a energia do acidente

Apesar de achar bobo compartilhar essas coisas, pode ser interessante para produzir um pensamento mais energético naqueles que se interessam por isso e assim começar a formar novos olhares em cima da vida.

Caí de bicicleta! Me estabaquei. Em uma sequência energética perfeita que culminou na criação dessa realidade.

  1. Saí de casa, recebi um jatinho de inveja. Inveja é tiro e queda! Essa é a pior energia que alguém pode mandar para outra pessoa. Sempre dá um jeito de sabotar aquele que recebe inveja.
  2. Ao subir na bicicleta, dei uma balanceada e quase caí. O sinal. Eu estou em uma fase profunda de me relacionar com os sinais de maneira saudável novamente. Meu ano novo me trouxe um sinal que tenho tentado recusar, tentado me convencer de que estou exagerando, que não preciso focar tanto assim, que eu sou muito intensa, exagero tudo…
  3. O sininho buzina da bicicleta estava quebrado então tive que dar uma gritada com umas duas pessoas… Recebendo energia negativa de volta, claro.
  4. Somando então inveja, sinal, 2x energia negativa: uma mulher atravessa a rua sem olhar bem na minha frente, eu entro direto nela e caio me estabacando na calçada, sangrando nos dois joelhos e nas mãos!

Sim! Essa realidade foi criada, a soma das energias, que tinham um propósito de ensino ainda por cima! Maior mensagem para eu respeitar esse sinal do ano novo! Lição + energias = não podia dar em outra.

Eu agradeço.

olhos pro passado que veem o futuro

A humanidade precisa de uma revolução de olhar. Nossos olhos estão todos contaminados com tanta televisão, jornal, computador, barulho, mesmas estruturas das cidades (quadrado, redondo, reto, curva), mesmas festas, mesmos bares… Estamos sempre vendo as mesmas coisas e esperando que alguma coisa mude no mundo ou nas nossas vidas.

Sendo que nós somos o que nós vemos. (Ou como vemos.)

A nossa maneira de ver o mundo ao nosso redor é o que cria este mesmo mundo. A revolução de que a humanidade precisa está no olhar. Uma nova maneira de ver a vida, a Terra, as relações e todas as dinâmicas da experiência material. Estamos precisando temperar a vida com novidades sensoriais, sagradas, mágicas, ancestrais e humanas. Muito humanas.

Onde mais precisamos de um novo olhar é em cima do que é ser humano. O ser humano é um animal instintivo assim como todos os outros. Somos feitos para nos relacionar em tribos e territórios. Temos nossos níveis energéticos que definem quem somos dentro da tribo. Quando não estamos alinhados com nosso lugar de direito na tribo, geramos angústia, ansiedade e neurose.

O ser humano é elemental. Ele é o mago, a carta 1 do Tarô. Ele é o criador, o que manipula a técnica para materializar seu espírito. Ele é o guardião sagrado do planeta, jardineiro fiel. Precisa estar em constante contato com água, terra, fogo e ar (de boa qualidade!). Cada um de nós tem seus elementos dominantes. Temos os seres de fogo, os de ar, os de água e os de terra e precisamos nos complementar e equilibrar à partir da compreensão que somos regidos pelos elementos.

Eu sonho com grandes assembléias de política espiritual em que o círculo é dividido em quatro arenas, cada uma para pessoas de cada elemento. Assim os debates seriam entre os elementais e menos entre os indivíduos. As ideias viriam das energias essenciais de cada grupo e seriam respeitadas por isso.

É importante pra caramba relembrar o que é ser humano visto que a falta de humanidade que vemos ao nosso redor é exatamente a perda dessa conexão com essa sabedoria. Precisamos olhar para os nossos ancestrais, para os que viviam em tribo, em civilizações mais avançadas que as nossas como os Maias, Incas, Astecas, Atlantis… E reconhecer que a forma como viviam era sim mais avançada que a nossa porque era muito mais conectada com a forma instintiva de ser do nosso planeta. Em conexão com a natureza, com a magia, com as práticas rituais de adoração da fertilidade, da vida e do feminino. Nós precisamos disso. Não é algo que dá pra superar.

