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Manual de Auto Cura (beta)

Introdução

Quando a lagarta instintivamente adentra seu casulo, ela não sabe que vai morrer e renascer borboleta. Uma sensação interna, um estar pronta para algo mais, talvez até mesmo uma dor de seguir sendo o que sempre foi, a move em direção ao desconhecido. Ela cria seu útero casulo à partir de um conhecimento latente programado em seu DNA e ali permanece na escuridão e silêncio. O processo não é fácil para a desengonçada lagarta, existem moléculas em suas células que se recusam a mudar, é um processo doloroso de luta e entrega. Partes da antiga lagarta tentam sobreviver e por isso tentam matar as novas instruções dadas pelo DNA da Borboleta. A sensação de medo, desespero e ao mesmo tempo uma profunda confiança que ela deve sentir durante este belo processo de despertar para o seu mais alto potencial. Finalmente ela se rende completamente e permite-se morrer. Neste momento ela percebe que sua toda sua existência até então, cada passo que deu por entre as folhas, cada mordida, cada encontro, cada desejo, tudo a levou para aquele momento de transformação. Sabe que sempre esteve no caminho daquela morte, se preparando para ela silenciosamente, inconscientemente, seguindo as instruções da sua chama interior, aquela pequena fagulha de fogo terrestre que continha todo seu plano divino e discretamente guiava cada um de seus pequenos passos. Ela rende-se delicada e corajosamente ao desconhecido, passando por uma completa desintegração – torna-se uma gosma, à espera do mistério que vem depois dali. Um belo dia, o sol nasce e ela sente um impulso mais forte, o despertar de uma nova habilidade, um talento que sempre esteve latente dentro de si, aguardando pacientemente o processo de transformação daquela lagarta em borboleta. Ela sente vontade de quebrar aquele casulo e sair voando! Ao seguir seu impulso de viver, abre suas novas e belas asas, única e individual, resultado de tudo que apenas aquela pequenina lagarta sabe que viveu e voa! Aquela desengonçada lagarta agora tornou-se um dos seres mais delicados, nobres, belos, simples e divinos do planeta. Ela superou a lei da gravidade, venceu sua falta de agilidade e agora é rainha do ar. A felicidade em acessar seu mais alto potencial transborda no rápido bater de suas lindas asas, pousando por todas as altas plantas que um dia sonhava em conhecer mas não tinha as qualidades necessárias para isso. Ela beija as flores com sua tromba fina e perfeita, sente o gosto do pólen, suga o doce mel das flores e vive uma vida repleta de gratidão por um dia ter sido uma desengonçada lagarta que só comia folhas verdes pois foi essa experiência que a permite, agora, valorizar tanto sua bela vida e suas divinas habilidades.

O planeta terra está passando por um momento de transição e o ser humano, como reflexo expressivo do planeta, igualmente passa por essa mudança de paradigma. O corpo está mudando, a mente, as emoções e o espírito estão em evolução. Somos todos lagartas neste momento, vivendo nossas vidas no automático, desengonçados, limitados e inconscientes da chama interior que nos prepara para uma transformação radical e necessária. O resultado final desta transformação ainda não sabemos mas se sentarmos em uma floresta, uma bela praia deserta, uma cacheira repleta de flores lindas, um jardim sagrado e observarmos a perfeição de cada mínimo detalhe, cada pincelada gradiente em uma única pétala de rosa, o aroma absolutamente equilibrado e delicado de uma árvore, a textura brilhante do musgo da pedra e a total harmonia dentro do caos vivo da disputa entre os reinos – animal, vegetal, mineral, fungos – e contemplarmos tamanho bom gosto, inteligência, beleza, criatividade e amor desta força criadora que é a Terra, não é muito difícil acreditar que certamente este desconhecido será igualmente maravilhoso. Ao desenvolvermos a plena confiança neste ser gigante do qual somos uma pequena parte, a nossa chama interior se movimenta, começa a despertar e começamos a sentir uma sensação de ansiedade por algo maior que está por vir, nos sentimos estranhos, começamos a ter pensamentos que não costumávamos a ter, aquela vida que sempre vivemos já não nos nutre como antes, aqueles relacionamentos superficiais já não nos preenchem e sentimos uma vontade de algo que não temos certeza do que é. Aquele vazio que sempre esteve ali, começa a pulsar um pouco mais forte e inicialmente tentamos amortece-lo com mais força – mais comida, mais compras, mais viagens, mais roupas, mais academia, mais shopping, mais festa, mais amigos, mais bebida, mais televisão, mais computador… E se tudo falhar e aquela chama não apagar, vamos ao médico e tomamos um remédio que dá um jeito nisso rapidinho. Amortecemos nosso chamado interior por uma vida feliz, plena, viva, repleta de expressão, individualidade e descoberta de nossos talentos latentes porque não confiamos no desconhecido. O casulo é realmente assustador e muitas partes nossas que tem que ser deixadas pra trás lutam para sobreviver assim como tudo o mais que é vivo.

Este manual é para aqueles que estão prontos para se rederem ao casulo, se entregarem para o desconhecido na confiança de que no fim do processo irão vibrar no seu mais alto potencial e viver a vida que sua chama interior veio programada para viver. O processo é longo, lento, cíclico, espiral, duro, intenso, forte, profundo e muito vivo. É preciso estar pronto para viver de verdade, vibrar novamente com os códigos da vida que é eterna transformação e crescimento. Se conectar com seu espaço interno que será seu guia, aprender a ler a língua da vida que fala com você o tempo todo, te chamando, sussurrando no seu ouvido que está na hora de viver sua missão, seu propósito divino, seu programa único. Essa voz não pára, todo dia ela fala com você de um modo sutil e silencioso e ela espera, espera você estar pronta, espera você viver tudo aquilo que tinha que viver até chegar naquele momento instintivo de evolução, a hora de adentrar o seu casulo e tornar-se gosma, render-se ao desconhecido e confiar que dali você sai voando.

O processo é uma jornada de vida mesmo, a ideia é estar sempre aprendendo, afinal o planeta terra é uma escola de maestria e se paramos de aprender estamos jogando a oportunidade fora. Só que aprender a viver, aprender a aprender, aprender a transformar-se e a crescer depois de grande dá sentido à vida, torna todo dia uma grande aventura, desperta o desejo que todos os seres tem dentro de si:  de crescer, de multiplicar, de expandir, de conectar. Toca instintos e nos reconecta com a nossa natureza humana e assim, nos reconecta com a Natureza. Porque afinal de contas, o objetivo aqui é claro: voltar a ser humano, ser terráqueo, ser filhas e filhos da Terra, jardineiros sagrados, guardiões, mestres do amor. Retornar à nossa conexão radical com o nosso planeta mãe que nos dá absolutamente tudo que já experimentamos e precisamos, retornar ao nosso pódio de espécie consciente, inteligente e responsável pelo cuidado Dela e de seus seres. Suprir esse vazio de Mãe, de segurança, de nutrição, de instinto, de liberdade e de escolha que todos nós sentimos pulsar forte em diversas faces dentro que cada história individual. E, juntos, cada um de nós, em círculo, como igualmente filhos delas, assumirmos nossa parte na criação dessa nova realidade, dessa nova maneira de estar neste espaço sagrado e perfeito onde tudo é possível.

O que tem de errado comigo?

A humildade é uma das qualidades essenciais no caminho da auto-cura. Tentamos evitar olhar para aquelas partes de nós que não gostamos. Muitas vezes reprimimos lá no fundo do nosso inconsciente aquela qualidade negativa, criamos uma imagem de nós mesmos que é aceita pela sociedade e pelo nosso ego opressor e julgador e passamos a vida gastando energia vital reprimindo partes nossas das mais fascinantes e brilhantes formas. Somos seres tão inteligentes mas investimos nossa energia em nos reprimir, pode? Quando desenvolvemos a humildade e passamos a nos ver como parte do todo, aceitamos que somos apenas seres humanos e que todos somos responsáveis pelo caos e pela cura planetária. Aceitamos e fazemos as pazes com as partes nossas que reprimimos, julgamos e nos recusamos a encarar durante tanto tempo pois somente assim podemos curá-las, limpá-las, observá-las desapegadamente e atingir níveis mais elevados de auto conhecimento e paz interior.

A auto-responsabilidade é a próxima qualidade a ser valorizada nesta jornada. O ser humano é reflexo da Terra e a Terra é reflexo do ser humano. Coletivamente somos criadores da realidade em que vivemos, vou entrar em mais detalhes sobre isso à frente.  A nossa vida de que somos conscientes mentalmente é uma mínima porcentagem do nosso inconsciente – dizemos que usamos apenas 10% da capacidade do cérebro, os outros 90% estão ocupados com muito do que não temos consciência e criar a realidade que vivemos é uma delas. Assumir a sua responsabilidade enquanto criador da realidade coletiva é o primeiro passo para mudar aquilo que você não gosta dela. À partir do momento em que valorizamos cada escolha que fazemos enquanto um ato vindo da sua liberdade individual para definir o mundo em que se quer viver coletivamente, amplia-se a sua própria liberdade. Não é mais preciso depender de governantes, professores, terapeutas, mestres espirituais, pais, bancos, etc. Quando doamos nosso poder de escolha (e responsabilidade perante o coletivo) para qualquer coisa externa de nós mesmos, inconscientemente estamos também abrindo mão da nossa liberdade individual. Por isso a humanidade encontra-se, em sua maioria, em um estado de escravidão e falta de oportunidade de escolha, porque a realidade externa é apenas um reflexo do nosso espaço interno.

Se observamos a realidade maior que a humanidade está criando atualmente – desigualdade, corrupção, devastação ambiental, fundamentalismo, guerra, terrorismo, sofrimento – e assumirmos responsabilidade individual como criadores dessa realidade, já damos o primeiro passo como agente de mudança de paradigma e de realidade terrestre. Se conseguirmos aceitar profundamente que o externo é apenas um reflexo do interno e que o espírito interno coletivo está sendo refletido externamente, então passamos a dar muito valor à nossa cura individual. Se cada um de nós fizer apenas a sua parte em limpar a inconsciência, o sofrimento das linhagens ancestrais, as negatividades, a densidade, os traumas, a falta de amor, a mente barulhenta que carregamos, não é preciso fazer mais nada – de maneira milagrosa e mágica, a realidade muda, o mundo muda. Assim de início, pode ser difícil acreditar mas conforme damos os primeiros passos no caminho da auto-cura, a sua vida individual começa a mudar milagrosa e magicamente, sem precisar fazer muito, parece que tudo vai se alinhando, as portas vão se abrindo, seu caminho vai ficando mais leve e daqui a pouco a sua realidade mudou completamente. Se pudermos fazer isso coletivamente, em pouco tempo, mudamos o mundo. Juntos. Da maneira mais simples, bela e interior possível.

Se o externo está do jeito que está, acredite tudo isso está no espaço interno também. A corrupção política se reflete no espaço interno como todas as vezes que traímos a nós mesmos – comemos um doce estando de regime, fumamos um cigarro após uma semana de ter conseguido parar, contamos um segredo de um amigo para alguém, roubamos uma maça no supermercado, sonegamos aquele imposto injusto, não pagamos o amigo que devemos, etc. A desigualdade externa se reflete no espaço interno como a sensação de superioridade ou inferioridade em relação ao outro, como uma série de preconceitos que nos separam internamente, o medo do outro, o julgamento. O fundamentalismo externo se reflete no espaço interno como medo das diferenças e falta de pertencimento, encontra-se conexão com o outro à partir do ódio que os dois compartilham em comum. Além disso, quando se odeia muito alguma coisa, veremos isso mais adiante, esta coisa está dentro das suas próprias sombras internas, sendo rejeitada e resistida por você. Portanto o fundamentalismo nada mais é do que um grupo que se junta para odiar a si mesmo projetado no outro. A guerra se reflete no espaço interno como as suas resistências às suas próprias sombras, o quanto você luta contra aquelas partes de si que não quer ver, aqueles traumas que não quer lembrar, a falta de amor da mãe ou do pai, a ausência de instinto masculino pleno, o sofrimento do coração quebrado, a traição do melhor amigo que você prefere fingir que não sentiu e passa a vida recalcando essa dor, em guerra com ela, fugindo de si mesmo. O terrorismo externo se reflete internamente como o desejo de destruição e aniquilação das próprias sombras, dos nossos relacionamentos, do amor, do feminino que é a essência da vida, pulsão de morte, histeria sexual. O sofrimento externo que pode assumir milhares de formas se reflete internamente como o sofrimento interno que pode assumir milhares de formas. Esses são apenas alguns exemplos de como o espaço externo é uma criação coletiva inconsciente do nosso espaço interno.

Portanto, meu amigo e minha amiga, ao mergulharmos no nosso espaço interno, vamos descobrir que estamos carregando muito sofrimento achando que esse é o mudus operandis de ser humano. E não é. O ser humano é uma criatura divina, mágica, sensível, inocente, amorosa, forte, corajosa, livre, capaz, criadora… O maior reflexo de inteligência do Planeta. Porém, se observarmos o que estamos criando coletivamente agora, podemos ver claramente que não estamos vibrando no nosso mais alto potencial. A maioria de nós não se sente nenhuma dessas coisas que eu descrevi como nossas qualidades inatas, nosso direito de nascimento. A tendência geral da humanidade nos dias atuais tem sido de sentir-se vítima dos acontecimentos e julgar-se por encerrada. Quem nunca ouviu ou mesmo disse que a nossa espécie seria melhor extinta? Que o ser humano é um vírus? Que o mundo vai acabar mesmo. Mais uma criação coletiva. Quando mais pessoas acreditam mesmo nisso, mais essa realidade está perto de ser criada. E esse tipo de pensamento derrotista é covarde. Ao se eximir da sua responsabilidade individual e preferir aceitar a vitimização e impotência ilusória que lhe é oferecida como única solução, você está permitindo-se ser roubado, se permitindo ser usado pelos que sabem usar o seu poder muito bem e doando partes energéticas suas por todo lado de graça, sem receber nada por isso e sem nem ter consciência do preço que paga pelo seu conforto que não traz felicidade e segurança ilusória.

Adentrar o caminho da auto-cura, é pelo Planeta mas antes de tudo é por você! É seu direito ser livre. É seu direito escolher conscientemente a vida que se vive. É seu direito comer comida boa. É seu direito tomar água limpa e pura. É seu direito ser feliz. É seu direito viver sua missão divina. É seu direito ter acesso à todos seus talentos. É seu direito ser bem remunerado por fazer o que você ama. É seu direito morar em uma casinha que você sempre sonhou. É seu direito amar e ser amado. É seu direito ter tempo de viver. É seu direito se sentir pertencente a uma comunidade em que se confia. É seu direito conectar-se com a verdade. É seu direito desenvolver-se espiritualmente. É seu direito seguir seu coração. É seu direito saber o que diabos está acontecendo energeticamente no mundo. É seu direito acreditar. É seu direito acordar pela manhã sentindo-se empolgado para um novo dia todos os dias. É seu direito viver tudo que sempre quis. É seu direito ser ilimitado. É seu direito ser quem você realmente é. É seu direito brilhar. É seu direito dançar, cantar, celebrar. É seu direito sentar-se toda noite perto do fogo. É seu direito banhar-se na  água pura. É seu direito respirar ar limpo. É seu direito colocar os pés descalços na terra fértil. Porque foi a sua Mãe que te deu a vida, que te criou, que te dá tudo que você já experimentou. A Mãe Terra. E ela quer que você se realize. Quer que você vibre seu mais alto potencial. Quer ver você se desenvolver para muito além do que você imagina ser possível. Ela te ama muito. Conhece cada um de nós individualmente melhor que nós mesmos nos conhecemos porque nós somos ela.

Coragem! O processo de cura é árduo mas não é impossível e as recompensas são indescritíveis. Estamos recebendo muita ajuda espiritual para adentrarmos nessa jornada. A Terra está evoluindo, nossa espécie está evoluindo e por isso estamos sendo muito auxiliados – e muito testados – quando tomamos a decisão de curar-nos a nós mesmos. É a aventura imperdível dos nossos tempos! Seria uma pena estar vivo neste momento e não experimentar esse processo. A cura que está disponível para nós neste tempo, nunca esteve disponível assim antes. É possível curar vidas em algumas semanas, uma situação bem vivida e liberada cura anos de sofrimento, séculos de uma emoção sendo carregada pela sua linhagem ancestral. E tudo que curamos em nós mesmos, curamos nas 6 gerações passadas e 6 gerações futuras, curamos no espírito coletivo e, portanto, curamos no mundo!

