Archive for the journey

Os seus talentos não são pra você.

Foram anos na luta pela cura. Quatro. Na psique, nada se perde, tudo se transforma.

Ela teve muita sorte quando era mais nova pois pode ver o que era, teve acesso aos seus talentos, à sua energia dourada. Ao seu redor, todos sempre gostaram muito dela, sentiam seu amor. Ela não sabia, como cresceu assim, essa era a experiência humana: amor, diversão, aventura, experiência, amigos, festas… Ela sempre teve tudo. Tudo mesmo: beleza, inteligência, charme, carisma, educação, estilo, comunidade. Só que todos esses talentos, toda essa riqueza eram inconsciente. Perder tudo aquilo não era nem uma possibilidade na sua mente. Seguia aproveitando a facilidade com que navegava na realidade sem se preocupar jamais com o futuro, com o passado e nem com o presente. Fazia exatamente o que queria com tudo aquilo, pra si mesma. Pra se divertir e se aproveitar.

Quebrava corações, abandonava amizades, tomava postos de poder político só porque podia… Só porque conseguia. Bombada na night, arrasava nos seus estágios na época de faculdade, não estudava e tirava 10 nos piores professores. Fumava maconha e ia fazer a prova de vestibular pra faculdade pública e… passava. Aquele era seu estado natural de vida. Quando viajava, fazia zilhões de amigos, era quando mais se conectava com toda sua potência mobilizadora. Usava o maior instrumento mobilizador do mundo sem saber: seu coração.

Foi então que, em um mês, perdeu tudo. Passou um ano de cama e perdeu sua luz. Entrou profundamente na sua sombra, tanto que quase se afogou. Ficou lá uns 2 anos e meio, imersa. Sozinha. Feia, chata, desagradável, estranha, gorda, desempregada, sem se formar. Seu amor sumiu. Todo aquele amor pelo mundo, pelas pessoas, pelo conhecimento, toda aquela curiosidade infantil perante a vida… Perdeu tudo.

Ao perder, pela primeira vez conseguiu ver o que tinha. O que era.

No início, se odiava. Odiava tudo aquilo que era. Todo aquele privilégio, toda aquela riqueza emocional. Se via como uma criança que não conseguia crescer, não conseguia sair da asa da família. Queria mudar tudo! E entrou em um processo de busca da cura. Foi mudando, mudando, mudando… Cada vez gostando menos de si, sendo cada vez mais violenta consigo mesma. Ela aprendeu que a cura estava na sombra, na coragem de encara-la e ilumina-la. Começou então uma verdadeira batalha sangrenta com suas partes mais profundas, suas partes mais difíceis. Ela se machucava tanto em nome dessa cura, dessa mudança…

Aos poucos começou a perceber que estava tentando mudar tanto para chegar no mesmo lugar de onde saiu, onde tudo começou. Sentia falta da sua felicidade de antigamente, da sua beleza, do seu carisma, da sua inteligência… Daquela estranha confiança na vida. Na certeza, que sempre caminhou ao seu lado, de que tudo estava bem e tudo ia dar certo. Na absoluta segurança de que seu futuro seria maravilhoso. E tentava se curar para voltar pra aquele estado maravilhoso de estar viva. Aquele prazer diário em abrir os olhos e simplesmente sair por aí pra aproveitar o que o dia lhe trazia.

Aquilo era uma espécie de contradição. Era aquele estado que perdeu e que odiava, que agora queria de volta? Não, não era nada disso. Sua sorte seguia igualmente maravilhosa: ela estava recebendo um presente do Universo. Agora ela tinha a oportunidade de #VER tudo o que tinha internamente, tudo o que era. E passar a usar isso tudo com #consciência e com #propósito. Esse era o processo de autoconhecimento que a sua alma escolheu. Era mágico. Alquímico e tão brilhante quanto todo o resto.