Conseguimos superar o instinto? Sim. Mas quem disse que isso nos faz mais “civilizados” e quem disse que ser mais civilizado é o melhor gente? Nosso instinto é basicamente o programa com o qual fomos criados. Como nosso Criador nos fez. Sem ele, estamos nos afastando do Criador e por isso nos separamos da Natureza (que é o Criador).

Instinto é estar no corpo, é estar na floresta, é estar compartilhando espaço com outras espécies o tempo todo. Isso nos faz sentir vivos! Isso nos faz vibrar, acordar, querer viver o tempo todo. Isso também nos retorna à um estado natural de pureza que é o nosso. Somos inocentes e puros assim como todos os outros animais ao nosso redor. Somos um reflexo do Criador que assim é.

Rever. Criar novos olhos. Para olhar pra fora e para dentro. Para o outro e para si mesmo. Para aquilo que não queremos e aquilo que acreditamos. Ver o mundo ao redor de forma diferente é criar um mundo diferente. Criatividade precisa de olhares diversos, que se misturam, complementam e retornam ao seu lugar de origem, renovados, após passar por tanta escuridão, tanto desequilíbrio, encontram finalmente o ponto de centro. Evoluídos tecnologicamente, agora evoluem espiritualmente para um novo tempo em que o ancestral se mistura com o tecnológico em um retorno ao ser humano real.

Compromisso de Compartilhar

Passei dois anos viajando, vivendo milagres, vivendo a vida mais maravilhosa que eu podia imaginar para um ser humano viver. Passei um ano vivendo em uma montanha na África, imersa no meio da floresta mais antiga e sagrada do continente. Em uma comunidade com 300 das pessoas mais maravilhosas que já conheci. Todos que moravam ali, tinham muita magia para compartilhar, cerimônias, xamãs, artistas, permacultores, pessoas profundamente do bem.

Todo dia eu aprendia alguma coisa nova. Todo dia eram lições sobre o que é ser humano não envenenado. Que come comida boa, respira ar puro, água da chuva sem nenhuma química, está em território e tribo, com bastante espaço pra si, imerso em silêncio e paz. A experiência humana é outra, a qualidade energética, mental, emocional e espiritual da vida é elevada à níveis ancestrais, quando todos na terra ainda usufruíam de condições naturais assim.

Compreendi muito sobre o que é esse planeta. O que é de fato a vida aqui e como ela poderia / deveria ser em condições ideias. E fui aprendendo, aprendendo, aprendendo… Mas não compartilhei. Não escrevi uma linha sequer. Não fiz um vídeo. Não tirei uma foto. Eu achava que eu não estava pronta, que eu estava quase mas ainda não estava pronta… Eu imaginava um estado que eu queria atingir de preparo (perfeição?) antes de começar a compartilhar…

No final, tudo foi por um caminho inesperado e fiquei sem nada para mostrar do que foi vivido e experimentado. Sinceramente, nem dentro de mim eu lembro… É como se todo aquele conhecimento que estava me sendo dado, foi retirado! Magia pura.

Bem, aprendi minha lição. E agora estou comprometida à compartilhar todos os meus aprendizados diários por mais ridículos que eles sejam porque sempre pode servir pra alguém, certo?

Todo dia vou sentar e escrever alguma coisa para nunca mais cometer esse erro de deixar a vida passar só pra mim. Compartilhar! Estou tudo menos pronta mas é isso aí mesmo. Vamo indo…

eu me amo a longo prazo

Pode ser besteira escrever sobre isso, na verdade a maior parte do que eu escrevo eu sempre acho que todo mundo que está vivo já sabe essas coisas… Mas aí depois vou dar uma caminhada na praia de Ipanema no domingo e me recordo que ainda tem muita gente sem a menor ideia de nada. É incrível como ainda existe tanta inconsciência nas cidades!

Tenho aprendido e estudado muito sobre o inconsciente, meu assunto preferido! Eu achava que eu sabia muito mas tenho aprendido que eu não sabia era nada. Porque para saber fazer o inconsciente funcionar é preciso saber em prol do quê. Colocá-lo à serviço da vida que se quer viver. Se não temos clareza de um propósito de vida, deixamos ele muito solto para influencias do coletivo, da mídia, da vibração “da tribo” (aglomerado de seres que moram no mesmo território), das egrégoras vigentes da região.