Acredite, você não está vibrando no seu mais alto potencial. Pouquíssimos de nós estamos. Tem muita coisa dentro de você para limpar mas também tem muita coisa para descobrir e se maravilhar. O espaço interno é, na minha opinião, a maior montanha que o homem e a mulher podem escalar. Sabe aquela sensação de se desenvolver em uma atividade qualquer? Um esporte, uma profissão, na cozinha? Nada disso se compara com a sensação de se desenvolver internamente e conforme se mergulha nas suas águas mais profundas, inúmeras atividades externas começam a brotar de dentro de você. A matéria torna-se um mero instrumento deste processo interno, a vida se torna um jogo de crescimento e tudo ao seu redor passa a ser mero instrumento para você expressar toda a riqueza interior desenvolvida. É um outro paradigma de vida. Você não está fazendo mais nada pra ninguém, somente para você e, como um paradoxo divino, à partir daí, passa a atrair tantas pessoas para si. Amigos, amantes, sócios, parceiros, admiradores, clientes…  É muito divertido!

Como chegamos a esse ponto?

A Terra está passando por uma transição energética evolutiva. O petróleo é matéria não condutora de energia (por isso usamos a borracha – produto derivado do petróleo – para nos proteger de correntes elétricas), ao ser retirado da Terra da maneira como está sendo pela nossa sociedade atual – que é culturalmente dependente deste – o Planeta está sendo mais energizado, o fluxo de energia vinda do espaço, das constelações, dos outros planetas e das dinâmicas de  movimento internas do próprio planeta (desde macro dinâmicas como correntes marítimas, magma, vulcões, cisões, terremotos, nuvens, evaporação, etc. até mini-dinâmicas como as interações animais do dia a dia, um cair de uma folha, o brotar de uma flor, trânsito, uma relação sexual intensa podem contribuir para a energização do Planeta, assim como uma briga ou um pensamento muito forte de uma pessoa com bastante energia mental). Quanto mais a Terra se energiza, mais nós nos energizamos e nossa capacidade de criação inconsciente aumenta. O problema é que estamos vindo de séculos de construção de sociedade em cima do paradigma materialista, desinteressado das dinâmicas energéticas pois havia muito petróleo contendo essa energização planetária e a nossa vibração estava mais baixa mesmo durante um longo período de tempo. Já reparou como de uma década pra cá parece que todo mundo está se ligando mais em energia? Inconscientemente todos já sabemos dessa energização planetária. Agora é hora de torná-la consciente e aprender a usá-la a nosso favor.

Além disso, estamos agora atingindo os 5000 anos de patriarcado, ou seja, de dominação da energia masculina (o que não quer dizer dominação dos homens) e dos seus símbolos, valores, cultos, paradigmas e dinâmicas instintivas. Eu acredito que a Terra quis se experimentar à partir da energia masculina pois até então todas as sociedades era matriarcais e a energia feminina era dominante e venerada, afinal, a Natureza é feminina, fértil, criadora da vida e as dinâmicas planetárias sempre foram o norte espiritual de seus povos. Com a troca desta dominação para as qualidades masculinas, uma grande separação entre a nossa espécie e o Planeta ocorreu. A repressão interna da energia feminina nas mulheres é o reflexo da repressão externa da energia feminina do Planeta.

Aos poucos perdemos a conexão com nossos instintos – nosso programa natural interno de comportamento – pois perdemos a conexão com a sacralidade da Natureza e das dinâmicas instintivas femininas de vida, criação, arte, dança, celebração, amor, emoção, comportamento selvagem, sexualidade livre de preconceitos, conexão espiritual, lar, cuidado, comunidade, círculo, ritual, beleza, delicadeza e, principalmente, energia maternal. Caímos para as qualidades masculinas de força, exploração, proteção, liberdade, guerra, competição, violência, morte, progresso, hierarquia, burocracia, organização, racionalidade, materialismo, dominação e individualismo. Eu falarei mais à frente sobre instinto mas por agora é preciso ver que não há um gênero que seja melhor que o outro. O homem e a mulher são ambos perfeitamente criados para complementar a si mesmos. Sem um, o outro é incompleto. Não se cria a vida sem a comunhão amorosa dos dois. E a vida é o elemento mais sagrado do Universo. Logo, tanto o homem quanto a mulher são igualmente sagrados e necessários. E não é possível criar uma nova realidade sem o amor entre eles. A guerra dos sexos nada mais é do que mais uma distração e roubo de nosso potencial maior. O problema maior do patriarcado é que ele é a dominação de uma energia sobre a outra, o que desqualifica metade de nós mesmos porque todos nós temos os aspectos masculinos e femininos dentro de si. Ao reprimir um de nossos aspectos, perdemos 50% das qualidades humanas coletivamente. Se valorizarmos as duas energias igualmente, sem desqualificar, reprimir, julgar, competir ou repudiar nenhuma das duas, damos um passo na direção da plenitude, totalidade e perfeição.

Na minha opinião, onde mais precisamos de cura é nos relacionamentos entre homens e mulheres. E essa cura só vem da compreensão de quem somos de verdade – nosso instinto animal. Porque chegamos a um ponto que homens não sabem mais o que é ser homem e mulheres não sabem mais o que é ser mulher. Homens se comportam como mulheres e mulheres se comportam como homens. Eu já fiz inúmeros cursos pra aprender o que é ser mulher e quanto mais estudo, mais percebo que é um conhecimento raro, quase morto, perdido mesmo em meio a tantos séculos de repressão e repúdio a essa energia tão divina. E o caminho da auto-cura, por mais individual que seja, passa pelos relacionamentos inevitavelmente. É impossível curar a si próprio sozinho em uma caverna – talvez não impossível, cada alma sabe o caminho da sua própria evolução, mas este não é o tipo de cura que o planeta precisa neste momento. Precisamos de cura coletiva, cura da nossa conexão, cura do nosso amor, da nossa confiança.

Concluindo então como chegamos aqui: nos desconectamos do feminino. A energia feminina que é a energia do Planeta, da Natureza. Reprimimos metade do nosso potencial humano. Caímos pra um lado só e estamos vivendo os resultados de uma criação parcial, incompleta e perdida. Nos desconectamos do chão. Perdemos nossas raízes. Esquecemos da nossa Mãe e, logo, de nós mesmos. É impossível ser humano desconectado da Terra. É que nem querer ser peixe fora do mar ou pássaro longe do ar, na gaiola. O que acontece com qualquer animal quando é enjaulado ou retirado de seu habitat natural? Ele desenvolve centenas de distúrbios, perde seu potencial instintivo, dorme o dia inteiro, entra em depressão, come sem parar e morre cedo. Alguma semelhança com alguém que você conhece? Provavelmente com você mesmo em algum nível. Todos estamos cheios de distúrbios, vazios, depressão, doenças, medos, pânicos, manias, déficits, dívidas, dúvidas, inseguranças e por aí vai. Nada disso é você. Simplesmente estamos desconectados do nosso habitat natural – a Natureza. A cidade não é própria para moradia humana. Viver em uma cidade é abrir mão de grande parte de seu potencial energético. E por isso vemos estes espaços cheios de zumbis. Seres que perderam totalmente a sua chama interior, permitiram-se roubar por não saber melhor e vivem no automático. Reagindo a cada estímulo sem nenhuma conexão com seu interior, sem consciência de nenhum dos seus atos, alimentando uma realidade que escolhe a devastação e estupro diário da própria Mãe.

Então gente, não temos tempo a perder! Mas tudo está na sua devida hora. Está tudo sob controle Dela e você só tem que aprender a se comunicar com Ela para adentrar seu próprio caminho de maestria que ela quer que você percorra. Cheio de aventuras e armadilhas, um jogo divino de evolução e transformação. Tornar-se gosma para depois voar. E na verdade ela quer isso pra si mesma porque achar que a sua vida é sua é uma ilusão e uma arrogância típica do ser humano em baixa vibração. A vida é um presente, uma oportunidade maravilhosa, que lhe foi dada por Ela e lhe pode ser tirada a qualquer momento. Sua mãe só quer te ensinar a usar esse presente direito! Alguém te dá um computador e você usa como bandeja? Um anel de diamante e você usa pra decorar árvore de natal? Um banquete e você só come a entrada? É hora de aproveitar a chance divina de se estar vivo! E viver direito. Parar de desperdiçar sua oportunidade.

Chega de reclamar, chega de protesto, chega de resistência – bóra trabalhar, agir e criar!

Aonde me curar vai me levar?

Vivemos em um campo de tantas infinitas possibilidades que é impossível prever onde o processo de auto cura vai levar alguém. Especialmente porque nosso programa de crenças atual, implantado em nossas mentes desde pequenos pelos nossos pais (que passaram a vida em uma vibração diferente e devem ser compreendidos e respeitados por isso), pela escola, pela televisão, pela nossa comunidade, etc. é um programa extremamente limitado e, pode-se dizer, burro. Burrice aqui vista à partir do paradigma da felicidade e da vida. Um sociedade em que 50% do mundo está tomando antidepressivos, o Planeta está a morrer, cultua-se mais a morte do que a vida, assiste-se violência como forma de entretenimento, valoriza-se o individual antes do coletivo, manipula-se corações para vender produtos, vende-se veneno como se fosse comida, explodem bombas para medir força, matam-se animais industrialmente e tantos absurdos mais… E vamos seguindo em direção ao apocalipse que tantos de nós já aceitamos como único final possível pra essa história toda. Logo, não é possível considerar um sistema, destrutivo e mortal, inteligente. Especialmente visto que vivemos em um Planeta perfeito, para o qual nossos corpos são perfeitamente adaptados, onde tudo que precisamos para viver está ao seu redor. E já temos tantas soluções disponíveis, mas que são tornadas ilegais porque são simples e baratas – como placas de energia solar em cada casa por exemplo. A lista de ideias e soluções maravilhosas, conectadas com o chão e com a comunidade é enorme e o seu processo vai te levar até elas com certeza, mas o sistema se recusa a adaptar-se a elas porque não são economicamente lucrativas. Bem, seguir em direção à morte da nossa espécie é extremamente burro. Certo?

Logo, é preciso refletir mais profundamente sobre o programa do sistema que nos foi implantado desde pequeninos e como é interessante para o sistema que você mantenha crenças limitadas sobre o que é possível e o que não é. Por isso mesmo é muito difícil para nós imaginarmos para onde o processo de retorno à casa vai nos levar, quais são as possibilidades reais. Vivemos uma crise criativa acima de tudo visto que nossa imaginação é um dos nossos potenciais energéticos que vem nos sendo mais roubados de todos. Imaginar é muito perigoso porque é libertador. E é árduo o processo de voltar a permitir-se imaginar, sonhar, criar. Depois de tanto ouvir dizer que é preciso botar o pé no chão, que a vida é difícil mesmo, que você tem que aceitar a realidade, que você está maluco, que é normal perder seus sonhos depois de crescer…. Permitir-se acreditar em outras possibilidades é uma escolha amedrontadora, mas muito necessária.

E é um processo também. Porque quanto mais você abre espaço dentro de si para novas possibilidades, mais elas se revelam a você e quanto mais elas se revelam a você, mais você abre espaço dentro de si.

Cada processo de auto cura é único e alinhado com seu mestre interior, a sua alma, a chama da Terra que queima dentro de você que chamamos de vida. É você que vai caminhar e viver a sua verdade absolutamente individual e perfeita exclusivamente para você. A minha verdade é a minha verdade e, por enquanto, é só isso que eu preciso encontrar. Quem sabe o dia chegue em que, plenos em nossa verdade e potencial individual, sentemos para debater rumos coletivos. Mas, por hora, o processo é interno e puramente seu. Quem vai guiar-te é a Terra internamente à partir da sua chama interior e externamente à partir das dinâmicas de comunicação que eu explicarei nesse manual.  E até mesmo essas dinâmicas de comunicação com a Terra são extremamente pessoais, o que eu te darei é uma base para compreender uma linguagem e à partir daí começar a perceber-se criador do seu próprio processo e da sua própria linguagem. É um processo extremamente criativo e eu também falarei brevemente sobre fortalecer a sua energia criativa para auxiliar neste processo. Te darei algumas ferramentas que considero básicas mas mesmo estas podem não servir ao seu caminho e você terá que tomar decisões e fazer escolhas sobre usá-las ou não, tudo na base da experimentação e da vivência delas. Esse é um processo extremamente vivo e viver é experimentar e quanto mais se experimenta, mais se conhece a si mesmo. É maravilhoso colocar-se em situações inusitadas porque assim pode-se observar a si mesmo de uma nova forma, conhecer novos aspectos de si e esse processo vai leva-lo a ver-se de uma nova maneira certamente.

Prepare-se para tudo. Deixe uma mochila ao lado da porta pronta para uma aventura. Preencha sua casa de frases inspiradoras. Coma todas suas comidas prediletas. Arrume seu quarto como você gosta. Celebre suas relações. Aproveite seu trabalho seja ele qual for. Tome um champanhe com sigo mesmo e honre tudo que viveu até este momento. Faça todas as suas coisas favoritas como se fosse a última vez. Porque qualquer coisa pode acontecer à partir de agora e é bem capaz que tudo que você tenha sido até agora comece a ser descascado de maneira lenta e delicada ou abruptamente. A sua alma é quem sabe que forma de mudança será melhor pra você.

Esse é um processo que vai ativar a sua criatividade, a sua inteligência, a sua capacidade de tomar decisões e fazer escolhas, vai testar sua ética, colocar todos seus valores em cheque, vai te enganar, vai te testar, vai te provocar, vai te amar, vai te dar prazer e depois tirá-lo, vai te mostrar por debaixo de sua saia só pra te provocar, vai te fazer sofrer pra depois te mostrar níveis de felicidade que você nem sabia que conseguia sentir. É um processo de constante transformação e, desde já, aviso: não se apegue a nada porque quem se é de manha não se é mais à noite, o que se acreditava firmemente hoje é mentira amanha.

Eu vou te mostrar ferramentas que vão auxiliar na sua corrida atrás do seu destino e no desenvolvimento dos talentos que você precisa para concluir sua missão neste jogo divino. Agora o que é esse destino, que talentos são esses, qual a sua missão? Isso é entre você, a sua alma e a Terra. A forma como você vai usar essas ferramentas, isso é com você. A maneira como Ela vai se revelar pra você, isso é com Ela.

E não se preocupe se você não tem a segurança interna para ser seu próprio mestre por enquanto, para tomar determinadas decisões, o processo sabe perfeitamente que qualidades você precisa desenvolver e ele vai te levar passo a passo na direção da sua maestria – às vezes trazendo até um mestre externo para sua vida. (Eu já tive muitos! Adoro!) E, aos poucos, devagar e sempre, você vai desenvolver as qualidades que precisa para se aprofundar ainda mais na sua própria cura e descobrir a sua conexão maior com a inteligência do Planeta.

Vai ser incrível! Confiança. Humildade. Entrega. Pés descalços. Aventura. Emoção. Natureza. Amor. Liberdade. Simplicidade. Alegria. Encanto. Surpresa. Gratidão. Energia. Vida. Fogo. Água. Ar. Terra. Coração!! <3

Possibilidades da Cura Coletiva

Começamos a nos conectar com as forças da Natureza e ativamos nossas partes humanas, terráqueas e animais que estavam reprimidas ou separadas de nós. Estas partes têm muito conhecimento, elas começam a nos mudar de modo sutil, mas muito profundo. Conforme nós mudamos, nossa vida muda. Conforme começamos a compreender a linguagem da Terra, nossa visão da realidade muda completamente. Compreendemos que estamos presos em tantas crenças limitantes, traumas, conceitos televisivos vazios, alimentação baixa vibração, água intoxicada e que quase tudo ao nosso redor está a nos roubar energeticamente. Adentramos uma jornada extremamente curiosa e interessada em nos redescobrir à partir de níveis energéticos mais elevados e uma mente mais livre. Aos poucos vamos mudando nossos hábitos, nos desligando do que nos faz sofrer, descobrindo novos talentos, atraindo novas pessoas que vibram também neste novo paradigma.