Ela agora #sabia. Seu nível de responsabilidade perante a humanidade e o Universo aumentou exponencialmente. E ela #escolheu saber. Passou a vida inteira fugindo de qualquer responsabilidade para simplesmente dar de cara com a maior delas: a responsabilidade kármica de estar consciente dos talentos que Deus lhe deu.

“Os seus talentos não são pra você.” Se engana quem acredita que tem algum talento. Nós não temos nada a não ser aquilo que nos foi dado por ser de acordo com nosso propósito, nossa missão na terra. Aqueles talentos natos, os dons, eles vem no seu programa porque de alguma maneira você vai precisar deles pra cumprir sua missão. E, nesse momento, nesse planeta, todos estamos aqui para curar a nós mesmos e, eventualmente, auxiliar no processo de cura de outras pessoas com mínima interferência. Ou melhor, inspirar esses processos.

Como é lindo e interessante: precisamos nos inspirar, auxiliar, ajudar em um processo em que só se pode embarcar profundamente só. Ninguém pode voltar-se para dentro em grupo. O grupo só está lá para dar o suporte necessário. Hold space. Que fase planetária maravilhosa! Imperdível! Que bom que viemos!

Após os 2 anos iniciais, tudo foi ficando ao mesmo tempo mais escuro e mais claro. Teve que lidar com processos kármicos pesadíssimos. Começou a ver toda sua luz mas para isso também teve que tomar conhecimento de muita escuridão. Passou a nomear seus talentos para poder compreende-los melhor, passou a chama-los de super poderes, como tudo que mais ama nesse mundo é magia, não poderia deixar de ser…

Os super poderes são nossos dons inatos. Muitas vezes estamos tão acostumados com eles que nem percebemos que os temos, não tomamos consciência de que somos todos super heróis, ou melhor, x-men. Tomar consciência deles é o primeiro passo para o desabrochar e desenvolver desses poderes porque à partir daí podemos observar com foco e criar intenções que nos ajudam a compreende-los e aos poucos domina-los. Um super poder, quando inconsciente, tem a força de nos dominar com certeza. Ele é o seu dharma (propósito) e o seu karma. Essa é a beleza do jogo, naquilo de pior que pode acontecer com você estão as lições necessárias para ser o melhor que você pode ser. É uma moeda de duas faces mas é a mesma moeda. Karma – Dharma.

E agora, está de volta. Brilhante. E isso a assusta! Assusta porque não quer perdê-los novamente, nem fazer mal uso de seus dons. Não quer toma-los só pra si, usa-los só em seu favor. Quer #compartilhar com o mundo porque agora sim #sabe que nada do que é, nada do que faz, nada do que tem tem nada a ver com ela mesma, com seu ego mas sim a ver com sua missão pro mundo.

Retiro Material

Aquela viagem solitária não foi planejada por ela mas sim pelo universo, seus guias e seu destino. Ela foi porque achava que estava indo pra um novo lar de uma velha amiga. Uma amiga que há quatro anos era praticamente sua alma gêmea. Mas o tempo criou muitas diferenças, ela abandonou muitas das crenças que sua amiga fortaleceu. Ela mergulhou no seu interno enquanto a outra seguiu na luta política. Ela sofreu e observou, a outra fugiu e seguiu se distraindo. Ela tentou aceitar, não julgar, entender… A outra não. Em menos de uma semana já não conseguiam mais nem se olhar e ela partiu. Sozinha. Na África.

Mas aquilo não a abalou. Ela não encontrou nada do que buscava naquela amiga. Ela estava à procura do amor e da cura. Alguns chamam de acaso, outros de destino mas foi parar em Umzembe – A Terra dos Mortos em Zulu. No Mantis & Moon Backpackers and Lodge. E, imediatamente soube, encontrou TUDO. Pessoas genuinamente felizes, que dançavam todas as noites, lhe deram múltiplas boas vindas à família. Finalmente ela se sentiu parte de uma comunidade. Era festa toda noite, em pouco tempo ela estava trabalhando no bar e botando suas músicas preferidas e pessoas pra dançar. Descobriu novas músicas, novos amigos, novos olhares, uma nova vida.

