A humanidade precisa de uma revolução de olhar. Nossos olhos estão todos contaminados com tanta televisão, jornal, computador, barulho, mesmas estruturas das cidades (quadrado, redondo, reto, curva), mesmas festas, mesmos bares… Estamos sempre vendo as mesmas coisas e esperando que alguma coisa mude no mundo ou nas nossas vidas.
Sendo que nós somos o que nós vemos. (Ou como vemos.)
A nossa maneira de ver o mundo ao nosso redor é o que cria este mesmo mundo. A revolução de que a humanidade precisa está no olhar. Uma nova maneira de ver a vida, a Terra, as relações e todas as dinâmicas da experiência material. Estamos precisando temperar a vida com novidades sensoriais, sagradas, mágicas, ancestrais e humanas. Muito humanas.
Onde mais precisamos de um novo olhar é em cima do que é ser humano. O ser humano é um animal instintivo assim como todos os outros. Somos feitos para nos relacionar em tribos e territórios. Temos nossos níveis energéticos que definem quem somos dentro da tribo. Quando não estamos alinhados com nosso lugar de direito na tribo, geramos angústia, ansiedade e neurose.
O ser humano é elemental. Ele é o mago, a carta 1 do Tarô. Ele é o criador, o que manipula a técnica para materializar seu espírito. Ele é o guardião sagrado do planeta, jardineiro fiel. Precisa estar em constante contato com água, terra, fogo e ar (de boa qualidade!). Cada um de nós tem seus elementos dominantes. Temos os seres de fogo, os de ar, os de água e os de terra e precisamos nos complementar e equilibrar à partir da compreensão que somos regidos pelos elementos.
Eu sonho com grandes assembléias de política espiritual em que o círculo é dividido em quatro arenas, cada uma para pessoas de cada elemento. Assim os debates seriam entre os elementais e menos entre os indivíduos. As ideias viriam das energias essenciais de cada grupo e seriam respeitadas por isso.
É importante pra caramba relembrar o que é ser humano visto que a falta de humanidade que vemos ao nosso redor é exatamente a perda dessa conexão com essa sabedoria. Precisamos olhar para os nossos ancestrais, para os que viviam em tribo, em civilizações mais avançadas que as nossas como os Maias, Incas, Astecas, Atlantis… E reconhecer que a forma como viviam era sim mais avançada que a nossa porque era muito mais conectada com a forma instintiva de ser do nosso planeta. Em conexão com a natureza, com a magia, com as práticas rituais de adoração da fertilidade, da vida e do feminino. Nós precisamos disso. Não é algo que dá pra superar.
Conseguimos superar o instinto? Sim. Mas quem disse que isso nos faz mais “civilizados” e quem disse que ser mais civilizado é o melhor gente? Nosso instinto é basicamente o programa com o qual fomos criados. Como nosso Criador nos fez. Sem ele, estamos nos afastando do Criador e por isso nos separamos da Natureza (que é o Criador).
Instinto é estar no corpo, é estar na floresta, é estar compartilhando espaço com outras espécies o tempo todo. Isso nos faz sentir vivos! Isso nos faz vibrar, acordar, querer viver o tempo todo. Isso também nos retorna à um estado natural de pureza que é o nosso. Somos inocentes e puros assim como todos os outros animais ao nosso redor. Somos um reflexo do Criador que assim é.
Rever. Criar novos olhos. Para olhar pra fora e para dentro. Para o outro e para si mesmo. Para aquilo que não queremos e aquilo que acreditamos. Ver o mundo ao redor de forma diferente é criar um mundo diferente. Criatividade precisa de olhares diversos, que se misturam, complementam e retornam ao seu lugar de origem, renovados, após passar por tanta escuridão, tanto desequilíbrio, encontram finalmente o ponto de centro. Evoluídos tecnologicamente, agora evoluem espiritualmente para um novo tempo em que o ancestral se mistura com o tecnológico em um retorno ao ser humano real.
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