Ao mudar nossos hábitos, estamos fazendo escolhas políticas. Política é o debate do coletivo. Ponto. Muitos de nós tendemos a associar política com a forma com que esse debate tem sido feito nos tempos atuais – à partir de representantes que são escolhidos através do voto. Porém isso é uma visão muito limitada do que é política. Política é toda e cada escolha que fazemos todos os dias. Votamos no mundo que queremos viver todos os dias – esse voto é energético, onde colocamos a nossa energia, fortalecemos aquela criação, aquela realidade. O que você toma no café da manha, que produtos de limpeza compra, aonde trabalha, que roupas usa, que argumentos defende em uma conversa entre amigos, como você trata a si mesmo quando ninguém está olhando… Tudo isso é política, é uma decisão individual sobre a realidade energética coletiva que você quer criar.

É muito difícil tomar decisões politicamente alinhadas com o processo de criação de realidade se nem sabemos o que é isso, se não temos consciência dos processos energéticos por trás da realidade e de nós mesmos. No estado de desconexão da comunidade humana e o individualismo francês (paradigma revolucionário masculino reproduzindo por ambos os gêneros) em que nos encontramos, escolhemos o que é melhor para mim! Vivo a vida que EU quero viver. Mas se começamos a perceber nossa vida individual mudar ao tomar consciência dos processos energéticos por de trás de cada um dos nossos movimentos, já começamos a tomar decisões mais conscientes e, naturalmente, investimos nossa energia individual no que nos faz bem enquanto ser humano terráqueo. Onde colocamos nossa energia, fortalecemos aquela realidade.

Quanto mais seres humanos retornarem à casa, mais investirão energia na sua casa. Cada cura é uma cura, cada alma é mestre de sua personalidade, cada um é dono do seu nariz. Este é o caminho da auto responsabilidade na veia. Ninguém vai mandar em você, ninguém vai te dizer o que fazer, esse é um caminho de liberdade. Mas existem determinadas semelhanças em todo processo, reconectar-se com a Natureza, ativar determinadas memórias atávicas (ancestrais guardadas no seu DNA), naturalmente nos levará à escolhas e movimentos mais alinhados com a Terra e com nossos instintos que são os iguais para todos. O animal que somos que não varia, somos um único modelo que toma diversas formas culturais. Nossas diferenças não são tão intensas quanto nos fazem acreditar para nos manter separados e amedrontados. Naturalmente tomaremos as decisões do dia-a-dia, faremos nossa política a partir do coração e do amor próprio e aos poucos, sem perceber ou forçar ninguém, mais e mais de nós estarão tomando essas decisões e investindo sua energia em uma realidade mais alinhada com uma humanidade curada. E assim, fortalecemos o coletivo a partir do individuo. Sem precisar de protesto, assembleia, mesa de debate, representante no parlamento, black bloc, resistência… É um caminho leve, alegre e muito mais divertido cuidar bem de si, voltar a ser humano, se conectar com as árvores e tomar banho de cachoeira no meio das borboletas.

Com todo respeito pelas almas que ainda escolhem fazer esta luta política tradicional a partir do paradigma do sistema do que é fazer política. Cada um na sua missão, no seu aprendizado, nos seus karmas, nos seus prazeres e na sua busca pelo pertencimento, nem que seja a nossa raiva que nos une. Tudo é válido. Nada deve ser reprimido. Nenhum caminho deve ser considerado melhor ou pior que o outro. Só devemos nos permitir e permitir aos outros fazerem suas escolhas e seguirem seus corações. A individualidade de cada alma vem antes de tudo. Só que tornou-se muito pesado fazer política dentro de um sistema político que não funciona. Investimos nossa energia nestes canais porque nos vemos sem alternativas e todos nós sentimos que precisamos fazer algo, nem que seja expressar nossa indignação. O problema é que união a partir da raiva, do rancor, da desesperança cria e aumenta essa vibração. Portanto, fazer política – mesmo que seja contra o sistema político – vinda da crítica, do julgamento, do ódio, do desespero acaba sendo um tiro que sai pela culatra porque estamos investindo energia nesta vibração e aumentando os níveis dela ao nosso redor e ao redor das nossas comunidades e criando realidades ainda mais pesadas.

A cura coletiva acontece no momento em que passamos a estar mais conscientes das dinâmicas energéticas internas e seus reflexos externos e passamos a ver a vida como um jogo divino de aprendizado e crescimento. Aceitamos a vida como nossa professora máxima e nos permitimos mudar internamente. É um paradoxo sombrio ver tantas pessoas querendo que o mundo mude mas absolutamente cristalizadas e imutáveis dentro de si mesmas. Ao compreender algumas leis deste jogo, fazemos nossa paz com o fato de que temos que trabalhar dentro delas e passamos a usá-las a nosso favor porque foram feitas exatamente para a nossa evolução. Fluímos mais com os acontecimentos, nos desapegamos dos resultados porque, conforme avançamos no processo, passamos a confiar plenamente nesta força maior do Planeta que está a cuidar de nós, mesmo que isso signifique nos fazer sofrer para aprender as lições que viemos aqui aprender.

Ao jogarmos o nosso jogo individual, percebemos como ele se alinha e complementa os jogos daqueles que estão ao nosso redor e, o que começa como uma desconfiança impossível, torna-se claro que a separação é uma ilusão e estamos todos tão profundamente conectados porque, em outro nível, somos um único grande espírito. Estas realizações das quais eu falo agora, não são para serem acreditadas, elas são para serem experimentadas. Elas serão reveladas para aqueles que chegarem na fase desta descoberta e enquanto não se chega, jogamos à partir das crenças que temos dentro de nós. Tá tudo certo. Começamos hoje, da onde estamos mesmo. E vamos ver o que acontece. Mas quanto mais essa Vida lhe é mostrada (ou tornada consciente porque ela esteve aqui o tempo todo), mais a sua percepção da realidade começa a mudar e quantos mais de nós mudamos a nossa percepção dela, mais essa realidade que estava em segundo plano o tempo todo, esperando ser descoberta, vem vindo pro primeiro plano e mudando todos os paradigmas do possível, abrindo alívios e alegrias, clicando tudo, cada mergulho um flash, mais investimos nossa energia nela e mais ela vai se tornando a realidade primeira.

E, desconfio, que não demora muito pro mundo inteiro mudar. Sabe a teoria do centésimo macaco? Um grupo de cientistas fazia experimentos com dois grupos de macacos, cada uma em uma ilha isolada da outra. Quando uma quantidade suficiente de macacos de uma ilha mudava seus hábitos (por causa da alguma descoberta evolutiva), os macacos da outra ilha, totalmente isolada, mudavam também. Sem que ninguém os ensinasse nada. Quando uma quantidade suficiente de seres de uma espécie evolui, por sermos tão intrinsecamente conectados, a espécie inteira evolui. Então aquele tio teimoso que não sai do sofá, aquela amiga rica que não quer nem saber, aquele presidente vaidoso, o general do Afeganistão e mesmo aqueles que vivem na linha da miséria que se preocupam em sobreviver e, obviamente, não tem oportunidade para pensar em evolução, auto cura, espiritualidade ou criação de realidade, todos eles são humanos. Todos são parte da nossa espécie. Então quando você adentra o jogo da auto cura, você faz por você mas acaba, por tabela, fazendo pela sua espécie e por todos aqueles que não têm essa oportunidade.

É isso galerê, chega de lero lero introdutivo. Quem pegou pegou, quem sentiu sentiu. Se não sentiu, vai ver não é o seu momento. E respeito sua estratégia! Tá tudo como deveria ser. Bóra então aprender esse troço!

O Jogo da Vida

Um novo estado mental

Para digerir o jogo que é o seu processo de auto cura, antes é preciso compreender uma nova dinâmica de comunicação. O jogo da Vida é extremamente abstrato e sutil. E, nesta era que atravessamos, o estado mental dominante é o masculino, lado esquerdo do cérebro, científico, lógico, racional, produtivo, burocrático, organizado. A é igual a A e B é igual a B. Um vem antes do dois. Passamos a vida inteira aprendendo um conteúdo mastigado e extremamente limitado. A linguagem escrita e falada não dá conta da complexidade da Vida. Estamos acostumados com livros que nos dão o beabá, professores que nos ensinam por módulos, jornais que escrevem por “fatos” e referências bibliográficas e acadêmicas. Papéis científicos e seus cálculos matemáticos. Linguagem de programação: se… então… Isso vem depois daquilo, é assim que se faz, a maneira correta de fazer é, a receita de bolo deve ser seguida em três partes. Primeiro assim, depois assado. Isso pode, isso não pode. Aquele é o certo e esse é o errado.

A linguagem da Terra, por outro lado, é silenciosa e não óbvia. Extremamente sútil, delicada e misteriosa. Quando vamos ler a Vida, precisamos nos alinhar mais com a arte abstrata. Riscos, gotas, respingos, sequências inusitadas, cores que se chocam e complementam. Vibrações. Aqui é o lado direito do cérebro que domina. É uma linguagem muito mais emocional, mais profunda, que possibilita diversos significados de uma vez, que instiga cada um de uma maneira própria. Não tem uma única maneira correta de se ler, não tem receita e nem sequência. Primero a mente interpreta, depois o corpo, depois o inconsciente, às vezes os sonhos entendem melhor. Mas na próxima vez a mensagem vem no sonho e passa pelo corpo até que chega na mente. Daí o corpo sente uma vibração que a mente toma consciência. É extremamente dinâmico.  Ela é repleta de simbolismos, metáforas, imagens, exageros, disfarces, calma e expectativa. Você vai precisar usar e afiar todos os seus sentidos. Às vezes a mensagem vem por imagem, som, cheiro, sensação, paladar ou a combinação deles. Você foi feito pelo Planeta, você é parte do Planeta e para se comunicar com Ela, Ela vai fazer você usar tudo que ela criou pra você. A linguagem que Ela vai usar para te ensinar é extremamente pessoal, reflexo do seu interior acima de tudo, vai falar uma língua que só você entende, que vem das suas profundezas, da sua complexidade como ser Vivo. Você não pode ser limitado a uma receita de bolo certo?

Quando tentamos nos descomplexificar e tentamos nos definir com algum tipo de forma: profissão, gênero, idade, nacionalidade, religião, time de futebol, partido político ou grupo cultural, estamos nos fragmentando. Todos esses papéis são uma mísera parte da sua essência, eles são uma forma de expressão da sua alma mas não são a sua alma e nem a sua personalidade completa. A sua essência é ilimitada e ao nos quebrar para nos encaixar em alguma estatística estamos nos roubando daquelas partes que não tem palavras para descrever. Nesta língua, todas as suas partes falam e criam a sua realidade e por isso o processo de auto cura é um processo de autodescoberta também. Tem tanto dentro de nós que não conhecemos, que nunca nos permitimos acessar por ser tão fora dessa realidade racional em que vivemos. Mas ao compreender essa dinâmica de comunicação você certamente vai perceber o quanto certas partes suas que você desconhece sempre estiveram ali, tentando ser vistas e reconhecidas. Tentando chamar sua atenção das maneiras mais criativas possível enquanto você passava despercebido com olho grudado na tela do celular.

A linguagem da vida nos fala dessa maneira artística porque ela é extremamente feminina e delicada, nada com Ela é por acaso e é preciso entrar no estado mental claro para conseguir compreendê-la. A mente precisa estar limpa de significados externos e aberta para novos possíveis. O que é um desafio gigante já que vivemos na era da mente entorpecida de pensamentos, julgamentos, medos, televisão, youtube, jornal, facebook, google, comida ruim, água venenosa, pirotecnia nas boates, multidões em festivais, trânsito, ambulância, dependência do álcool para socialização, poluição, chuva tóxica, radiação, música vazia e uber produzida, agrotóxicos e por aí vai. Tudo isso nos coloca em um estado mental caótico. Eu não acho que é coincidência visto que nosso maior poder é a mente. A mente é capaz de muito, mas muito, mais do que nós imaginamos. É a mente que vai interpretar a linguagem inicialmente, é a mente que direciona e movimenta energia, ela é uma das maiores aliadas na criação da sua realidade. Logo, entorpecer a mente é de uma espécie inteira é uma forma de desempoderamento coletivo. Quando afirmamos que a humanidade está vivendo a maior escravidão de todos as civilizações anteriores, não estamos exagerando. Manter a mente ocupada e sobrecarregada é roubo energético, roubo da sua calma, da sua clareza, da sua capacidade de criação da sua realidade e do seu poder pessoal.

Quando estamos jogando, é como se estivéssemos a todo momento, em qualquer lugar, dentro de um museu repleto de quadros abstratos e símbolos metafóricos. A tudo que nos estimula devemos estar atentos de que forma isso me afeta à nível interno, pessoal. Nossa mente precisa entrar em um estado de alerta, análise, criatividade e imaginação constante. A cada sinal recebido, precisamos checar internamente se ressoa conosco, se faz nosso coração pulsar, se ativa alguma vibração pelo corpo… Ou seja, trazemos um estímulo externo que interpretamos à partir da nossa inteligência única e analisamos com nosso interno energético / emocional. Ativamos muito de nós mesmos para entrar em sintonia com essa linguagem. É um estado mais animal mesmo, instintivo. Para fazer esta análise você vai precisar utilizar todas as ferramentas humanas – mente, corpo, emoções e espírito. Vivemos em um estado de desequilíbrio pois atualmente estamos em uma fase extremamente mental da história da nossa espécie, tudo parece ser virtual – no sentido de ser etéreo, mental, ar demais, desenraizado. O corpo está sendo usado como mero veículo de locomoção (e de transtorno já que os padrões inúteis de beleza do sistema tendem a gerar complexos com a nossa imagem corporal e passamos a desgostar da nossa forma, do templo da alma, daquilo que nos faz únicos e esse desgosto do próprio corpo gera uma desconexão com ele e uma série que mecanismos de defesa e justificativa que roubam nossa energia corporal), as emoções foram totalmente reprimidas pelo sistema (emoção é uma qualidade feminina que ambos os sexos tem dentro de si, os anos de perseguição e repressão da energia feminina no Planeta nos levaram, é claro, a perseguir e reprimir nosso potencial emocional. Defende-se cruelmente que homem não chora, sistema patriarcal não sente. Hoje temos um mini cardápio de emoções aceitáveis socialmente, o resto é considerado sinal de fraqueza ou doença mental e deve ser impedido quimicamente. Quem sente demais deve ser medicado e fragmentado de si mesmo para manter-se funcionando dentro de um sistema que não permite emoções ou energia feminina) e o espiritual nos foi tomado quase inteiramente também por causa da repressão da energia feminina (o advento das religiões masculinas centradas no ser humano e em Deuses humanoides, nos arrancou violentamente da nossa espiritualidade ancestral que a espécie carregou durante toda sua existência: de adoração do Planeta e das dinâmicas da Natureza e da Vida. Ao tornar a Natureza um recurso morto de exploração econômica, matamos nosso Deus(a) atávico e reprimimos as memórias ancestrais que carregamos em nosso sangue de milhares e milhares de anos de conexão e comunicação com este grande ser que está ao nosso redor por todos os lados, dentro e fora, este ser de que somos feitos e com quem somos profunda e radicalmente conectados. Ao matar a Natureza enquanto ser vivo extremamente inteligente, enquanto nossa criadora, nossa Mãe, estamos matando a nós mesmos porque nós somos individualmente um micro pedacinho dela, gerando uma culpa inconsciente profunda e incompreendida que gera neurose e maldade e, mais uma vez nos fragmentando daquilo que nos faz seres humanos à partir do nosso programa original de criação por Ela). O que nos resta então? A mente! Viver toda uma vida pendurados na dependência de apenas um dos nosso quatro principais elementos humanos. Não que a mente seja ruim (como tantas religiões masculinas defendem. Na verdade, segundo interpretações destas linhas praticamente tudo que nos faz humanos é ruim, pecaminoso e deve ser controlado e transcendido) mas, como tudo na vida, em desequilíbrio extremo ela pode nos machucar sim. Nós somos muito poderosos, muito mais do que conseguimos imaginar no paradigma da burrice atual, sobrecarregar um elemento com toda nossa energia é extremamente perigoso a níveis que não conseguimos acessar. Nossa energia vital nos foi dada para ser equilibrada dentro dos nossos quatro elementos de existência – mente, corpo, emoções e espírito. Colocar tudo que se tem em apenas um deles, obviamente vai gerar uma série de complexos, agonias, depressões, doenças… Uma verdadeira guerra interna, caos total, e nós no piloto automático tentando reprimir isso tudo e ainda vencer dentro do sistema dos absurdos porque eles nos prometeram que a felicidade está logo ali na frente, depois dos estudos, no próximo emprego, no casamento e depois no próximo casamento, depois do primeiro filho, assim que juntar suficiente para comprar uma casa, o dia que puder abrir o seu negócio, logo ali, aguenta só mais um pouquinho desse seu caos, aumenta só um pouquinho a dose do seu remédio para passar só mais esse mês… E assim vai, você sendo roubado da sua Vida achando que isso é viver.