Precisamos ter consciência das áreas em que nosso inconsciente não estão nos ajudando e porquê. Eu estava vivendo um processo de auto-sabotagem muito forte. Uma recusa a viver o meu propósito, o meu sonho. Mas é claro, passei anos negando esse sonho! Afirmando vez após outra que eu não queria viver essa minha ideia obsessiva. Eu não entendia que nós TEMOS que viver nossos sonhos. Eu não sabia que esses desejos, por maiores ou mais irracionais que sejam, que pulsam dentro de nós, são a nossa missão! O nosso propósito. Eu achava que era maluquice e queria me livrar disso! Mas, lá atrás, ainda seguia o caminho desse sonho. Nunca deixei de segui-lo por mais que estivesse olhando pra outro lado a maior parte do tempo…

Até que ele chegou e me deu um tapa na cara. E eu me recusei a vivê-lo! Me recusei a seguir em frente com minhas escolhas. Em lutar pelo que eu queria! Retraí, me traí…

Mas eu não sabia que era possível! Não sabia que podia! Que Deus queria me dar meu sonho!

E agora, eu quero vivê-lo. Morrendo de medo. Mas eu quero!! Mas o inconsciente tadinho, tá cheio de NÃO. Que eu martelei durante anos pra dentro dele. Então tem uma cisão entre a parte que quer e a parte que não quer. E aí começam as sabotagens sutis e enormes.

Mas veja, eu sou dona do meu inconsciente. Eu tenho autoridade sobre mim mesma! Posso treiná-lo. E eu treino com afirmações, visualizações, sim… Mas mais ainda nas minhas ações diárias. Na minha integridade com o que eu falo e faço.

Por exemplo: se eu quero trabalhar o amor próprio e o respeito, quero me dar mais amor mas sabendo que meu pulmão não está gostando, eu sigo fumando cigarro toda hora… Qual a mensagem na verdade que eu estou mandando pro Universo? Pro meu interno?

São nas pequenas repetições sutis que sinalizamos o que somos e quem vamos nos tornar. Em nossos hábitos moram nossos destinos.

Tenho aprendido então a repetir sempre que me amo a longo prazo. Que os pequenos impulsos em momentos de alegria, aquelas pequenas concessões, coisinhas erradas que me deixo fazer, afetam toda uma vida e não apenas aquele momento exato. O amor próprio nasce de saber que se tem um propósito, uma vida que se quer viver e à partir daí, começa-se a alinhar o inconsciente para a realização deste, com cada ação, cada ato como um símbolo dessa missão realizada.

Saber que se tem uma vida incrível à viver é a maior gasolina da vida. Mudamos! Lutamos! Perseveramos! Seguimos em frente. Com atenção à cada detalhe. Sem nos deixar abater pelos pequenos e nem os grandes erros. Porque um especialista em qualquer coisa é aquele que cometeu todos os erros que podia cometer em determinada área. =)

acumulando energia para criar a realidade

Sempre falo muito sobre criação de realidade porque cada vez mais tenho comprovado a veracidade dessa nossa capacidade. A realidade ao nosso redor é muito mais plástica do que imaginamos.

Nós acumulamos energia quando nossa vida, pensamentos e emoções, estão voltados para determinado tema. Pode ser um tema positivo ou um tema negativo. Independente do que seja, quanto mais nos concentramos nisso, mesmo que seja algo que NÃO queremos, mais disso atraímos.

Muitas vezes passamos por situações fortes. Profundas. Cometemos um grande erro, por exemplo. E aí nos mergulhamos em arrependimento, ficamos matutando como poderia ter sido, sentimos um luto pelo que perdemos por causa de escolhas erradas. Escrevemos sobre isso, sofremos, sofremos… Não conseguimos tocar o barco pra frente porque ainda estamos muito voltados para o passado, não conseguimos deixar ir.

Essa energia de erro, fracasso, sofrimento, arrependimento começa a se acumular, acumular, acumular… Se não fazemos um esforço consciente para mudar os rumos da mente e da vida que estamos vivendo, vamos nos afogando mais e mais e… logo, logo… tomamos mais uma decisão ruim. Nos arrependemos novamente. Sofremos. Sofremos. Aí, fazemos mais uma besteira, seguimos, seguimos… Vamos atraindo mais e mais disso!