Se apaixonou perdidamente pelo lugar, pelas pessoas, pelo trabalho… Mas o problema começou onde o amor também. Quando buscamos a cura do amor, abrimos o coração que estava fechado há tanto tempo, abrimos também o motivo pelo qual ele se fechou. Pra curar o amor, temos que enfrentar todo sofrimento, os padrões e os traumas que vem com ele. Ela tinha que se reafirmar constantemente que aquelas eram pessoas boas, que ninguém estava julgando ninguém e aos poucos conseguiu acreditar nisso e se entregar um pouco para aquelas relações. Se preocupava o tempo todo se eles gostavam dela ou não. Jogava sua energia em cima de todos na esperança de receber um pouco de volta. Tentava desesperadamente se conectar com todos, de qualquer forma. Assim foi abrindo mão de si e se entregando para um estilo de vida muito diferente do que almejava pra si. Caiu na gandaia.

Todas as noites dançavam muito e bebiam mais ainda. Cerveja, tequila, Jager, shots, shots, gim & tonic, the cripple, cerveja, baseado, shot, tequila, vinho branco com gelo, tequila com suco de laranja, cranberry juice com vodka e sprite. Dançavam innerbloom, closer, the sun don’t shine, one dance, let you know, slumber party, ready or not… O tipo de música que ela ama dançar. E cantavam também! Muito! Começou a abrir a garganta, soltar sua voz que estava reprimida há tanto tempo.

Aos poucos começou a relaxar e se entregar pra tudo que vivia. Seu corpo começou a mudar, ficar mais leve, mais ágil, mais serelepe. Suas pernas se fortaleceram pra andar no meio daquela selva. Amava o seu trabalho no bar, no escritório e fazendo massagens. Sua alma ama fazer massagem. Sua voz começou a sair e aos poucos começou a se revelar também. Voltou a ser brincalhona. Recebia cada hóspede com um sorriso enorme, mostrava aquele lugar como se fosse o melhor lugar do mundo porque pra ela, realmente era. Ela nunca fora tão feliz. Ela se dedicou àquele lugar. Se entregou mesmo. Tinha momentos que cuidava de uma festa, fazia check-ins enquanto bebia e dançava ao mesmo tempo. Ela descobriu que dava conta de tudo!

Como não poderia deixar de ser, em um campo tão fértil, acabou se envolvendo afetivamente. Irresponsavelmente, contra todos os CLAROS sinais de seu coração, se entregou para uma relação energética intensa. Yo! O cúmulo: o menino tinha 21 anos! Mas os dois tinham uma conexão muito forte, algo espiritual mesmo. Quando ela sentava ao lado dele, sentia sua aura, sentia a troca de energia entre os corpos que queriam se fundir. Ele, totalmente ignorante de energia, apenas ia com o fluxo. A atração foi inevitável. Finalmente dormiram juntos. Morando, trabalhando, vivendo tudo aquilo todas as noites – das duas uma: namoravam ou seguiam amigos. Ela queria namorar, ele quis seguir amigo. Coisa de criança. Era tão frustrante porque se ele pudesse sentir aquela troca, saberia que aquilo não era algo comum, aquilo tinha que ser valorizado! Mas ele não sentia, queria só se divertir, beber e chamar atenção. Ela então aceitou a rejeição e tentou outros, tentou se conectar com outros… Mas por mais que ele não a quisesse no seu coração, ele a queria na sua teia. Ele forçava uma barra e ela, de certa maneira, apaixonada, aceitava todas as vezes.