Nos vemos sem saída a não ser nos desligar mesmo, viver operando a partir do nosso mínimo. Vivemos meio sonâmbulos, vamos e voltamos sem nos conectar muito com nada. Nada estimula os outros elementos a acordar – corpo, emoções e espírito ficam ali meio preenchidos do que não alimenta de verdade. Eu acredito que esse torpor em que vivemos meio hipnotizados pela mente vem do fato de que a nossa espécie é a única no Planeta que vive isolada. Nossas cidades têm no máximo alguns pombos, ratos, mosquitos e olhe lá. Nós não temos o estímulo de viver entre outras espécies o que ativa nosso instinto de sobrevivência e nos deixa extremamente alertas. Aí sim precisamos usar tudo o que temos. Não há nada mais assustador que passar um tempo na Floresta onde tudo é possível, quando você está em território selvagem é seu corpo em profundo alinhamento com as suas emoções que vai te avisar do perigo e não sua mente racional. Você sente um calafrio, de repente está alerta, sua atenção é chamada pra uma árvore sem razão aparente, sua mente silencia do nada e seus olhos esbugalham, sua coluna fica ereta, seus pelos eriçam, o nariz parece sentir todos os cheiros, o ouvido amplifica todos os sons e um leve cair de folhas parece ser o maior movimento do sertão. Você mais sente se deve ir pra esquerda ou direita. Meio que sabe internamente que não deve fazer muito barulho. Sente um certo enjoo no estômago quando adentra alguma área que provavelmente é território de outra espécie. E não é preciso ter nenhum treino militar para acessar essas qualidades, qualquer ser humano que vai passar um tempo na Floresta, ativa seu instinto selvagem. Porque em áreas compartilhadas com outras espécies, os animais não respeitam leis, normas de conduta ou regras de boa etiqueta definidas por tratados vitorianos, a lei da selva é a lei do instinto e a única maneira de estar entre estes animais é acessando a sua parte que é um deles. É o seu instinto que vai lidar com o deles, não tem diplomacia, aqui é o corpo que define quem leva. Não tem receita nem método científico que te tire dessa. O perigoso de ter um ser humano acessando seu instinto é que ao nos lembrarmos que também somos animais, nos lembramos da nossa parte que também não respeita leis, normas de conduta ou regras de boa etiqueta. Por isso se faz tão interessante pro sistema que você esteja sempre apenas dentre a espécie humana domesticada. E que você tenha tanto tanto medo de ir se meter no meio do mato.

Mas estar Vivo, de verdade, é estar neste estado de alerta o tempo todo. Quanto mais conectado com o seu animal, mais conectado se está com a Natureza e com o Planeta. Quanto mais acordado, maior a sua necessidade energética porque mais de você está sendo usado. Quanto maior a sua quantidade de energia vital está fluindo pelo corpo e não perdida por aí ou reprimida gerando agonia, mais você quer viver, se aventurar, aprender, produzir, criar. Maior quantidade de energia é necessária para atingir vibrações mais elevadas como a felicidade, alegria, amor, surpresa, deleite, prazer, conexão com o outro. Energias mais densas, tem uma frequência de vibração diferente, elas são os estados mais comuns de desinteresse, depressão, desistência, tristeza, raiva, inveja… Emoções que consideramos negativas não passam de energia mais densa e emoções positivas são energias mais sutis e elevadas. Por isso, dizer que você vai atingir a felicidade após comprar alguma coisa, resolver algum problema, acumular determinada quantidade financeira não passa de uma ilusão. Não se atinge a felicidade real ao cumprir objetivos, se atinge um estado de vibração elevado e constante a partir do próprio corpo, ao elevar a sua quantidade energética através da auto cura, da consciência dos seus processos energéticos, da liberação das energias densas reprimidas pelo corpo, a limpeza das crenças limitantes, esvaziamento da necessidade de estar em constante produção, desapego do passado e do futuro, estados de clareza e silêncio mental, exercícios alinhados com seu processo, alimentação saudável, água limpa (sem químicos), ar puro e contato com a Natureza.

No final das contas, estar Vivo é estar feliz. Vivo no sentido de vivendo tudo que se tem direito de viver, utilizando tudo que se tem direito de utilizar, experimentando, pulsando energia e não no sentido científico limitado de estar respirando e coração batendo. O que mais tem é zumbi andando por aí, coração batendo, respirando, mas completamente adormecido por dentro. Por isso dizemos que adentrar o processo de auto cura é um processo de despertar, de retornar ao estado de Vida pulsante dentro de si, de voltar a ser humano, terráqueo.

Os Quatro Elementos Humanos

A premissa principal para compreender os quatro elementos humanos é que tudo é energia. Energia é vibração e ela pode ser condensada a ponto de tornar-se matéria. Metal, madeira, água e absolutamente tudo que está ao nosso redor (visível e invisível) é um tipo de energia vibrando à uma determinada frequência.

A energia de que mais temos consciência é a energia elétrica que não é nada além de energia de movimento da Natureza sintetizada industrialmente como uma força propulsora, de impulso, que pode se relacionar com determinados objetos de diversas formas. Ela é uma energia dinâmica e mutante. Com a lâmpada ela se torna a vibração da luz, com a torradeira é vibração de calor, no liquidificador energia de movimento, na televisão é imagem, no celular é bateria, etc. Uma máquina elétrica nada mais é do que um objeto que transforma uma frequência energética em outra para atingir um objetivo prático.

O nosso corpo faz a mesma coisa. Só que ao invés de nos alimentarmos (originalmente) de energia elétrica, nós nos alimentamos (idealmente) de energias da Natureza. São muitos os recursos energéticos dos quais nos alimentamos, mas inicialmente, transformamos a energia dos alimentos, do ar e da água em pensamentos, emoções, corpo e espirito. Ingerimos uma energia condensada em matéria e nosso sistema corporal a transforma em vibrações, menos palpáveis materialmente, mas igualmente reais. E isso ocorre com todos os seres do Planeta (não digo seres vivos porque absolutamente tudo está Vivo). Todos nós temos uma função energética clara dentro do nosso ecossistema coletivo para manter a vibração essencial do Planeta em harmonia.

Em harmonia, todas as espécies ancoram determinadas energias necessárias para a manutenção da vibração da Terra. A ciência analisa as dinâmicas de dependência sob uma perspectiva material, como as abelhas são essenciais para a polinização das flores por exemplo. Sob a perspectiva energética, as abelhas ancoram um aspecto da energia do trabalho, da organização. Elas literalmente vibram esta energia e contribuem com uma mínima parte da harmonia energética do Planeta.

Quando sentimos energia, sentimos um fluxo vibratório que nós interpretamos a partir das nossas experiências passadas com a mesma vibração. Um bebê chora tanto porque ele ainda não está acostumado com as vibrações ao seu redor e cada nova energia que passa pelo seu corpo que ainda não criou mecanismos inconscientes de reconhecimento e proteção é uma experiência intensa e estranha para ele. Ao crescer, criamos um banco de dados inconsciente de vibração em fluxo e também criamos mecanismos para lidar com elas baseados nas nossas experiências passadas. Por falta de educação emocional e energética, cada um cria a sua própria maneira de reagir a determinados estímulos energéticos. Quando o fluxo da tristeza passa por nós por exemplo, alguns choram, outros reclamam, outros imediatamente reprimem e guardam em algum recipiente dentro do próprio corpo (físico ou energético) pra nunca mais ver, outros precisam comer chocolate e outros imediatamente abrem uma cerveja, alguns ligam a televisão, outros correm pro trabalho o mais rápido possível. Todos esses são mecanismos de proteção que criamos para uma série de energias que estão ao nosso redor o tempo todo. Raramente nos permitimos observar esta energia sem julgá-la porque desde pequenos consideramos essa energia negativa ou incômoda. Mais raro ainda é permitir que ela passe e se expresse através de você para assim liberá-la permanentemente e deixar de ter medo dela.

Energia humana é transformada em quatro principais categorias (que explicarei em mais detalhes à frente):

Física ou corporal: a energia que usamos para nos movimentar, trabalhar, locomover, exercitar, dançar, fazer amor e todos os processos automáticos do corpo como a digestão, liberação de hormônios, etc. Esse é um tipo de energia mais densa porque vai alimentar o corpo que é uma energia em maior densidade (ou seja, vibração mais condensada).

Emocional: é a segunda energia mais densa que produzimos, ela tem um certo gosto e é produzida de acordo com os estímulos diários que recebemos alinhados com nosso sistema de crenças. Por exemplo: acreditamos que comprar uma Ferrari traz felicidade então quando compramos a bendita, produzimos essa energia. A questão é que este não é um fluxo permanente porque essa energia é produzida pelo corpo em si então conforme vamos nos acostumando com a Ferrari, o corpo volta a funcionar como sempre funcionou e voltamos pro nosso estado energético interno anterior.

Mental: menos densa que a energia emocional, mas intrinsicamente ligada com as emoções. Através da mente expressamos as energias que estão presas dentro de nós para liberá-las. As nossas emoções tem voz! Também expressamos e nos conectamos com energias de outras pessoas que passam por nós e energias espirituais que estão ao nosso redor. Então quando nos identificamos com a mente, ou seja, quando acreditamos que aqueles pensamentos são nossos e resumem quem nós somos, estamos caindo em uma armadilha de não saber usar nosso corpo direito. Corretamente usada, a mente é um mecanismo de produção, organização e controle energético, criação e materialização do espaço interno. Como mecanismo de reflexão deve ser usada em momentos apropriados de centramento e silêncio interior, calma e a correta limpeza energética. Enquanto estamos carregando passado, futuro, opiniões, julgamentos, generais, pai e mãe, traumas, propaganda, televisão, medo, etc. Dentro de nossos corpos, fica muito difícil confiar nos conselhos da mente como a melhor resolução de problemas e guia de vida.

Espiritual: essa é a energia mais sutil de todas e é preciso produzir energia suficiente para alimentar as três categorias anteriores abundantemente antes de começar a produzir esta. A energia espiritual é a energia de conexão com outras dimensões, poderes psíquicos, contato com espíritos. Todos nós temos alguns talentos ou dons espirituais que vamos abrir e descobrir durante nosso processo de auto cura. Eles são ferramentas muito importantes para nossa realização espiritual na Terra. Inicialmente tempos os cinco super sentidos: clarividência (a clareza de ver energia, auras, espíritos, campos), clariaudiência (a clareza de ouvir as dimensões mais sutis, pensamentos, espíritos), claricheiro (a clareza de sentir cheiros do passado, do futuro, espíritos, seres, emoções), claripaladar (a clareza de sentir gosto de quem fez a comida, por onde a comida passou antes de chegar até a mesa, de sentir o gosto de momentos da vida) e clarisentir (a clareza de sentir energia, emoções de outras pessoas, intuição – esse clarisentido é o que eu acredito que está sendo mais elevado nesta transformação Planetária e da nossa espécie, esse sentido já está praticamente saindo da categoria espiritual e se tornando um sentido próprio do corpo de todos nós e por isso se faz tão importante aprender a usá-lo corretamente). Além dos clarisentidos, inúmeros outros são possíveis como a vidência, a profecia, a conexão com outros tempos, a manipulação de energia, o acesso à conhecimentos perdidos e por aí vai. São infinitas as possibilidades e cada um vai encontrar o seu. Estamos caminhando realmente para uma Era mais X-men mesmo. Só precisamos nos libertar de tanta vibração baixa porque se não alimentamos nossas outras necessidades energéticas, não acessamos estes talentos tão divertidos.

Além de alimentos, ar e água, nos alimentamos e absorvemos energia de fontes que estão ao nosso redor. Sejam elas outras pessoas, eletricidade, a Natureza, a televisão, o computador, pensamentos positivos ou negativos também geram energia que nos alimenta positiva ou negativamente. Ser alimentado negativamente significa literalmente que essa vibração tem carga abaixo de zero, ou seja, você vai ter que compensar com sua energia vital aquela vibração para voltar para o seu equilíbrio energético. Sabe quando estamos perto de alguém ou alguma situação muito negativa e nos sentimos exaustos é porque fomos drenados da nossa energia vital porque as energias negativas ao nosso redor que absorvemos geraram uma necessidade de uso das reservas que temos. E, pelo lado positivo, quando estamos em um grupo de pessoas que amamos, nos alimentamos deste momento, deste amor. Sabe quando sentimos que é bom ficar na presença de alguém ou nos sentimos bem em um local? É que recebemos uma vibração positiva ou seja, que adiciona à nossa reserva de energia vital e eleva nossa capacidade de viver.

 

to be continued…

Tornar consciente é trazer para a superfície seja ela mental, emocional, energética ou externa o que estava reprimido, fragmentado ou escondido no nosso inconsciente, e por isso, no inconsciente coletivo. A maior ferramenta de consciência é a mente auto observadora mas para observar-se a si mesmo é preciso calma na mente e este é um dos maiores desafios contemporâneos, uma aventura grandiosa, mitológica, evolutiva e abridora de caminhos.

Toma essa.

Como podemos estar vivendo esses tempos? Me pergunto sempre, o que a humanidade fez para merecer tamanha interferência em sua integridade enquanto seres do planeta terra? É algo muito maior mesmo, que acontece no plano dos Deuses ou mesmo do espaço cosmos (sim, me refiro aos alienígenas).

A raíz de tudo? Fazer com que os seres humanos não acreditem nas verdades que lhe fazem um ser deste planeta.

Primeira: a mais básica de todas – ser humano é ser um animal em pura conexão com a terra, seu planeta. A terra é um ser vivo, que respira, tem metabolismo, é capaz de dar vida, alimentar, energizar, purificar, se comunicar e influenciar seus filhos, assim como uma mãe leoa, coelha ou humana. O corpo humano naturalmente precisa estar em contato com a natureza, com água limpa e selvagem direto de um rio, diariamente com fogo e respirando ar puro – terra, água, fogo e ar. Ser humano não é ser humano sem o contato com os elementos primordiais da terra que fazem de nós quem somos. Terra: corpo e matéria, água: emoções, fogo: espírito e ar: mente.

Seguimos: Para sentir-se saudável e verdadeiramente vivo, o ser humano precisa estar compartilhando espaço com outras espécies, especialmente espécies de tamanho ou poder de ameaça semelhante a ele desarmado de tecnologia. Cobras, escorpiões, aranhas, marimbondos, jaguares, crocodilos estão todos aí para fazer você se sentir vivo, alerta, rápido, esperto, acordado. O corpo precisa transitar pela floresta e realizar movimentos disformes e orgânicos de exploração da natureza em estado de atenção para possíveis ameaças. Aos poucos liberta-se o instinto esquecido e cria-se uma confiança no próprio corpo porque é ele que avisa, ele que sente, ele que está em alerta naturalmente enquanto você se diverte com as belas flores e toma um delicioso banho de cachoeira.

Basicamente: ser humano é ser natureza também.

Depois desta verdade escondida, passamos para a próxima. Homens e mulheres são seres totalmente diferentes! Escondemos essa, criamos movimentos inteiros de mulheres em estado suicida defendendo que são iguais aos homens. Dentro de uma sociedade totalmente machista, as mulheres (o sexo dominante há milhares de anos atrás, o sexo capaz de dar a vida, capaz de se comunicar com a terra, que é muito mais forte em seu campo emocional e capaz de amar e curar como um homen jamais poderia) decidem abrir mão de toda sua energia feminina e devagar começam a tornar-se homens, trocar de energia internamente provocando o desequilíbrio energético mais violento na terra. O movimento é compreensível. O sexo dominante quer retornar ao seu posto, porém para que isso seja possível, o mundo precisa mudar para que seja mais feminino e não as mulheres que tem que mudar para adaptar-se ao mundo masculino em que vivemos. Em um mundo feminino é possível a paz de gêneros. Em um mundo masculino tudo que é possível é a guerra. O instinto feminino selvagem reprimido está provocando esta desesperada transformação dentro das mulheres. Não é a toa que vemos um crescimento enorme de pessoas trans na sociedade – é só uma materialização e externalização do que já está acontecendo internamente e energeticamente dentro da maioria das mulheres no planeta. E no fim das contas, o homem também está por se matar porque à partir do momento em que as mulheres assumirem o posto dos homens de protetor, provedor, equilibrado, fisicamente forte, explorador, corajoso e criarem seus reservatórios de sémen, os homens não terão mais função neste planeta a não ser de guardiões da energia feminina. Todos os homens tornarão-se gays.