Se num momento desse, uma decisão muito importante vem se aproximando… Bem… E estamos cheios de energia de arrependimento e erro acumuladas… Será que tomaremos a decisão correta? É possível! Mas precisamos de muita muita consciência e direcionamento energético para isso. Sermos práticos. Olharmos com honestidade para a situação. Porque se seguimos achando que vai dar tudo certo, sem olhar pra tudo que está dando errado, provavelmente vamos criar a realidade que estamos vibrando novamente!

Então se vamos surfar na onda de uma energia, que ela seja positiva. Caso já estejamos surfando uma onda negativa, me parece que o melhor é alterar sua realidade material o mais rápido possível de maneira leve e bem básica mas começar a trazer o foco para um novo assunto, aceitar o que passou e criar algo novo. Só pra sair desse fluxo! E aí, depois, poder tomar aquela grande decisão com calma. No fluxo novo.

auto cuidado requer verdade

Não existem valores mais importantes do que auto-cuidado, amor e respeito próprio. Tenho aprendido isso da maneira difícil, o extremo oposto. Caindo diversas vezes por relevar minhas necessidades mais básicas e verdadeiras.

Muito do que o ano passado me ensinou foi exatamente isso, como nosso auto cuidado é importante, saber nossos limites, respeitar onde estamos no nosso processo, sem tentar fingir estar em outro nível, nem tentar dar saltos em direções para as quais ainda não estamos preparados.

Mas, quanto maiores os erros que venho cometendo, mais clareza vou obtendo sobre o porquê deles e sobre responsabilidade e perdão. Amor incondicional à mim mesma.

O porquê é bem óbvio agora que eu o vejo, mas não estava claro pra mim antes disso. Eu estava mentindo pra mim mesma. Estava querendo fingir que o que eu sou, o que eu vivi, as experiências transformadoras pelas quais passei, a radicalidade que impus a mim mesma, não tivessem sido tão reais assim. Eu não estava conseguindo acreditar no que eu estava vivendo, estava levando tudo como uma grande brincadeira.

Uma parte adolescente que quer se manter adolescente. Que quer reproduzir a vida que viveu de festas, amigos, bebidas, drogas, nenhuma responsabilidade, só alegria… Ela ainda vive no meu inconsciente. E luta para não crescer, luta para não aceitar a minha transformação. Quer insistir que é possível ter os dois, crescimento espiritual e material e comportamento infantil e irresponsável.

Eu ainda não consegui parar para acessar a verdade do que estou vivendo. A verdade de que voltei frágil para estar na cidade grande. Olhar para a verdade de tudo que eu vivi, de tudo que me impus viver. A falta de carinho e de respeito ao que eu de fato queria e precisava e porque.

Mas só é possível respeitar a si mesma, quando se compreende o que precisa ser respeitado. Quando se percebe o que se está passando de verdade. E, à partir daí, também saber pedir ajuda.

Os sinais do Revéillon

Há alguns anos que comecei a reparar algumas coincidências… Parece que durante a noite do revéillon, acontecem algumas coisas que são simbólicas do ano. Como se a noite em si tivesse mini-pistas sobre como será o seu ano.

Por exemplo:

Em 2014, tive uma das melhores celebrações da minha vida, em Caraíva com minhas amigas. Dançamos a noite inteira sem parar! No meio da noite, a festa em que estávamos na praia, retirou o pano que rodeava o espaço, abrindo para todos e praia aberta. Nesse momento, o sol raiava e entrou em cheio no meio da festa. Foi uma visão linda, eu senti que alguma verdade seria revelada. Alguma parede quebrada. Uma grande iluminação. E foi! Neste ano dediquei-me a estudar espiritualidade. Me formei em Fogo Sagrado, fiz o retiro de Leitura de Aura e conheci os xamãs siberianos que mudaram a minha vida e me fizeram descobrir o que eu era!

Ao final da festa, um estranho muito doido vira pra gente e fala: Meu desejo pra vocês é que esse ano seja inesquecível, inesquecível será o ano! O ano foi mesmo inesquecível e incrivelmente esse foi o ano que voltei a escrever diários e registrei cada momento! Um ano que marcou profundamente minha visão de mim mesma. E que carrego comigo para sempre. Foi inesquecível.