Seu coração começou a ser seu instrumento de manipulação. Qualquer pingo de amor recebido fazia com que ela abrisse mão de si. Ela queria dormir mas eles queriam que ela ficasse, ela ficava. Ela queria descansar mas eles precisavam de ajuda, ela trabalhava. Ela queria ir pra praia mas eles queriam tomar cogumelos, ela tomava. Ela queria ser saudável mas eles queriam ficar muito doidos, ela ficava… Ela jogava cada vez mais sua energia pros outros, se sentia exausta o tempo todo mas dava ainda mais energia. Começou a se desconectar de si…

Finalmente a intuição chegou – ela tinha que partir. Ela nunca tinha tido uma intuição tão contra seu racional-externo em toda sua vida. Como assim partir? Ela encontrou tudo aquilo que estava procurando! Ela estava TÃO feliz ali. Ignorou a sensação por alguns dias… Tentava desviar sua mente daquele tipo de pensamento, não queria aceitar. Mas, domingo a noite, sozinha servindo no bar, começou a se questionar… E neste momento, um hóspede aleatório lhe abordou e lhe entregou uma carta avatar – cartas que lhe acompanham há alguns anos (requer mais explicação em um outro momento). Ela não podia negar este sinal, era seu destino pedindo-lhe para que voltasse pra ele. O sinal era inegável.

Acordou no dia seguinte, segunda-feira e anunciou sua partida! Mas ainda sentia-se muito dividida. Estava insegura quanto a tudo aquilo. E assim se abriu para as melhores conversas de toda sua vida. Naquele dia conversou com 4 pessoas sobre vida, emoções, descobertas, perdão, amor, família, crescimento pessoal… Ela se sentiu verdadeiramente querida. Aquelas pessoas queriam ela ali de verdade. Inclusive recebeu outras interpretações sobre o recebimento da carta naquele lugar: it’s now that shit gets real. Seu coração não a deixou partir, ela queria se aprofundar naquelas relações. Ela queria se desenvolver ainda mais ali. E esse dia mudou tudo. À partir daí conseguiu se abrir ainda mais, se entregar ainda mais, amar ainda mais.

Aqueles dias estavam sendo o retiro material mais intenso de toda sua vida. Se conectava com a natureza, se curava de um medo a cada dia, se entregava cada vez mais pro fluxo do amor e dos relacionamentos. Se sentia parte daquela comunidade como nunca antes em sua vida. Ria, pulava, amava, trabalhava, comia, suava, zuava, conversava todos os dias com aquelas mesmas pessoas.

Mas por mais que tentasse quebrar aquela conexão com aquele menino, a energia começou a mudar. Ela começou a se interessar por outro da comunidade e ele não conseguiu suportar a perda da sua energia nele. Aos poucos a mal tratou, a manipulou, provavelmente a caluniou por aí… E, finalmente, transou com sua melhor amiga na sua cama. E ela entrou no quarto, acendeu a luz e viu tudo.

O que aconteceu depois daquele momento foi uma combinação de sombra-instinto-áries. Ela sentia seu coração praticamente explodir. Foi tomada por suas emoções e perdeu totalmente o controle sobre si. Fez a pior coisa que já fizeram com ela – abandonou. Acordou de manha, arrumou suas malas e partiu. Nem se despediu da maioria da sua família. Deu meia dúzia de abraços, negou todas as intuições, comprou uma passagem e se mandou. Aquilo era a sombra do seu amor – sua maneira de magoar o outro era o abandono. Era instinto porque o macho alfa (aquele que tem mais energia do clã) escolheu outra do clã. Era áries porque era totalmente impulsivo.

Porém, absolutamente nada na sua vida foi em vão. Um acontecimento desse, num lugar onde tudo parecia fluir perfeitamente em ordem com seus sonhos, só podia ser uma lição e/ou um chamado.

Eu chamo esses momentos de descontrole de “chefão”. O chefão é aquele que encerra uma fase do videogame. E o jogo da vida está cheio deles. Eles normalmente mudam tudo e nos ensinam muito sobre nós mesmos. Pois só nesses momentos em que perdemos totalmente o controle do racional é que podemos nos ver de verdade, olhar nossas sombras de frente e perceber qual o próximo passo no processo. São momentos decisivos que indicam que passamos de fase ou que precisamos rever tudo. São sempre muito difíceis e levam tempo para se recuperar. O problema é que viajando tudo acontece muito rápido, não temos tanto tempo assim pra reflexão e recuperação. A única saída é aceitar… SURRENDER.