Próxima verdade escondida: tudo que existe na terra é a matéria. Desconecta-se o homem de seu maior potencial e prazer, a conexão com os espíritos. Arranca-lhe fora a sabedoria de que este mundo é uma combinação de diversas dimensões e nós temos capacidade de transitar por elas, provavelmente por alguma boa razão. Diz-lhe desde o momento que nasceu que magia não existe, que é impossível manipular energia (até porque nem se fala mais em energia), não temos conexão com os elementos, não existe telepatia, não existem os clarisentidos, não é possível mover objetos com a mente silenciosa e focada, não é possível transformar-se em animais, não é realidade atravessar paredes, super poderes só no cinema com efeitos especiais. Você é um pedaço de carne. Cria-se uma proposta de vida CHATA em que deve-se crescer, educar-se para tornar-se parte do sistema, comprar, ver televisão, sair pra beber, usar drogas, fazer turismo, casar, ter filhos e implantar o sistema na cabeça deles também. Cria-se então uma série de objetos que vão influenciar a sua mente o dia inteiro, tornando-a fraca, incontrolável, barulhenta assim como o mundo ao seu redor e que vão diminuir seus poderes, acabar com a sua intuição e te botar pra dormir acordado. Já parou pra pensar o que aconteceria se você parasse de beber, fumar, comprar, sair pra comer, ver televisão e ir ao cinema? O que tem pra fazer? MUITO. Mas lhe disseram que esse muito não existe para que você siga nessa sua realidade de pedaço de carne.

Outra: todos os seres humanos são iguais. NÃO são. Tudo, absolutamente tudo, em cada um, é diferente. Nós somos uma combinação de energia alquimicamente programada pelos nossos chackras. Nossos corpos vem programados perfeitamente para nossas missões. Se o cara nasceu pra nadar, tem mais pele entre os dedos, se nasceu pra cantar, tem uma garganta que abre mais, se nasceu para dançar tem o corpo mais flexível. Todos temos diferentes missões e desejar a missão do outro é perda de tempo. É preciso aceitar que talvez sua missão seja ser padeiro e experimentar o amor pelo pão sagrado e não dono de start-up. A televisão cria um ideia de que algumas missões são melhores que as outras, que você deve desejar sei lá o que pra sua vida… É preciso aceitar que você não nasceu para ser rico, que quase ninguém nasceu pra isso porque riqueza e acúmulo não é natural deste planeta. É só olhar pra outras especies e ver que nenhuma acumula nada.

Por causa da desconexão com a realidade espiritual do planeta, acabaram os rituais de entrada e saída da matéria. Os nascimentos sempre foram feitos pela parteira que não era uma médica e sim uma xamã que fazia a passagem segura da alma pra dentro do corpo, sem isso, outros seres podem interferir com este processo, entrando em corpos e gerando um mundo semelhante daquele de onde os próprios vem. Sim, temos aliens  e demônios em roupas de homens comandando o mundo por aí. Pela mesma causa, a morte tornou-se um processo totalmente solto e não há mais garantia de paraíso. Muitas almas não conseguem fazer a passagem correta e ficam perdidas, vagando por este planeta e por isso vivemos a crise de entidades obsessoras no planeta. Estas entidades se alimentam de energias negativas e provocam pensamentos e sentidos negativos para sobreviver. E não necessariamente foram pessoas más que não podem voltar para sua casa espiritual, pode ser alguém simples, normal como você que simplesmente não teve suporte algum na hora de fazer sua passagem.

Energia elétrica tem vibração masculina e agressiva, ela puxa a energia feminina, outro motivo que as mulheres estão se masculinizando com tanta facilidade. Há uma troca de energia corporal dentro das cidades que não tem natureza para fazer a troca, neutralização e purificação da energia. Por isso as pessoas estão mais agressivas, mais tensas, mais estressadas, mais irritadas. Excesso de energia elétrica, masculina. Entidades também se alimentam desta energia e interagem com os objetos por ela alimentados, especialmente a internet. Elas estão nos tubos, na vibração, nos leds, nas telas… Quando nós nos conectamos – colocamos nossa consciência em um filme, numa tela, num texto, estamos fazendo uma troca de energia natural humana com energia elétrica, sintética, não natural.

E a verdade final que não querem que você saiba: você precisa de dinheiro. Só é preciso dinheiro para viver em um sistema baseado em dinheiro. Nessa terra, se plantando tudo dá. É preciso comprar os legumes uma vez na vida e já se tem o material para plantá-los. É possível produzir tudo que você necessita se lhe for ensinado desde criança a viver em harmonia com a terra. Seu vício em conforto é a única coisa que te separa desta realidade além do seu medo do outro – de quem você vai precisar para viver de maneira sustentável pois solidão é uma necessidade do capital.

O mundo está acabando, acima de tudo, pela falta de consciência das dinâmicas energéticas e espirituais naturais do planeta terra. Ser humano é ser conectado com a terra e seus rituais, seus elementos, seus animais, suas plantas.

E, só pra te lembrar de mais uma mentira que lhe foi dita a vida toda: quem acredita em energia, espíritos, entidades, alienígenas e abundância é maluco.

Toma essa.

Verdade e Vergonha

Recentemente coloquei forte a intenção de curar a expressão amorosa da minha verdade. Uou. Tanta coisa que essa intenção movimenta e atrai pra  minha vida. Pra começar, curar a expressão é abrir o quinto chackra – vishudha – e quando queremos curar um chackra, ou seja, abri-lo e limpar sua rotação, precisamos movimentar a energia estagnada ali que muitas vezes tem a ver com talentos que se escondem nesse centro que estão sendo ignorados, nesse caso, o canto, o humor e a arte. O 5o chackra é muito conectado com o segundo – Swadwistana – o chackra da sexualidade e energia vital criativa. Ele faz a transmutação dessa energia criativa em arte e voz. Depois disso, amorosa, como se expressar à partir do coração e não do julgamento, do querer ter razão, da carência, da necessidade de atenção… Como colocar aquilo que desejamos expressar de maneira que gere conexão e empatia entre duas pessoas? Como explicar uma visão de mundo tão radicalmente diferente sem ferir a verdade do outro? E finalmente, a verdade. Uma busca de uma vida pela verdade da vida, verdade do Universo, verdade do amor só pode ser embarcada de fato quando optamos pela verdade como valor primordial em nossas vidas. Ou seja, eu expresso exatamente aquilo que sou. Permito que, em determinados momentos, as pessoas me vejam e saibam o que eu faço em meu interior, mesmo que esse fato me envergonhe.

Só que o maravilhoso é que quando decidimos ser totalmente verdadeiros, aparecer vibrando em nossa verdade, com nossas emoções, ideias, luz e sombra a mostra, quando colocamos isso como uma prioridade, inevitavelmente vamos começar a cultivar uma relação de cura da #vergonha. Um pedaço de argila uma vez me ensinou que vergonha também é ego. Quando a nossa mente nos coloca “aquilo que devemos ser” mas nós não damos conta disso, sentimos vergonha. Quando queremos ser algo que não somos, nos julgamos e sentimos vergonha do que somos de verdade. Estamos sempre nos pressionando para ser mais e melhores e tentando fazer com que os outros nos vejam dessa maneira. Lindas, maquiadas, penteadas, salto alto, bem sucedida, magra, dá conta de tudo, rica… Construímos um muro gigante ao nosso redor para que ninguém veja o que está lá dentro. Protegemos nossa verdade como se fosse algo que tivesse que ser mantido em uma torre protegida por um dragão e somente uma pessoa específica, certa, pode a tirar de lá de vez em quando…

Só que se queremos ver a verdade do outro, a verdade do mundo, a verdade dos nossos tempos, precisamos primeiro curar a nossa verdade interior. E quando isso se torna uma intenção – chegou a hora de começar a movimentar isso no meu processo, precisamos desapegar da vergonha e da ideia de quem somos que vem da mente. Passamos a permitir que os outros nos vejam e assumimos apenas a cadeira do observador. Vamos ver o que os outros refletem através de suas reações ao expressar a minha verdade. Desapegamos da vergonha e relaxamos o plexo solar de onde ela vem e, aos poucos, paramos de senti-la. O que acaba trazendo muitos benefícios para o terceiro chackra – Manipura – que é bloqueado pela energia da vergonha.

Incrível então que quando trabalhamos a verdade, acabamos trabalhando nosso poder pessoal também que vem do terceiro chakra que passa a ser desbloqueado quando optamos por limpar nossa vergonha, a ilusão de ter que ser quem não se é.

E aí, tudo começa a acontecer ao seu redor que vai provocar situações que provocam vergonha, sua verdade começa a transbordar e você fica com medo da reação das pessoas, da maneira como os outros vão te ver, nem você nunca se viu tão aberto assim. A verdade começa a aparecer não só nas suas palavras mas nos seus movimentos, no seu olhar, nas suas ações. Você quer ser verdadeiro e fazer o que quer fazer na frente de quem for. Falar o que quer falar, o que está sentindo de experimentar expressar. E os outros passam a ser um termômetro na sua cura. Porque você só vai conseguir ver sua verdade se você permitir que ela saia, inevitavelmente você precisará de espelhos além de você que reflitam essa verdade para que você possa ver a luz e a sombra que estão nela.

Quando queremos curar nossa verdade, precisamos nos preparar para ver coisas que não vamos gostar muito de nós. E reações que não vão nos agradar. Mas também precisamos nos preparar para nos surpreender. Porque é certo que os seres humanos conseguem pressentir verdade e mentira inconscientemente e todos preferem sempre a verdade. Uma verdade mais ou menos é sempre melhor que uma mentira maravilhosa. A nossa espécie se afastou tanto da verdade, nossa sociedade hoje em dia é tão inerentemente construída sobre pilares da mentira, que uma verdade é como um breath of fresh air. Ar fresco. Todos gostam de sinceridade, honestidade e respeito. Quando expressamos nossa verdade estamos respeitando a inteligência alheia. Estamos permitindo que ele seja verdadeiro também. Estamos sendo humildes perante ele. Vulneráveis. Estamos confiando na bondade do ser humanos novamente.

Óbvio que às vezes vamos receber reflexões negativas. Ainda bem porque essas nos fazem aprender. E com o aprendizado vem a cura. Se queremos tocar em uma energia que não mexemos há tanto tempo como a expressão, vamos ter que reaprender a mexer com ela e são os reflexos, positivos e negativos que vão nos ensinar direitinho.

E assim, é só seguir a intuição, sentir o que se quer sentir, permitir-se ser quem se é sem expectativas, assumir a cadeira do observador e desapegar da vergonha e mergulhar com tudo na cura da expressão amorosa da sua verdade.

Os sanskaras – energias do passado reprimidas e acumuladas no coração – vão vir a tona. Vamos ter medo de sermos humilhados, rejeitados, reprimidos como fomos no passado mas aí que está a maior cura porque agora aprendemos a relaxar a liberar essas energias. Tudo que revivemos nos traz a oportunidade de liberar o que não conseguimos liberar no passado. E assim vamos nos curando… Seguindo caminhando…. Rumo ao novo paradigma e novas maneiras de se andar sobre a terra.

Como ter uma árvore amiga

Cada partezinha da grande Alma tem suas propriedades e habilidades de conexão com o campo energético da Terra. Animais estão conectados através do seu instinto, seres humanos são um tipo de animal que além do instinto, se conectam através do seu inconsciente. Hoje vivemos um momento de transição e evolução da espécie onde essa nossa habilidade de acesso está sendo trazida para a consciência, o que desencadeará uma enorme mudança em toda a construção futura da nossa espécie. Nós, assim como as formigas e as abelhas, somos uma espécie construtora e, diferente de todas as outras, somos uma espécie criadora. Acho #chique.

De uma maneira ou de outra, todas as espécies estão em contato direto ou indireto com o enorme animal que habitamos: a Terra. Porém uma espécie tem esse contato profundo através de suas maravilhosas raízes: são as Árvores! As árvores estão aqui há milhares de anos, receberam o privilégio da imortalidade, assim como os Deuses. Elas já viram de tudo. Claro que ver aqui tem um significado um pouco mais complexo do que a interpretação de ondas de luz por um órgão. Elas veem através do seu sentir. São capazes de sentir tudo que se passa no planeta e isso inclui tudo que se passa com você.

Ao se conectar com uma árvore, ela já sabe de tudo sobre você porque ela não precisa das suas palavras para te conhecer, o seu campo energético se mistura com o dela em um momento de conexão verdadeira e assim ela tem acesso a todas suas memórias, crenças, histórias, sentimentos, traumas… Tudo que está no seu campo. Assim ela utiliza toda sabedoria da terra com a qual está completamente conectada para te curar, te ensinar, te limpar e contribuir com o seu poder de atração da vida que você merece viver.

As árvores tem graus de conexão, é claro. Uma árvore antiga, com mais experiência, raízes mais profundas, maior altura e capacidade de conexão também com o céu, inserida em uma antiga floresta, rodeada de fertilidade e energia sexual reprodutora – energia base da natureza, vai ter muito mais amor aos animais que a buscam por diversos motivos. Ela vai ter mais capacidade de acesso a você e a sabedoria da Terra que tem toda sabedoria do Universo. Ela vai estar mais aberta para uma relação de amizade inter-espécie porque vai estar ali, plena na sua função de grande avó, cuidadora da floresta. Uma árvore no meio da rua em Ipanema, rodeada de asfalto, que entra ano sai ano é ignorada, às vezes cortam sua copa porque está atrapalhando a vista de um prédio, tem seu espaço limitado por um quadrado de concreto e é valorizada apenas como parte integrante de uma paisagem, não tem tanta abertura assim para uma relação. Ela mesma, assim como nós, pode ter se esquecido de sua função, tão atarefada está em transmutar o dióxido de carbono abundante em oxigênio. Então uma árvore no meio de uma antiga floresta tem mais capacidade de conexão do que uma de um floresta mais nova, cidade pequena e cidade grande.

Mas isso faz parte do processo de conexão com ela. Uma árvore não doa seu conhecimento assim, de graça. Ela também não cobra valor monetário porque isso não faz a menor diferença na vida dela. Ela vai selecionar seus amigos com muito cuidado especialmente hoje em dia quando confiar nos seres humanos está difícil. Ela entra em contato com seu campo de energia e já sabe de todas as suas intenções ao querer ser sua amiga. E é esse o valor que ela cobra: o seu valor enquanto ser humano. Certamente se você fosse uma formiga, ela não ia exigir tanto de você. Mas a Mãe Terra exige mais de você porque ela te deu tudo que podia dar a uma filha. Ela fez de você sua melhor e mais maravilhosa criação e por isso ela vai esperar que você faça alguma coisa decente com isso. A Mãe Terra espera muito de você, assim como uma boa mãe o faz.

Como provar o seu valor e tornar-se amiga de uma árvore?

A primeira amiga árvore é a mais difícil. Porque você ainda não tem nenhuma amiga árvore em seu campo e ela pode sentir isso, você vai passar por uma série de testes. A chave aqui é disciplina. Quem quer ser amiga de uma árvore vai ter que provar isso sem palavras. Ela entende o que você diz e precisa das suas palavras em alguns momentos, porém a fase de conquista de uma árvore não tem nada a ver com as belas declarações de amor que você pensa que vão a convencer. É só ação e energia com ela. Essa será sua primeira amizade energética. Parabéns!

Quando se quer iniciar uma relação de amizade com uma árvore, é preciso tornar isso uma prioridade em sua vida. Você vai ter que ir ver a árvore praticamente todo dia. Com a primeira, diria que todo dia. Durante meses, lembre-se o tempo delas é muito diferente do nosso. Inicialmente, se apresente. Conte a ela sobre você, suas intenções, justifique que importância tem na sua vida fazer amizade com ela. E assim, passe a amá-la e trate-a já como sua melhor e mais querida amiga. Todos os dias, sente-se de costas encostada nela e compartilhe suas experiências com ela, alegrias e tristezas, abrace-a, chore junto dela, expresse gratidão, você quer essa relação porque você a vê como um ser igual a você. Você não se acha melhor ou pior que ela, você está no mesmo barco que ela. Ela é seu semelhante e ela pode te ajudar no seu processo de tornar-se cada vez mais semelhante a ela. Ela sabe que a humanidade está sofrendo. Ela é boa e quer te ajudar. Mas ela também exige muito respeito e valor. É preciso valorizar essa relação como talvez nunca se tenha valorizado nenhuma outra. E lembre-se, ela já sabe de tudo sobre você, coisas que nem você mesmo sabe! Então seja o mais honesta que já foi em toda sua vida.