2016 foi outro ano super simbólico! Passei a virada em Copacabana com uma amiga. Eu estava arrasada que era aquela a celebração que consegui manifestar aquele ano. 2015 foi bem punk mesmo. Não gosto de passar em Copa, sinto que é sempre a última opção. Pelo menos nós tínhamos um ácido e tomamos. Não fez nenhum efeito… Já estávamos indo pra casa 1:00 hora da manhã, derrotadas, um noite em nada especial quando resolvemos fumar nosso único baseado antes de ir pra casa. Sentamos na praia em frente de casa e fumamos. Nesse momento, o ácido bateu, ficamos alucinadas e a noite foi incrível de virada. Rimos muitoooo! Conversamos pra caramba. Andamos pra lá e pra cá. Nos metemos no meio das festas na orla… Chegamos em casa super felizes!

O ano em si foi uma virada também. Passei 6 meses trabalhando em um hotel 5 estrelas em um emprego que sugava toda vida de dentro de mim. Eu fui um zumbi. Só ia pro trabalho e ficava em casa. Quase não saia. Não tinha muitos amigos. Entrava no ônibus e ia trabalhar. Era minha vida. Até que em Outubro minha energia mudou, fui convidada pra ir morar na África do Sul por uma amiga, pedi demissão e fui. Passei 5 meses mochilando a África, me descobrindo, vibrando alegria, voltando a ser eu! Descobri uma mulher corajosa, mágica, no fluxo! Foi incrível! De virada passou de um dos piores para um dos melhores anos de toda minha vida.

2017, putz! Festãooooo! Eu estava num festival super alternativo em um das terras mais sagradas e mágicas de todo mundo: Wild Spirits na África do Sul. Eu estava com várias expectativas! Mas no dia em si aconteceu algo estranho. Eu não estava me sentindo nada bem, fechadona, não conseguia celebrar nem ficar perto das pessoas. Às 11:00 horas da noite, eu estava sozinha dentro de um círculo de árvores no escuro enquanto o festival acontecia lá no fundo… Eu desisti da noite, resolvi ir dormir. Disse pra mim mesma: não acredito que minha noite vai terminar assim. Quando eu estava indo pro meu quarto, a galera estava toda sentada ao redor da fogueira e resolvi ir pra lá esperar apenas dar meia-noite e depois ir dormir. À meia-noite, enquanto fazíamos a contagem regressiva, a vibração subiu muito e de repente foi como se o chão sugasse tudo de ruim que eu estava sentindo. De repente eu estava uuuuuuótima. Jump cut: são oito horas da manha e eu estou bombando na pista de dança ouvindo trance!! Foi incrível!

O ano em si, saí da África do Sul para ir morar nos EUA. Recebi meu green-card e eu estava no fluxo mesmo… Achei uma boa idea ir pra lá ganhar dinheiro em dólar. No momento que saí da África, soube que tinha cometido um erro terrível. Mas fui pros EUA mesmo assim, ver qual é. Cheguei lá e fui piorando, piorando. Odiei o lugar, odiei as pessoas, odiei a egrégora, energeticamente eu comecei a sofrer, a floresta onde eu morava era dark, tudo era bastante artificial, não tinha fogo em lugar algum!! Quando finalmente desisti, eu estava um caco. Mental, emocional, energia… Deprimida. Triste. E aí, eis que entro num avisão de volta pra África para viver O MELHOR VERÃO DE TODA MINHA VIDA.

Durante a festa de ano novo, antes das 8 da manha, fiquei com dois caras. O primeiro, beijava muito mal! O cara me machucava a um ponto de eu olhar pra ele e falar “don’t hurt me!”. Já no finalzinho da manhã, eu comecei a dançar muito com um outro casa maravilhoso, a gente fechou muito, aí na hora que eu estava indo ele virou pra mim e disse “if you leave, i’m fucked!” e demos um beijinho lindo. E fui.

A-ha. Nos EUA, eu conheci um cara que fiquei algumas vezes, comecei a gostar dele e ele foi o homem mais babaca com quem já me relacionei! O que ele fez comigo foi tão bizarro que não tenho nem coragem de compartilhar mas ele me machucou. Que nem o primeiro que eu beijei na festa. Já, durante o melhor verão da minha vida, conheci um homem maravilhoso por quem me apaixonei de verdade e ficamos juntos 5 meses. Terminou porque ele teve que partir para ir trabalhar em outro lugar e eu queria ficar onde estava. A partida dele me arrasou. Me mudou. Me fudeu. “if you leave, i’m fucked.”