São tantas as lições.

Mas o que assusta mesmo é o chamado.

Ela foi mesmo.

Ela foi pra África do Sul. “Mas você vai fazer o que lá?” Viver.

Foi em uma missão: viver ou matar alguns sonhos. Cansada da vida normal trabalho-casa-sexta-feira, ela sabia que a vida era mais que isso. Aos poucos sentia-se envelhecer. Seu corpo endurecido de tanta preocupação desnecessária. Na verdade, estava viciada em se preocupar. Estava viciada em sentir medo. Mas seu maior vício era o sono. Sua oportunidade estava passando enquanto ela vivia essa vida sem grandes acontecimentos meio dormindo, meio acordada e meio sonhando. “Um dia eu vou viver. Um dia vou ser feliz. Um dia vou viajar. Um dia vou estar pronta.” Ela pensava sempre no seu futuro com grandes expectativas e por isso aceitava seu presente sem vivê-lo completamente. Estava sempre separada internamente, não permitia-se apegar muito a nada e nem ninguém porque sabia que um dia ela iria viver de verdade.

Aos poucos foi tomando consciência de que a vida no presente é a vida real. Conheceu uma pessoa com quem poderia ter um futuro, arrumou um trabalho no qual poderia crescer. Mas ela não se permitia viver essas experiências completamente, se entregar pro fluxo da vida porque secretamente estava apenas esperando seu momento de viajar. Todos esperavam isso dela. Há anos que ela criava essa impressão nas pessoas, todos já a viam como uma viajante sem que ela de fato tivesse se entregado para esse processo. Esse sonho já era maior que ela mesma, ele tornou-se uma parte de sua personalidade mas vinha mesmo da alma.

Finalmente escolheu a vida. Escolheu viver no presente. E ir viver esses sonhos que a atormentavam e entusiasmavam. Cansou de usar seus sonhos como fuga e resolveu usá-los como realidade. Juntou um dinheiro – não muito. Parcelou a passagem no cartão sem saber muito bem como pagaria isso no futuro. Arrumou uma mochila básica. E dessa vez deixou seu quarto, sua família, seus amigos no seu devido lugar – suas raízes. Foi-se sabendo que sempre teria pra onde voltar. Sabendo de onde vinha. Pois só assim poderia ir a algum lugar.

No aeroporto, sentia-se confusa, com muito medo, com sono, assustada. Era como se abrisse os olhos de um longo sono sem saber muito bem onde estava – praticamente um coma, tinha que perguntar as coisas mais simples, não conseguia focar nas placas, era muita gente, muito barulho, muita informação. Acabou perdendo seu voô por um erro da TAM (pra variar) e passou uma noite sozinha em um hotel, se despedindo daquela pessoa que sabia que deixaria de ser. Foi bom ter uma noite em São Paulo, como num leve intervalo entre duas realidades, um espaço-entre.

O que ela estava fazendo? Não sabia responder. Tinha algumas intenções mas nada muito concreto. Ela queria se entregar pro fluxo do universo, queria confiar na abundância e na bondade dele. Queria permitir-se mudar. Queria se mover. Encontrar um externo que curasse seu interno pois sozinha não estava conseguindo mais avançar no seu processo. Queria fazer amigos. Encontrar uma família de alma. Se apaixonar. Fazer coisas que nunca fez. Colocar-se em situações novas para se conhecer melhor. Queria dançar, cantar, conversar, rir, correr, conhecer, desenvolver, aprofundar. Queria sentir vontade de viver, de sair, conhecer pessoas. Confiar de novo.

Acima de tudo: queria acordar.