapeutas energéticos, cursos online, nossa cura, nossa energia e nossa vida.

O que não percebemos quando geramos dependência nesta área de nossas vidas é que estamos reproduzindo a medicina da matrix que vai nos medicar e fortalecer nossas máscaras. A diferença aqui é que a máscara se modifica um pouco, se torna mais holística, nosso vocabulário muda, as roupas que usamos mudam, vai ver trocamos de trabalho, terminamos um namoro mas seguimos evitando nossas profundezas. Usamos uma maior consciência energética no nosso dia-a-dia mas seguimos fugindo daqueles traumas, inseguranças e de nos confrontar com crenças que definiram quase tudo que vivemos até então e eram mentiras. Evitamos sair das nossas zonas de conforto do sofrimento porque esse parece ser o estado normal da humanidade agora e porque temos muito medo do desconhecido e do nosso verdadeiro poder.

Sendo assim, curandeiros se tornam uma bengala e um limite ao nosso processo. Mais um padrão de consumo. Não saímos mais para comprar eletrônicos, agora vamos à loja de produtos naturais e orgânicos. Não viajamos mais para Londres, agora vamos para Índia. Não vou mais pro SPA, vou para o retiro de Yoga. Desenvolvo melhores mecanismos de aceitação de mim mesma (o que é extremamente importante no processo de cura mas existe uma “fine line” (linha fina) entre aceitação e fuga disfarçada de comodismo) e projeto a responsabilidade sobre a minha cura em outras pessoas, doando meu poder e me afastando do meu auto-conhecimento. E limitam nosso processo porque um curandeiro só pode te levar até um certo ponto. À partir daí, somente você pode caminhar e o caminho solitário é longo.

É verdade que a maioria destas práticas vai prometer maior auto-conhecimento e ajudam mesmo neste processo até certo ponto. Auto-conhecimento é conhecer você mesmo. O curandeiro pode até saber mais sobre você do que você mesmo, isso é normal, a informação é uma ferramenta que chega para te apoiar em tomar consciência sobre aspectos seus que você não conhecia e agora você tem mais material para você se aprofundar em você. Só que ao invês de usar essa informação para um maior aprofundamento na minha história, eu passo a recorrer ao terapeuta para tudo. Passo a precisar de uma leitura de aura, um tarot, um oráculo, um ritual para tudo e achando que estou sendo super espiritual e me curando. Em verdade eu estou mesmo é me apoiando em uma bengala intuitiva.

Por mais que faça parte do processo, é preciso ir além. Ir mais fundo. Ir mais dentro. E isso vai acarretar mudanças. Mudanças em tudo. Mas confiança de que diferente do status quo é sempre melhor. Ser diferente neste momento é ser alegre, ser presente, ser independente, ser amoroso, ser conectado com a natureza e ser livre. Ser diferente agora é ser real, verdadeiro. E quanto mais essa profundidade vem à tona, mais você descobre forças, talentos, qualidades que nem sabia que tinha! Porque atrás de cada demônio existe um tesouro. E quanto mais a máscara vai saindo, mais você vai retornando para a sua essência divina, conexão cósmica com o Universo e Mãe Terra, abre sua visão e sensibilidade para uma realidade muito menos intensa, quase uma realidade virtual que é apenas um jogo de evolução espiritual. Um desapego, uma fé, uma segurança, uma ausência de medo, uma alegria, uma beleza e uma força incrível.

Curar-se é aprofundar-se em si mesmo à tal ponto em que aquela pessoa que começou o processo já não está mais lá. É limpar-se de um sistema operacional antiquado, irracional, doente que só gera destruição entre nós mesmos e do planeta em que vivemos. É aliviar-se das mentiras que guiam sua vida e libertar-se enquanto ser divino criado pela mãe terra, a Deusa e o universo, o Deus em parceria. É embarcar em uma aventura única de exploração dos territórios dentro de você onde ninguém mais nunca pisou e à partir daí, um renascimento em uma estrela cadente que ilumina por onde quer que passe, deixando uma trilha de brilho e sementes plantadas para a cura coletiva da humanidade e evolução da espécia. É a única forma de sair do sistema e começar um novo. É a maneira mais eficaz de ser feliz todos os dias.

Assuma responsabilidade pela sua cura. Busque ajuda, claro! Apoio é muito importante, estamos em coletivo. Mas não se apoie a ponto de projetar sua segurança nas mãos dos outros. E busque ajuda daqueles que vão te dar ferramentas, mostrar a porta e o caminho de exploração pessoal mas que não vão fazer isso por você porque isso não é possível. Não busque por aqueles que vão te dar o peixe. Queira a vara! É você que dirige esse carro. Coragem! Força! E vamos em frente! Boa sorte!

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