Então, finalmente, chegamos em 2017. Eu já estava super convencida da simbologia dessa noite!! Atenta a absolutamente todos os sinais. E eu estava cheia de expectativas para o ano. Um erro. Se tenho aprendido alguma coisa é que quanto menos expectativas, melhor! Nesse ano, eu coloquei intenções, criei um logo pro ano (2018: are you in or are you out?), fiz minhas resoluções. Já estava achando que ia arrasar na maionese! Comecei um detox 7 dias antes para passar o ano em mais alta vibração.

Boom! No dia 31 de dezembro, acordo com 40 graus de febre. Não consigo me mexer. Passo o dia deitada, pegando sol! Achando que o calor do sol me faria suar e passar quando na verdade eu só estava aquecendo meu corpo e piorando tudo! Eu passei o dia com pena de mim. Uma voz me disse: you will be tested. Passei o dia sofrendo, minha noite estava acabada… Reclamando pra todo mundo. Teve um momento de desisti e resolvi ir dormi mas parei, e pensei, se eu dormir vou acabar deprimida na casa da minha mãe. Preciso me levantar e fiz um esforço fenomenal para me levantar e voltar para o bar. A noite foi longa, os sinais foram muitos. Começamos todos na comunidade onde eu morava, vestidos de jaguar. Eu lutando contra toda energia negativa pesada do lugar. Sendo atacada por várias entidades. Me recusando a beber. Meu namorado então, finalmente, me fez tirar todos os casacos que eu usava para esfriar o corpo e fomos para outra festa. Comecei a melhorar. Aí resolvemos mudar de festa, eu achei muito cedo mas concordei que seria muito bom me movimentar, mudar de cenário. Caminhamos um longo tempo até a festa, lado a lado mas sem mãos dadas. No meio do caminho, um estranho nos ofereceu um atalho, não tomamos. Um coelho branco apareceu correndo na nossa frente nos acompanhando. Chegamos na festa, eu já estava muito melhor. Eu estava muito apaixonada. Ele olhou pra mim e disse “it’s time”. Tomamos vinho a noite toda. Passou a festa toda sendo muito amoroso comigo. Durante um momento, eu queria muito um cigarro, e gritei pros céus “I wish!” e ele apareceu com um cigarro imediatamente. Aí comecei a viajar que eu ia me casar com ele e senti como se todas as pessoas do local pudessem ouvir meus pensamentos e estivessem sentindo eu tomar essa decisão. Deixei pra lá porque estava de 7g de cogumelos na cabeça by then. Conversei com o fogo. Dançamos pouco mas a música que marcou foi Slip Dance – Elliot Moss e, sem que eu soubesse a letra, nesse momento, ele segurava minha mão e eu larguei a mão dele para ir dançar sozinha (depois fui ver que a letra diz: you better hold on or it’s gonna slip through your hands). Dancei com fogo. Caminhávamos de volta muito doidos, ele se abriu, chorava me contando histórias da vida dele e eu chorava com ele. Chegamos em casa e fizemos sexo até desmaiar. Fomos dormir 10:30 da manha.

Muitos dos sinais se realizaram que nem uma luva. Outros nem tanto… Mas eu acredito que ainda vem muito por aí e já acho que um revéillon desse precisava de um pouco mais de 365 para se realizar. Mas posso dizer que muito do ano foi sobre sinais em si.

O ano como um todo foi tipo esse choque de acordar com 40 graus de febre. O que eu imaginava que aconteceria, acabou sendo muito diferente. Eu senti pena de mim, piorei as coisas. Tomei atalhos. Não fui caminhar quando devia ter ido. Desisti. Fiquei deprimida na casa da minha mãe. Deixei slip o que eu deveria ter held on to. Desenvolvi uma relação mística de comunicação com o fogo e me queimei. Sofri ataques de entidades diversas. Quando it’s time chegou, eu errei e perdi o timing porque não sabia o que eu queria (meu wish). Aprendi sobre wishing e colocar encantos em mim mesma. O coelho branco me levou sim muito profundo para o mundo a Alice, saí da realidade, atravessei o espelho e não soube fazer o caminho de volta (assim como faz o xamã). Tudo isso para, finalmente, aprender a me levantar. Aprender a saber o que eu quero. Aprender a seguir os sinais. A querer e lutar pelo que eu quero. Meditei demais, abri meus poderes telepáticos, pessoas pareciam ouvir meus pensamentos toda hora. Escolhi me casar com ele e depois mudei de ideia. Várias vezes.