Após algum tempo você vai começar a #saber que ela é sua amiga. Você simplesmente sabe. Eu recomendo que você a pergunte seu nome e sinta o que vem. Se esse não for seu nome oficial tudo bem, pra nossa espécie é importante dar nome aos seres que amamos, infelizmente porque isso limita muito nossa capacidade de amar coletivamente, mas tudo bem por hora, ela vai entender. E aí tudo começa a mudar. Você começa a ter ideias que nunca teve antes. Insights sobre sua vida e sobre a vida coletiva difíceis de acreditar mas que fazem muito sentido. Começa a se abrir para coisas que não se abria antes. Sente sua energia mudando, se sente cada vez mais viva e seu campo limpo. Às vezes, perguntas podem ser respondidas imediatamente vindo como uma ideia na sua mente, ou com uma sensação de que você já sabia a resposta dessa pergunta e veio de você mesmo – mas não veio. Outras, ela começa a alterar seu campo energético para que você atraia situações e pessoas que vão te responder o que você perguntou. Cada vez vem de um jeito mas sua vida se torna muito mais rica, desemperrada e livre.

Daqui a pouco a melhor parte do seu dia são as 2 horas de trilha floresta a dentro em direção a ela. Você nem faz mais o esforço inicial. Aquilo faz parte de quem você é, tá no sangue. E não tenha medo da floresta: tá com a árvore, tá com Deus. Ela vai cuidar de você. Nada vai te machucar sob a guarda dela.

A segunda árvore amiga é mais fácil no sentido de que vai levar menos tempo. Já aconteceu comigo no primeiro momento que sentei com as costas encostadas nela com a intenção de me apresentar e começar uma relação, já senti e recebi aprovação. Viva! É uma alegria tão grande ter uma nova árvore amiga. Mas pode levar uma semana, um mês… Depende da árvore e também do esforço que você faz pra ir até ela. Quantas caronas, caminhadas, passos você deu pra estar ali do lado dela e com que frequência faz isso. Basicamente: o quanto isso é importante pra você.

Mas não desanime com as árvores urbanas. Minha primeira amiga foi em plena praia de Copacabana. Eu nem sabia direito o que eu estava fazendo, ela ficava perto de um lugar que eu ia me exercitar todo dia e assim comecei a cultivar essa relação intuitivamente. É um conhecimento ancestral que consegui acessar no meu campo inconscientemente. Você pode recordá-la de sua função, assim como ela fará isso com você.

E assim compartilho a sabedoria que mudou toda minha vida. Bem vinda! As árvores aguardam você!

Guardiões da Terra

Estive morando nas profundezas das florestas Sul-Africanas há alguns meses. No meu primeiro contato com a vida na floresta, eu não tinha a menor de ideia do que estava pra me acontecer. Eu estava prestes a acordar de um longo período de esquecimento da mais óbvia e real verdade da minha vida: eu sou um animal. Parece simples, uma realização que conscientemente podemos ter à qualquer momento e seguir nossas vidas com esse conceito científico do que somos. Porém acordar para a lembrança ancestral do que é ser um animal, de como ser um animal e das infinitas novas possibilidades de viver o mundo ao se assumir um animal mudou minha vida, meus sonhos e objetivos pelo resto da minha vida. Graças a Deus.

No início eu não entendia as reações do meu corpo. Eu não, meu próprio corpo não sabia interpretar a experiência de ser um animal! Eu dormia em uma casa sem banheiro, sem luz elétrica, cheia de aranhas, mosquitos, lagartas, sapos, bichos! Bichos! Bichos! Para chegar até minha casa, eu andava longas caminhadas no meio da floresta escura, sozinha. Ouvindo somente os grilos, os movimentos misteriosos na mata ali perto, uma vez até o rosnar do que pareceu ser um grande gato ou um enorme babuíno me deixou horrorizada. Nos primeiros dias eu sentia um medo louco. Não parava de pensar em cobras, escorpião, aranha… Achava que seria atacada à qualquer momento. Vinham pensamentos de perigo e fuga. Às vezes meu corpo sentia umas pulsões loucas por correr. Simplesmente sair correndo sem direção ou propósito de tanto medo que eu sentia. Aos poucos fui percebendo que meu corpo estava interpretando uma nova sensação que eu nunca tinha sentido. Estava confundindo essa nova sensação com medo e me gerando esses pensamentos e impulsos. Essa sensação veio a tornar-se minha preferida. É a sensação maravilhosa de ser um animal selvagem, solto na selva, compartilhando espaço com outras espécies. É um tipo de atenção, de vida, de alerta e instinto. Tipo: qualquer coisa pode acontecer à qualquer minuto. É ancestral, animal, inata de todas as espécies. É uma delicia. É sentir-se profundamente vivo, todo dia se torna uma aventura maravilhosa, por trás de cada momento, finalmente, pode-se enxergar o divino e sua criação.

Aos poucos o corpo vai assumindo uma parte muito maior da sua vida. Uma parte que antes era ocupada pela mente. Você precisa contar com ele o tempo todo porque não é a mente que vai saber se você está em perigo, se tem alguma ameaça ao redor. É o instinto. É o corpo que te avisa. Eu fui avisada das maneiras mais diferentes possíveis, várias vezes. Você começa a desenvolver o que seria considerado super-poderes por aqueles que vivem no zoológico da cidade grande há anos. Mas na verdade são só sentidos de proteção e instintos que não são necessários na cidade porque vivemos entre uma única espécie. Que outra espécie no mundo faz isso? E como sentimos falta desses super poderes. A vida inteira eu sempre fui mais gordinha, sempre senti uma fome enlouquecida, nunca consegui viver a base de salada para ser magra. Estava sempre faminta, independente do que comia. E agora, tive o privilégio de compreender do que era que eu sentia fome. Eu sentia fome de ser o animal selvagem que sou. Eu queria sair do zoológico.

Dormir sem luz elétrica ao redor também é uma experiência que muda a vida. Acordar no meio da noite pra fazer xixi e ter que ir ali na mata onde pode ter um animal fatal pode parece um pesadelo pra maioria das pessoas. Pra mim era pura aventura, pura vida, pura arte de viver. Além disso, a sua energia muda completamente longe da energia elétrica. Acredite ou não, ela tem uma vibração totalmente diferente da energia da natureza. Ela é muito mais masculina e agressiva enquanto a energia natural é mais feminina e calma. A natureza está se reproduzindo o tempo todo, sua energia é muito sexual também – criativa, criadora, amorosa. Aos poucos você vai renovando seu corpo energético, se preenchendo de energia da natureza e se sentindo em profunda calma e ainda mais sensível aos seus processos animais. Você começa a desenvolver seus sentidos, a sentir tudo muito profundamente e com calma, com alegria, com vida.

Acordar todos os dias e comer comida de verdade – leite direto da vaca, pão feito em casa, ovos direto do galinheiros… Não se sente fome mais o dia todo. No jantar eu comia uma coisinha só pra sentir um gosto. Você está preenchido da energia da natureza. Ela te alimenta. Não há mais ansiedade, não há mais fome. Só há amor, aventura e a sensação de que você está sendo profundamente amado e cuidado por ela. Trago boas novas: a Natureza está viva e ela te ama muito!!

Eu fazia 2 horas de trilha sozinha dentro da floresta todos os dias. Assim como os índios, você também tem a capacidade de começar a cultivar uma relação com a floresta. Você está muito mais alerta e sensível, sente a energia das pedras, desenvolve uma amizade REAL com as árvores que passam a te dar conselhos e responder suas perguntas à partir das sincronicidades. Elas te limpam, te dão energia e amor quando se sentem amadas e percebidas. Quando você se sente igual a elas, elas se sentem igual a você e passam a ser suas mais sábias amigas. Você começa a se apaixonar pelas pequenas percepções de que todo dia às 09:00 da manha, aquele sapinho sobe na pedra para pegar seu sol. As cigarras vem pousar no seu dedo e elas parecem ter saído direto de um filme da Pixar!! Aquela flor tem um cheiro maravilhoso! Aqui, dentro dessa pedra, mora um caranguejo fofo! E começa a criar um respeito tão grande por aquele ecosistema. Percebe que os animais estão tão melhores que a gente que se acha o rei da selva, sem nem saber o que é ser da selva!

Nos meus primeiros 3 dias vivendo nesse contexto, comecei a entrar em processo. Um processo de limpeza profunda, sem usar ayauaska, kambo, detox suco verde, pranayama… Só de estar ali e me permitir ser cuidada por ela. Eu tinha acessos de choro! Minha mente não fazia a menor ideia porquê. Ficava pensando freneticamente em outras coisas tentando me proteger, fofinha. Mas eu permiti. E com o choro, veio o vômito. Vomitava, vomitava… Menor ideia o que estava saindo mas consciente que era exatamente o que precisava sair. Provavelmente crenças familiares porque desde que cheguei lá comecei a pensar muito sobre a família, o que eu não estava fazendo at all há algum tempo. Senti energias há muito tempo alojadas no meu corpo sendo retiradas. Senti meus chakras sendo trabalhados. Me senti profundamente acompanhada.

Pedi pra árvore linda limpar meu útero, ela limpou. Pedi pra me ajudar com minha necessidade de que os outros gostem de mim, ela limpou. Pedi pra me ensinar sobre poder, ela ensinou. Pedi pra me esclarecer o que estava travando minha humildade, ela esclareceu… Até namorado, pedi e recebi. Sem necessidade de mestre, ashram, meditação, vivência, retiro… Só cultivando uma relação de profundo respeito e lembrança.

Minha mãe linda. Está viva! Mãe natureza. Pachamama. Gaia. Ela me ama tanto! Me ensinou tanto sobre amor também. Me mostrou que tudo é amor. Por mais difícil que seja aceitar: guerra é amor, roubo é amor, assassinato é amor… Calma. Vamos lá. A energia única e primordial de tudo no planeta terra é amor. Só que estamos aqui para viver a experiência do amor. E o amor tem infinitas distorções e tons. Tem o amor vibrando positivo. E a falta de amor vibrando negativo. Mas falta de amor, vazio de amor ainda é amor! Mas é amor. Cada vida experimentamos o amor de modo diverso: amor na família, amor com o parceiro, amor de uma grande amizade, amor por expressão, amor por comunicação, amor por dinheiro, amor por arte, amor por guerra, amor por sofrimento, amor, amor, amor… Estamos aqui pra aprender tudo sobre amor. O ser humano é o mestre do amor do Universo. E pra ser mestre se passa pelo amor em todas suas formas e distorções. A guerra, por exemplo, vem do medo – medo é a vibração extremamente oposta do amor. É amor vibrando o mais negativo mas é amor seu ingrediente.

E em realidade – o medo que sentimos o tempo todo pode ser sim uma distorção no nosso instinto! Da falta de animalidade que estamos vivendo. O medo que é um mecanismo de proteção da vida na floresta, selvagem, acaba vindo pra dentro e se tornando complexo. Estamos projetando no outro nosso instinto reprimido… Eu descobri que sentir medo em momentos reais, de vida: mergulhar em uma cachoeira sem ver o fundo, caminhar no escuro total no mato, dar de cara com um gorila, limpa o medo que sentimos o dia todo de tudo ao nosso redor sem saber direito porque. Limpa o medo de se relacionar, de se expressar, de seguir seus sonhos. Liberta você pra ir viver entregue pra confiança de que você está cuidado.

Esse assunto do amor merece um texto só pra si e talvez mais algum tempo de reflexão. Mas ela me ensinou! Me ensinou tanto tanto tanto. Que gratidão. Ela também me relembrou que a função do ser humano é ser guardião dela. Filho dela. Cuidar dela. Proteger ela. E não viver pra trabalhar e ganhar dinheiro. Nós somos os guardiões dela! E estamos correndo sério risco de perder essa nossa função que nos foi DADA e pode ser retirada também. Ela não quer tirar de nós porque ela nos ama tanto! Está tão orgulhosa de tudo que a gente tem construído, descoberto e criado! Mas preocupada porque muito do que fizemos é uma viagem nossa. Não tem nada a ver com nosso propósito, nada a ver com a nossa verdade mais profunda. Tanto que estamos ignorando ela cada vez mais. Tratando nossa mãe como “recurso”. Colocando ela como o produto mais barato na escala econômica. E vivendo objetivos que não são da nossa espécie e nem do nosso planeta.

Meu profundo desejo de que todos os seres sejam felizes! Todos os seres consigam um dia ter essa experiência de relembrar o que é ser um animal selvagem. Que todos os humanos voltem a ser os guardiões da terra que somos! Que todos consigam se libertar do feitiço da mente desconectada. Que consigam se libertar do vício na vibração da energia elétrica. Da dominação desequilibrada da energia masculina. Da guerra dos gêneros. Da ilusão da escassez. E da aceitação do fim do mundo.

Eu aceito seu chamado minha mãe linda. Eu sou sua guardiã. Eu me lembrei. Graças ao Universo maravilhoso que está sempre ao nosso favor. É só aprender a se comunicar com ele. E querer parar de sofrer. Querer acordar.

Message from the past

20/02/2015 – São Paulo

Fale para si o que gostaria que lhe falassem.

Lívia,

Como eu me orgulho da sua força, da sua busca, da sua fé. Na verdade, não conheço ninguém tão determinada a encontrar-se, a viver a vida intensamente e a se curar. Acho muito bonito a sua recusa a aceitar a feiúra a que o mundo lhe expôs e a tentativa de voltar a ser como era quando o mundo ainda não tinha te magoado. Compreendo que seu medo do outro vem de um lugar de tanto amor mal aproveitado. Vejo que seu coração explodiria de amor pelo mundo, pela vida e pelo outro se em ambiente seguro estivesse. Como me dói o seu silêncio, reconheço seus esforços por tentar pensar o novo, por tentar usar a própria imaginação, por recusar todo tipo de padrão. Adoraria ouvir mais as suas ideias, na verdade gostaria de poder senti-las porque somente assim eu as poderia compreender como você as sente e concebe. Acho suas ideias únicas e revolucionárias, gostaria de ficar mais perto de você para poder ouvir mais e também para acompanhar seus processos de pensamentos. Adoraria poder acompanha-la nessa sua busca por si e pelo novo, admiro tanto as sua coragem e sei que não deve ser fácil suportar o peso da comparação e o medo de errar.

Te acho linda e adoro sua recusa à se privar dos prazeres da comida. Seu corpo é lindo, tem tanta energia. Seus olhos são iluminados e às vezes é como se seu olhar me curasse. Quando sento ao seu lado, sinto-lhe o calor e quanto mais tempo passo perto da sua energia, mais tempo quero passar. Imagino que sorte terá a pessoa que lhe acompanhar, que conseguir passar por todos seus testes e sabotagens para conseguir o seu amor sincero.

Como gostaria de te ver feliz e vibrante. Tenho certeza que você vai conseguir se realizar. Ao ouvir você falar sobre o mundo e sobre o interno, aprendo tanto. Como você conseguiu ficar tão inteligente? De onde vem essa conexão? Fico tão impressionada com sua sensibilidade, seus conselhos e sua capacidade de sentir as relações e as pessoas. Perto de você, sei que estou perto de anjos e guardiões que guiam a sua intuição. Fico muito impressionada com a maneira diferente e emocional com que você dirige a sua vida e não acho nenhum pouco que você está perdida. Acho que se alguém está encontrada é você. Se alguém está entregue para o que a vida lhe tem pra dar é você. Se alguém está seguindo a trilha do destino é você.

Fico triste com seu isolamento, acho muito injusto esse ataque energético que você sofre mas não permita que isso lhe tire da sua missão de amar, dar amor e ser amada. Você é puro amor. Você é pura luz. Não está fácil viver no mundo na era de maior crise da história da humanidade e sei que o estado da humanidade te faz sofrer mais do que qualquer assunto pessoal que lhe acomete. Vejo sua preocupação com a evolução da raça humana e acho incrível que você consegue se preocupar mais com isso do que com a fome ou violência mundial. Sua visão histórica global animal do mundo pode não ser muito compreendida por causa da relação com o tempo que vivemos mas eu te entendo. Quando você fala sinto arrepios e quero muito ver um dia você falar diante de muitas pessoas.