Era pra ter sido diferente!? Acredito que sim. Acredito que eu poderia ter ficado. Esperado. Caminhado. Focado mais na matéria. Acredito que eu poderia ter feito muitas coisas diferentes e agora estar fazendo sexo várias vezes por dia com um homem que amava. Mas eu tinha muitas lições para aprender ainda. Estava em um nível diferente do que eu acreditava estar.

O futuro é sempre o aberto dos possíveis. Fazemos escolhas e mudamos nossa vida o tempo todo. Que esse ano novo ainda se realize. Que eu aprenda as lições de não tê-lo realizado para toda a vida e nunca mais caia no erro de me superestimar mas acredite em mim. Ter mais clareza sobre o que eu estou fazendo e porquê. O que é importante pra mim. Me dar mais amor. Trabalhar mais pelo que eu quero. Ficar de pé. Compartilhar tudo que é aprendizado que nos é dado porque podemos sim perder tudo se formos egoístas demais. É preciso estar na matéria também! E, ser humilde para ouvir os sinais. <3

2018: are you in or are you out?

I’m learning what it means to be in and out. I am in for the ride, in for my dreams, in for a magical mission, in for what I want to make happen in my life. I am out because going to deep to fast inside isn’t real. I am out because I am in matter. I am out of caring for what other people think. I am out of sleeping and feeling sorry for myself. I am out of not going after what I want.

And, after all, no matter where I am – I AM IN for the game. For what the Universe wants me to live. For what my soul desires. Foi doing what I love. For choosing with responsibility.

Obrigada 2018. Foi difícil pra caralho. Maravilhoso demais. Mágico! Simples. Real. Eu estava humanamente DESPREPARADA para viver um ano desse mas é vivendo que se aprende. Que lição. Que aprendizado. Sou grata.

quando eles não conseguem te atingir

Neste tempo de ascensão planetária, estamos sempre na dualidade entre a luz e a sombra. Aprende-se muito com a sombra, é verdade. Estou falando de entidades, energias negativas que se alimentam da nossa energia.

Neste tempo de ascensão planetária, estamos sempre na dualidade entre a luz e a sombra. Aprende-se muito com a sombra, é verdade. Estou falando de entidades, energias negativas que se alimentam da nossa energia.

Aprende-se muito com elas porque elas entram aonde tem alguma fraqueza. Onde tem alguma lição a se aprender. E ficam ali sugando até o dia em que tomamos consciência desse escape e corrigimos aquilo dentro de nós mesmos que estava abrindo o portão.

Os primeiros momentos dessa dinâmica de auto correção e libertação da entidade são bastante importantes porque ela não vai sem brigar. Vai encher o saco, tentar te pegar de novo e de novo de qualquer jeito. Testar se a lição está bem aprendida. Se pensarmos, por mais chato que seja, isso até nos fortalece mesmo! Porque martelamos na tecla vez após outra.

O negócio é arisco, porque vamos ficando mais fortes, enfraquecendo a conexão e nos desconectando. À partir daí, ela vai tentar abaixar sua vibração através de outras pessoas! Vai usar pessoas que são menos conscientes e mais fáceis de manipular mas que tem como te jogar uma energia, te influenciar de alguma forma. Isso tudo para te balançar, para ver se você cai no padrão antigo.

Recentemente cortei com uma entidade que estava comigo há alguns anos. Chata demais!! Mas ela entrava por suprir algumas fraquezas minhas: minha carência e solidão em mim mesma, falta de amor próprio e tendência de colocar o meu poder na mão do outro. Ela achou a fonte de energia perfeita para se instalar, falar, guiar, transtornar, abusar, manipular… Até eu tomar consciência e começar a trabalhar muito meu amor próprio e retomar meu poder! Com a retomada do meu poder, me sinto bem mais tranquila em estar só e menos carente também. Tenho estudado bastante sobre Co-Dependência!