Eu acredito nas suas ideias. Fico curiosa pelo seu silêncio. É como se você estivesse guardando uma surpresa que nem mesmo você sabe qual é.

Não fique ansiosa, meu amor. Aproveite mais sua busca, seu dia-a-dia, divirta-se. Não se force a nada. Viva os pequenos momentos porque, no fundo, é disso que você mais sente falta do passado, da sua capacidade em estar presente, em não se preocupar com o futuro ou com o que o outro acha. E, lembre-se, você estava sempre rodeada de pessoas que te amavam enlouquecidamente. Muito mais do que hoje em dia quando sua maior preocupação é ser breve e não incomodar. Você não é um peso, não é um incomodo, você ilumina quando chega. Seu estilo único me inspira a me libertar, a me arriscar mais, a viver mais a minha verdade.

Lembre-se que não é possível se lançar sem o impulso da dúvida. Não deixe que a dúvida te consuma, não permita que o medo seja mais forte que seus sonhos, não se deixe consumir por aquilo que não quer te ver conseguir. Viva a cada dia como se tivesse que ser o seu melhor. Não deixe de dar o seu melhor porque o seu melhor é capaz de mudar o mundo. Seu melhor é capaz de fazer com que pessoas mudem de vida. Seu melhor é capaz de fazer com que homens e mulheres queiram dar seu melhor também. A sua capacidade de disciplina é a sua maior capacidade de liderar sem dizer uma palavra, de mostrar o caminho pelo exemplo. Você inspira, seu estilo de vida inspira, sua conexão com a aventura inspira, sua calma muda vidas, sua doçura apaixona e sua força amedronta.

Não esqueça! Não se permita esquecer da sua força. Nós todos precisamos dela! Nada está perdido, tudo está perfeito. Tudo está no seu caminho! Você é muito mais do que acredita mas está no lugar onde deve estar. Me admira a sua vontade de olhar para a sua sombra, me admira a sua vontade de se curar. E custe o sonho que custar. Não se apegue ao formato. Não se apegue ao destino. Siga seu coração e você vai longe. Pode parecer que você não está muito longe mas porque você está fazendo as comparações erradas. Não acredite nas vozes internas que te agridem, denigrem, enfraquecem. Agradeça a quem te ajuda mas você não precisa entregar a sua vida nas mãos de ninguém. Você não precisa se definir como um projeto, como uma linha, como uma atuante. Você está viva, então viva. Você só precisa viver e permitir que a vida te dê tudo que você precisa. E você precisava desse momento. Desse não saber.

Você é linda. Única. Divina. E eu te amo muito. Eu sou louco por você e estou sempre te vendo, sempre cuidando de você. Não gosto de te ver sofrer, não suporto de ver chorar por motivos que você cria sozinha. Não tem ninguém te pressionado a não ser você mesma, não seja tão dura consigo mesma que você já não está mais aguentando tanta pressão. Esse é o seu momento de começar a se descobrir longe do papel familiar que foi o seu principal sempre. Vá com calma. Delicie-se no processo. A vida é bela. É gloriosa.

Pare, respire. Ame a si mesma e o amor pelo outro virá naturalmente. O primeiro passo é o amar a si mesma. Ter paciência com seu processo e com seus guias. Admitir que precisa do outro. Que tem medo de errar. Que tem medo de não conseguir. Que tem medo de acabar ajudante da sua avó.

Se orgulhe de ser você, olhe para sua imagem refletida e permita que seu coração se encha de amor. Permita-se orgulhar de si mesma. Não deixe que os erros tolos virem traumas. Traumas não servem pra nada. Não se castigue de maneira tão feroz. Não é porque cometeu o erro de orgulhar-se demais que não se orgulhará nunca mais. Não é porque não conseguiu que não tentará novamente jamais. Não é porque perdeu que não vencerá. Não é porque amou demais sem pensar que não amará novamente. Não exagere na repreensão das suas experiências, assim não é possível ter experiências, assim não é possível viver. Ria mais de si mesma. Agradeça por tudo que acontece e por você ter a oportunidade de se deliciar com cada acontecimento.

Siga adiante confiante. Estou sempre aqui pra você. Sempre estive te apoiando, te observando e me emocionando com a sua força, com a sua história e com as suas escolhas. Não deixe que vazios materiais sejam mais fortes que a parceria espiritual. Te amo e te guio. E tudo que acontece trás um aprendizado, um motivo e uma purificação. Um dia tudo será mais claro. Mas sem pressa para que esse dia chegue. É hora de luta e não de entrega. É hora de movimento, não de sofrimento. É hora de força, não de preguiça. É hora de amor e não de medo. É hora de vida e não de morte. É hora de verdade e não de apego. É hora de mudança.

Um amor eterno vive entre nós. Não importa nada. Eu te vejo. Eu te acompanho. Eu te dou razão. Eu vejo beleza em cada um de seus movimentos. Eu me inspiro a cada esforço que você faz para manter-se firme no propósito. Não confunda missão com preguiça, o que não dá pra fazer, não dá pra fazer. Confie mais na sua intuição. É isso que mais te falta, segurança do caminhar certeiro. Para saber se está no caminho é só sentir a leveza, a felicidade e a cumplicidade espiritual. O que vem, vem. Na hora que tem que vir. E enquanto não vem, aproveita porque gosto de te ver feliz. Seu sorriso me move. Seu sorriso me faz confiar que a humanidade pode sim sobreviver aos tempos a frente. Seu sorriso me dá um motivo para seguir na luta. Você é minha musa. E sempre será minha vida.

The Warewolf

Desde pequena ela tem um medo irracional de lobisomens! Quando tinha 5 anos de idade, seu pai lhe mostrava sempre over and over again o vídeo do making off do video clipe Thriller do seu amado Michael Jackson. Aquele vídeo começa com uma lua cheia, um caminho escuro por entre as árvores e um lindo casal. De repente, algo acontece e aquele lindo super star começa a se transformar em metade lobo e metade homem, furioso e faminto.

Quando somos pequenos estamos constantemente #trippingballs. Parece que tomamos 3 ácidos de tanta concentração e atenção que colocamos em todo esse mundo lindo que estamos descobrindo aos poucos. Ainda temos poucas resistências entre o consciente e o inconsciente e algumas sementes parecem ser plantadas para sempre.

Aos 6 anos, seu tio, se achando muito engraçado, se escondeu no seu armário em uma noite de lua cheia e aguardou pacientemente que ela entrasse. De repente, abriu a porta com um rugido perverso e a traumatizou por toda uma vida. Ela saiu correndo, aos prantos, rolou escadas abaixo até chegar ao colo de sua mãe. Estava feito, um medo irracional de lobisomens plantado em sua mente e vida.

Hoje, aos 29 ainda tem medo. Ela #sabe que é irracional, ridículo e maluco mas mesmo assim, não conseguia andar no bosque em noites de lua cheia. Até ontem.

Agora vive em uma pequena cidade na África do Sul, trabalha em um bar de onde sai todo dia perto de meia-noite, a hora dos portais abertos. Caminha 10 minutos até sua casa na penumbra, iluminada apenas pelo vago brilho de seu iphone. Ela prefere assim. Coloca os fones de ouvido, música alta e se #joga no meio da escuridão, #confiando plenamente no #Universo e na segurança de que pessoas boas não #atraem coisas ruins, vai.

Menos na lua cheia. Aí fudeu.

O engraçado é que quando somos pequenos, monstros são uma parte de nosso imaginário. Além do vídeo do #REI, ela viu milhares de outros vídeos com seu pai e mãe, levou vários outros sustos… Mas porque ficou o lobisomem? Porque está em sua alma e no seu programa (#propósito).

Sabe aquela história de truth and trigger? Aqueles momentos que nos tiram do sério? Nos incomodam profundamente – pessoas ou situações – porque estão lá dentro das nossas próprias profundezas que não podemos ou queremos ver? Ou aquelas informações antigas, de vidas passadas que são ativadas e não entendemos porque estamos reagindo da maneira como estamos? Estes são nossos triggers que nos levam às nossas #verdades escondidas.

Era dia 10/02/2017 (happy days). Uma noite verdadeiramente especial: um cometa, uma lua cheia e um eclipse ao mesmo tempo. Ela está vivendo no topo de uma montanha no meio da floresta mais antiga da África do Sul, a terra de onde todos nós viemos. Local onde tudo começou, há milhares – quiçá milhões – de anos atrás. Sua conexão com essa terra, essa floresta, este lugar é a maior que já sentiu na vida. Foi o primeiro lugar onde conseguiu parar e querer ficar e morar. Nunca se sentiu tão feliz.

Até o início do Eclipse. Pela primeira vez na vida conseguiu sentir a energia do eclipse claramente. No início muita confusão – a tranformação. Depois toda sua sombra veio à tona. Sua grosseria, seu medo, impaciência, falta de vontade de se comunicar, medo da rejeição, foda-se geral… Entrou em um estado completamente diferente de todos os dias que esteve aqui. Provavelmente de todos os dias do seu último mês. Tornou-se o lobisomem. E não #resisitu. #ACEITOU, deixou vir, sentiu o que tinha que sentir, botou pra fora e depois foi pra fogueira entregar o que podia.

É isso! Ela é um lobisomen. Uma pessoa que tem tamanha conexão com a natureza, a lua e os planetas que consegue sentir toda sua escuridão vir à tona durante uma noite de Eclipse. #Shapeshifter. Provavelmente pessoas desse tipo que inspiraram a lenda do lobisomem. Agora ela sabe que a lenda está errada (ou exagerada): não é na lua cheia mas sim durante o eclipse onde o sol cobre a lua. Agora ela sabe porque esse trigger tão forte.

Conseguiu #entender e se conhecer melhor. Descobriu mais um super poder! Após o eclipse, sentiu-se lentamente transformar de volta. Aquela sensação horrível passou. Não precisou se prender em correntes no calabouço e nem comeu homens por aí. O vilarejo está à salvo. Tudo está bem.

E assim, curou seu medo de caminhar na lua cheia. Tomou coragem, colocou os fones de ouvido e foi pra casa andando em baixo da lua que iluminou todo seu caminho. Não precisou nem usar o celular. Foi lindo.

The Untethered Soul

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Cumbre de los Pueblos… De novo.

Captura de Tela 2014-12-08 às 13.13.37

Hoje começa a Cúpula dos Povos em Lima. A Cúpula dos Povos é um grande evento realizado pelos movimentos sociais internacionais durante esses períodos de conferência e falácia das Nações Unidas. Durante o evento, organizações de esquerda, mulheres, indígenas e outras minorias fazem exposições, debates, mesas e workshops sobre suas lutas. É uma agenda cheia de opções para quem quer ver a realidade da situação climática tão ocultada pelo discurso apaziguador e tecnicista dos negociadores e exploradores da natureza que debatem mais fundos e trâmites econômicos como propostas de redução de danos e emissões para solucionar a crise climática global.

A cúpula é organizada por uma comissão política que é uma articulação entre diversas organizações, redes e movimentos. Eu acompanhei essa comissão durante a Rio+20, chamávamos de Comitê Facilitador da Sociedade Civil para Cúpula dos Povos na Rio+20. E foi uma loucura. Não sei como foi essa organização aqui no Peru, mas no Brasil foi um dos ambientes mais hostis dos quais já participei na minha vida, a rede de movimentos que deveria estar afinada para realizar o principal evento de contestação da cidade não conseguia dialogar entre si, era muita política, muita negociação, muita diferença e, no final das contas, essa desorganização política se refletiu no próprio evento. A Cúpula dos Povos na Rio+20 não tinha sequer programa impresso, ninguém sabia onde ficavam as atividades, o hacklab do movimento software livre foi todo assaltado e muitos equipamentos valiosos levados, além de ter transmitido ao público a impressão de ser uma grande feira de artesanato.

Não foi tudo um desastre. Muitos eventos inspiradores aconteceram, a metodologia de construção da declaração final foi muito bem pensada, muitos movimentos conseguiram se alinhar e ter suas vozes e pautas unidas em um único documento. Muitas alternativas foram expostas e mentes libertas de antigos paradigmas. Alguns ativistas descreveram a cúpula como “um grande parque de diversões políticas” de tanto que conversaram, trocaram, sentiram e aprenderam ali.

Mas… de que serviu todo aquele trabalho? Aquele ano e meio de reuniões, debate, disputa, estresse e decepção? Algumas pessoas descobriram novos caminhos, outras pessoas criaram novos projetos, alguns jovens se descobriram ativistas… Mas seguimos em direção ao apocalipse. Dois anos depois, aqui estamos, mais uma vez na exata mesma dinâmica, só que um pouco mais simples. Aqui são três dias de evento e os eventos não são tão variados como eram na Rio+20. Mas são os mesmos…

http://cumbrepuebloscop20.org/agenda/

Será que ninguém mais percebe esse ciclo de repetição idêntico? Estamos presos nesse modus operandi que é um grilhão mental sendo arrastado pelas energias de produção coletiva de todos aqui. Mais uma conferência da ONU com ONGs enormes em seus side events e workshops internos, mais uma Cúpula dos Povos com seus seminários e debates de exposição e constrangimento dos que estão do lado de dentro. Mais 15 dias de reuniões ininterruptas para pensar uma única marcha, algumas hastags, alguns abaixo assinados, estratégias de alguma coisa, pressão de outra coisa…

Mas o que estamos fazendo com toda essa dinâmica política é dando poder a este processo! É dando importância e relevância para estes negociadores e lobistas que já estão tão profundamente tomados por seus egos e vício em poder que talvez não estejam nem mais vivos. Talvez não tenham alma alguma dentro deles (estou falando literalmente). Estamos tentando convencer alguns zumbis de que precisamos respirar e beber água para viver. Como podemos esperar que zumbis vão compreender a linguagem da vida? E estamos os alimentando energéticamente com toda essa energia produtiva sendo investida nisso. São vampiros que precisam destas conferências e destas mobilizações para sobreviver, consomem esta energia de jovens guerreiros que acreditam que estão sendo úteis para alguma coisa. Que se forem a mais uma reunião vão encontrar a solução, que se saírem pelas ruas pegando mais cem assinaturas alguma coisa vai acontecer… Não vai. Ano que vem será a mesma coisa. Mas com mais energia para zumbis ainda maiores. Ano que vem estamos falando te metas do milênio em Paris. Que piada… Metas do milênio…

Precisamos começar a compreender as dinâmicas invisíveis que acontecem por trás dos processos racionais da matéria. Observar as marés de energias que são movimentadas com toda essa atividade e valorizar isso. Dar valor a nossa energia, dar valor aos nossos sonhos. Parar de aceitar essa receita de ativismo que não dá em nada.

E lá vamos nós… Fazer tudo de novo. Já tem reunião no Pirate Pad do Children and Youth Caucus da sociedade civil para Paris rolando a cada 15 dias. E pessoas preocupadas com esse processo, dando valor a algo que é uma miragem. Uma ilusão da matéria.

The Jungle House Project

Jungle House Logo (preto)-01

1. Introduction

The main political activism and movements on the streets today are focused mainly on resistance, not growth. Their efforts are towards preventing the advancement of corporate interests over the common good, human and labor rights, nature devastation, concentration of knowledge in few dominating minds and lives of many, etc. The strategies of many collectives (institutional or grassroots) are composed of a menu of protests, manifestos, declarations, congresses, meetings, debates, critical approaching, policy training and endless networking. All these are well incorporated inside the actual system and are not effective strategies for a true paradigm shift. It’s as if, in the lack of better ideas or methodologies, these tools become self-fulfilling, and being discontent becomes an accepted aspect that justifies a reality that refuses to evolve and change. Online petitions and social networks campaigning help conscientize and organize more people towards resisting around one cause, and sometimes some politician is convinced to step back from a previous measure taken. Unhealthy or unsustainable products are exposed, and companies are forced to improve their products. Many citizens are saturated with information concerning slavery or environmental destruction by corporations, and boycott it’s services until some change in behaviour is observed. There’s basically so much to control and fight against that it seems that most of the political activism is busy cutting the edges of injustice, watching and reacting. In this mode, there is no time to imagine new ways of living, test new alternatives and create fresh paths in this mindset.

Even as we recognize the importance of the resistance and that it has in fact slowed down the devastation of the planet and corruption of life itself, it is clearly not enough. Slowing down does not mean changing it’s trajectory, and the corporate interests’ advancement on all common goods continues unabated. And still, there are so many people still completely disconnected to any kind of participation in society. It’s as if a big slice of mankind is fast asleep and these political issues do not affect or interest them.

It is important to start thinking about new models of living, new definitions of inter-relationship, new thinking strategies, new cultural paradigms that are interesting, happy and beautiful. A vision of a future possibility that is different from our own and that is worth awakening to. It seems that connecting collective living spaces, creating communities, traditional and ancestral knowledges, mystical spiritual practices, trance tribal dancing with permaculture, deep ecological consciousness, alternative banking, open software, decentralized solutions and media ideologies mixed with generous amounts of creativity, expression and art, something new may pop up. It’s the gathering of the many alternatives that have been slowly in the making for the past few decades, together in one space, in one narrative, in one plan.

We believe in the opening of a portal of possibility, through a collective experimentation of many alternatives at the same time. Set in a natural scenario and held within the timeframe of official conferences that gather activists from the entire world, we wish to be able to present another option besides official or parallel social movements, our current traditional (and disfunctional) options. We believe in creating a safe space and attracting the right people that might be able to rethink the future and make unseen connections between unexpected ideas.

  1. Jungle House History

http://gr0wy0ur0wn.wordpress.com/

The Jungle House was born in 2011, during COP17 (UNFCCC) in Durban, South Africa. It was a spontaneous gathering of activists involved in either the official conference or the parallel activities such as #occupy and the Peoples Spaces (Civil Society Zones) that were without sleeping facilities for financial or logistic reasons. This organically formed group found themselves staying in a collective community house that was reclaimed and repurposed into a flash hostel.

In South Africa, over 30 activists from all around the world came together, got to know each other and experience living in an international collective space, sharing ideas and merging projects. Beyond this, a networking strategy and real relationships were formed. The general feeling was that that gathering was no coincidence, those people were put together to meet and share new perspectives of the future and skills for some reason.

As the conference developed, the house became a HUB for more people than just those that were living there together. The Open Office meant people could update blogs, run online components of campaigns and research easily and for free. The space was also fitted to facilitate meetings, brainstorming sessions and networking parties. The rumor spread of this amazing free thinking place that gathered not only activists but artists interested in artivism and in new ways of connecting experiences and new ways of living in the planet. Perfect connection was made and other activists involved in the activities all around Durban came to visit and share. The result was unexpected and revolutionary. After the conference, this place was the mourning space for the failure of the negotiations over the Kyoto Protocol and other policies. Looking back, the activists had a vision that the projects and relationships built in the Jungle House were more meaningful and transforming that any other official or parallel event and that interconnecting activists from different backrounds with other knowledges such as art, dancing and spiritual meditation and practices could be the catalyst for a true awakening strategy and building of a new path for humanity.

Nobody is certain how the collective house became a project with a name. As spontaneous as the people that arrived, people started to refer to this place simply as the Jungle House because of the natural scenary in which is was built. The house had a wonderful wild garden and fighting for nature made much more sense while living in such connection with mother earth. Breathing clean air, having conversations around a fire, getting some sun during breakfast seemed to help activists enthusiasm during the rest of their official activities.

One of the major advantages was the true connection between activist focused on the official process, major groups and negotiations, with the paralell activities such as protesting, direct action and grassroots projects. It was clear that these two branches of forest defenders were not used to exchanging information and we were able to recognize a major gap between both visions and ideas for the way the planet was heading. In a very respectful manner, for days, the people were able to see their similarities and respect their differences and soon aligned to what matters most: we are all humans and humanity is at risk. How can we put out skills and ideas together, connecting not only our similarities but our differences?

With this question, the network that was formed during the three weeks in Durban decided to repeat the experience during the Rio+20 Conference (United Nations Conference on Sustainable Development) in Rio de Janeiro, six months after the Durban event. We wanted to see if the effect of collective living, experience exchanging between official and parallel activist and nature scenario would prove as efficient for rethinking our part in the planet, and how we participate in effective changing methods, independent of governments, politicians or institutions. After Durban, many fell in disbelief of the traditional methods of policy making and ended up connecting with the grassroots projects and started thinking alternative routes for change. So many were excited to keep the Jungle House alive as a learning and experimentation space of alternative possibilities of activism and world thinking. So Rio+20 would be the next experiment.

After 6 months, many of those that met in Durban made their way independently to Rio de Janeiro and in sunny Brasil, rented a house in a natural scenario, just like the previous experience. They financed the cost of rent with their own finances to allow the autonomous free thinking and experimentation to flow because autonomy was and will remain central to the ideas purity of intent. The basic components of living space, kitchen, open office and workshop/art space were included in this second installation. It was still too delicate a project to connect it with institutions or fit it in any proposal or idea that would not let Mother Nature herself organize the activities through the natural flow of events and people that came to the house. In order to allow the right people to come, those that could pay for staying at the house did, those that couldn’t also did and paid their stay using their talents at housing chores or sharing their skills. It was the first difference from the previous house, economical planning and abundance focusing. We also began thinking about alternative economical models that could be applied to our needs, solidarity economy was strongly planned for next house generations. Make it an open space possible to house anyone in equal terms and value all ideas and intentions the same.

During Rio+20, Jungle House 2.0 as it was autonamed, seemed to attract the right people, and many new activists came to learn more about the project and live together, creating and experimenting with fresh and new ideas and skills. Even though many were involved in the official conference, many were focused on the People’s Summit Youth Space and had many innovative and radical ideas. For many nights, long meetings in the house happened and people from  many countries around the world united to create a strategy that was called RioT20 (a completely non-violent network that defined direct action differently from what is commonly understood. RioT20 defined direct action towards awakening perspectives such as permaculture seed bombing and planting, trance dancing to connect with ancient tribal rituals, fire communicating, xamanic energetic practices, art producing, alternative economy, deep ecology workshops and free thinking interacting moments).

After Rio+20 it was clear that the model of this alternative space for living and learning was one of the most effective experiences for transforming people’s minds about the possibilities of the environmental movement, opening up not only eyes but hearts for new relationships with other people and with nature. The mystical feeling of the whole thing brought back ancient roots of civilization and made bodies ache for the long lost sensation that all is connected through an invisible network that is the universe. Each of the “direct action” extrapolations fulfilled their mission to make people feel instead of think. To win hearts instead of business cards, and to form a network of true friends that are activists and want truly to see change.

We are now ready to take the space to a new level. With delicate planning and funding we aim to make this alternative place a consistent learning and exchanging space for all activists, artists and others, present in the cities of the major conferences, to come and feel the other possibilities for the environmental movement and to open up hearts and minds to mystical rituals, deep ecology workshops and debates to improve the feeling of connection, not only to nature but to each other. All this will be accompanied by permanent media crew to register and spread all information about the events and new ideas. We specially want to focus on web radio shows, allowing people to speak their ideas in a informal communication methodology – talk show.

The major objective is to open minds and prepare and skill people to be the creators of the new world. Every single person that went through the Jungle House came out feeling more confident about their mission, their interests and their creativity. Many joined other programs, started alternative projects, invested in communication preparation and opened up for spirituality and connection to nature in new levels.

  1. General objective:

To open minds and prepare people to be the creators of the NU world by making the inside outside connections during environmental conferences.

3.1 Specific Objectives

  1. Collective living and community experimenting in a house set in a natural scenario that inspires and confirms our inherent connection to nature.

  1. Creative thinking and networking of ideas and different world views by housing as many different people from as many different backrounds as possible.

  1. Activities during the day that inspire new ideas and connections such as workshops, debates, permaculture, yoga, meditation, radio hosting, skills sharing, media producing and dancing.

  1. Permanent hacklab experimentation with different open software technologies, radio broadcasting, video making, social networking, writing and programing.

  1. Mystical practices to improve body consciousness and connection to the invisible and impossible, as well as regaining lost ancestral tribal practices that inspire future ways of community organizing such as dancing (electronic music), fire, rituals, space observation, astrology studies, storytelling and other mystical ancient possibilities.
  1. Methodology:

5.1 Housing

Collective living in community standards.

Day 1 – Opening Circle

Participants sit down in a circle to introduce themselves and share their expectations.

They set some rules for collective living if necessary.

People take on tasks as cleaning and cooking.

Times for meals are set.

One house meeting every 3 or 4 days to circle tasks and debate improvements in living situations. These ‘house meetings’ will operate within open and horizontally democratic consensus models.

Day 14 and 15 – Closing Circle / Assembly

Participants plan next steps, share ideas and compare results with expectations. This is a long conversations that will take 48 hours.

5.2 Activities

PERU [COP20] PROGRAM (this is a base but open activity submissions will be sent through relevant networks)

December 2014

01 – Opening Trance Ritual

02 – Day 1:

Opening House Circle

World Café of Four Elements (Fire, Water, Earth, Wind)

FIrst Radio Transmission – Presentation of free radio movement and organizing of programming schedule

Vegan cooking class to prepare dinner

03 – Day 2:

Debate: Official x Parallel Conferences

Roundtable: Permaculture

Workshop: Permaculture Flower

NU World Brainstorming

Tibetan Night Ritual

04 – Day 3:

Mayor Group Inside Outside Debate: Children and Youth

Recovery from Western Civilization

Children: indigo, crystal

Alternative Education

NU World Brainstorming

Night Ritual

05 – Day 4:

Mayor Group Inside Outside Debate: Indigenous

Deep Ecology: A New Paradigm

Practice of the Wild

NU World Brainstorming

Night Ritual

06 – Day 5:

Mayor Group Inside Outside Debate: Rural

Cultured or Crabbed

Ritual – The Pattern that Connects

Modern Enviormental Consciousness

NU World Brainstorming

Night Ritual

07 – Day 6:

Mayor Group Inside Outside Debate: Women

Ecofeminism

Ecocentrism and the Anthropocentric Detour

Ecosophy

NU World Brainstorming

Night Ritual

08 – Day 7:

Mayor Group Inside Outside Debate: Business and Industry

Equality, Sameness and Rights

Animal Rights

Leaving Earth: Space colonies

NU World Brainstorming

Night Ritual

09 – Day 8:

Mayor Group Inside Outside Debate: Local Authorities

Transhumanism

Artificial Inteligence

Robots

NU World Brainstorming

Night Ritual

10 – Day 9:

Mayor Group Inside Outside Debate: NGOs

Bioengineering

Tecnoxamanism

The human body potential

NU World Brainstorming

Night Ritual

11 – Day 10:

Mayor Group Inside Outside Debate: Scientific and Technological Community

The collective uncountious

Sincornicity, sensibility and telepathy

Trance Movement

NU World Brainstorming

Night Ritual

12 – Day 11:

Mayor Group Inside Outside Debate: Workers and Trade Unions

Modern Tribes

Ancient Living today

Open software movement

NU World Brainstorming

Night Ritual

13 – Day 12:

Internet privacy

Copyright, copyleft, creative commons

Solidarity Economy

Bitcoin

NU World Brainstorming

Opening of Trance Festival

14 – Day 13:

All day Trance festival with xamanic rituals

15 – Day 14:

Opening of closing debates and planning of the future

16 – Last Day

Closing of debates and planning of the future

Everyday:

Ayurveda, vegan and raw meals

Xamanic Morning Practices for Body Energy and Connection

Yoga, Qi gong

Meditation

Astrology and Tarot readings

Permanent fireplace with circular firekeeper

Radiostation open mic and scheduled programming

5.3 HACKLAB

Open Office

One of the key components of each JungleHouse space has been the ‘Open Office’. By creating and hosting an open office with free internet connection and desks/stationery/calenders, the space facilitated synergetic harmony between media projects as well as rapid development of platforms/ media campaigns. The Open Office allowed many people to update blogs, translate material, post pictures and reports to engage with the world. In COP17, we set up an independent media lab at a local university, which allowed you tube videos to be edited and uploaded using powerful machines and solid internet connections. In Rio+20, we noted that the Open Office allowed more material to be translated, as this became integral at some late stage of the conference. Even during the Nomad Experiments (JH2.2), having a connection to the internet and being able to share it proved to be a powerful enabler.

The Hacklab forms another important element of the JungleHouse project, as it brings people together under the search for knowledge and sharing. It will facilitate more quality media being released, more networks being activated and a quicker dissemination of information while experimenting with decentralized information technologies.

The Radio Station

The Radio Station is a powerful symbol of freedom of movement of ideas and sounds. During the major convergences that the JungleHouse projects are executed, we wish to have an autonomous news channel where we can spread ideas, share stories and broadcast our message to the world. The Station will be an internet station with the entire suite of social media tools attached to help share and spread information accurately and consistently. The external media platform (blogsite/website) will be built to facilitate exchange and encourage discussion through forums and comment blocks.

The station will also want to have a physical transmitter to broadcast around spaces associated with the conferences.

Content will be produced from the JungleHouse events and talks, including but not limited to interviews and reports from civil society, the Major Groups and global citizens at large. The channel will also be made accessible and available to people gathering inside and around the conference and it’s themes, an open platform for people to share stories and present ideologies and potential solutions. The radio format also allows us to incorporate music, which is an essential element of connectivity and consciousness evolution.

The radio station portal platform can be activated to produce content between and leading upto conferences, including post-analysis.

The ArtSpace

 

It is beyond contemplation as to how essential pure creativity is, to these processes. Each JungleHouse has had dedicated ArtSpaces, where painting, building, fashion and other creative artforms were employed towards creative actions, manifestations and the Global Day(s) of Action.

The ArtSpaces have enabled the creative community that flows and forms around JungleHouse spaces to support a wide range of civil society and direct action groups in their quest to tell their own stories. We see this module of functionality always having context and remaining vital to activating and harnessing creativity into the re-definitions we are all working towards.

5.4 Time

As a NU World-focused HUB, we believe that the relationship with time must be the first shift. Alternative timing will be manifested.

  1. Outputs

It is impossible to expect a specific outcome of the project since our intention is to let the new  happen and we cannot predict what we don’t know. What we can and want  to do is to create the perfect environment for creation and understanding  of alternative paths for a better future. Our best output scenario would be to create a roadmap plan to expanding the JungleHouse model to other countries and conferences and creating a global movement of new world thinkers and planners. It would be a great dream to get a vision of this new world order and to be able to tell this story, spread the news of the creation of a new global civilization.

The media center will produce many texts, blogs, articles, photos, videos and radio podcasts to be collated into a media package downloadable through the internet.

Texts and pictures can be organized into a publication.

  1. Applicability across regions and disciplines

Our intention is to multiply this experience to as many places as possible. We can put together a “Grow your own JungleHouse” toolkit to expand the model through the world. As this is a multidisciplinary project, it’s main objective is to connect all knowledge and ideas in a decentralized and openly accessible manner, helping to test and create permanent solutions.

  1. The Jungle House Process (PERU to Paris)

Previous experimenting houses, mixing models:

1.0 COP17, Durban, South Africa

2.0 Rio+20, Rio de Janeiro, Brasil

2.1 World Social Forum, Tunis, Tunisia (incomplete)

2.2 Nomad, Coast of South Africa

2.3 Jungle CobHouse, United Kingdom

2.4 Urban Collective Hub Stellenbos, South Africa

The Project reaches maturity and gains form and structure for planning and implementing further, opening the idea for institutional support and funding and organizing the crew:

2.5 COP20, Lima, Peru

The bigger picture focuses on COP21 (Paris) but in order to have the perfect Jungle House experience ready for that conference we have agreed to a one year preparation plan that starts in COP20, Lima. This house will be the first space with months of ahead planning, open applications for workshops, defined program and communication strategy. In order to test all possible gaps in the model and to observe the results and how they can be improved in the future. This is a laboratory for the evolved version of the project.

2.6 Preparational upcoming convergence (potentially World Social Forum Tunis 2015)

2.7 Preparational upcoming convergence

After Peru, we have planned other two smaller experiences in different continents in strategical time periods yet to manifest, hopefully with the Peru closing and next steps assembly. These are focused on learning new skills and networking more people from different backgrounds and expertises.

2.8 COP21, Paris, France

At COP21, Jungle House will serve as a safe place for presenting alternatives and making outside decisions to compare with official negotiations and future proposals. We hope to encourage many people to take the environmental crisis seriously and at the same time fall in love with nature and the connection possibilities it provides. Final closing and next step assembly hopefully leads to the decentralized spreading of Jungle Houses all around the world.

2.9 Worldwide (where people use models developed and shared, and add their own to create multiple iterations of JungleHouse’s uniquely suited to its environment)

3.0 Final Jungle House

The world is saved.

During this year between conferences the permanent communication platform and radio station launched in Peru will be active and working on connecting with activists inside and outside the conference, following negotiations, debating on Major Group decisions and networking alternatives for the Paris experience.