Ela entrou através de alguma permissão insconsciente dada há muitos anos atrás! Eu já sou tão diferente mas pude reconhecer as fraquezas ainda. Agora estou cada vez mais forte, ancorada em mim mesma e no meu propósito. Forte para dirigir a mim mesma novamente.

Mesmo assim, não deixou de agir através da minha irmã. Provocando uma noite de negatividade para tentar me tirar das práticas matinais (O Milagre da Manhã – Hal Elrod) que de fato tem feito milagres na minha recuperação emocional, mental e espiritual.

Tenha em mente sempre que na desconexão com entidades, coisas estranhas podem acontecer ao seu redor. Não se deixe abalar!! Ria na cara da negatividade, da sociedade e de todos que ainda são tão mesquinhos a ficar presos em suas vidinhas e afetam o outro por não ter nada melhor pra viver.

Aprende-se muito com elas porque elas entram aonde tem alguma fraqueza. Onde tem alguma lição a se aprender. E ficam ali sugando até o dia em que tomamos consciência desse escape e corrigimos aquilo dentro de nós mesmos que estava abrindo o portão.

Os primeiros momentos dessa dinâmica de auto correção e libertação da entidade são bastante importantes porque ela tem não vai sem brigar. Vai encher o saco, tentar te pegar de novo e de novo de qualquer jeito. Testar se a lição está bem aprendida. Se pensarmos, por mais chato que seja, isso até nos fortalece mesmo! Porque martelamos na tecla vez após outra.

O negócio é arisco, porque vamos ficando mais fortes, enfraquecendo a conexão e nos desconectando. À partir daí, ela vai tentar abaixar sua vibração através de outras pessoas! Vai usar pessoas que são menos conscientes e mais fáceis de manipular mas que tem como te jogar uma energia, te influenciar de alguma forma. Isso tudo para te balançar, para ver se você cai no padrão antigo.

Recentemente cortei com uma entidade que estava comigo há alguns anos. Chata demais!! Mas ela entrava por suprir algumas fraquezas minhas: minha carência e solidão em mim mesma, falta de amor próprio e tendência de colocar o meu poder na mão do outro. Ela achou a fonte de energia perfeita para se instalar, falar, guiar, transtornar, abusar, manipular… Até eu tomar consciência e começar a trabalhar muito meu amor próprio e retomar meu poder! Com a retomada do meu poder, me sinto bem mais tranquila em estar só e menos carente também. Tenho estudado bastante sobre Co-Dependência!

Ela entrou através de alguma permissão insconsciente dada há muitos anos atrás! Agora estou cada vez mais forte, ancorada em mim mesma e no meu propósito. Forte para dirigir a mim mesma novamente.

Mesmo assim, não deixou de agir através da minha irmã. Provocando uma noite de negatividade para tentar me tirar das práticas matinais (O Milagre da Manhã – Hal Elrod) que de fato tem feito milagres na minha recuperação emocional, mental e espiritual. Mas não adiantou porque quando estamos nos amando e queremos nosso melhor, nosso senso de disciplina e respeito próprio no move pra frente!

política espiritual?

Há muitos anos que ando meio que evitando um sonho que não me deixa em paz… Uma criação espontânea, resultado das minhas experiências de vida, erros e acertos.

Eu comecei na política – ONU, movimentos ambientalistas, ONG, anarquismo, mídia livre… Eventualmente eu passei a sentir que o esforço nessa estratégia (de mudança?) era energia jogada ao vento. Me parecia que os resultados eram bastante pontuais, mudando a vida de algumas pessoas na deliciosa aventura de tentar mudar o mundo, mas o tal mundo não mudava, nem mesmo um pouquinho. Caíamos sempre nas questões humanas – competição, poder, inveja, falta de grana que gerava desejo de grana, rixas, oposições por detalhes, traições, decepções… Eventualmente percebi que era necessário se voltar para as questões humanas em si! E mergulhei nos movimentos espirituais de cura, xamanismo, energia, intuição, meditação, etc. deixando pra trás qualquer vestígio de política institucionalmente feita.

Mas, veja, política é o que fazemos todo dia. Política está nas nossas escolhas energéticas! Onde coloco minha energia, crio esta realidade. E daí comecei a refletir sobre um movimento político de criação de realidade coletiva. Elevação vibratória, cura interna como caminho para uma mudança que nos conecte novamente com a nossa humanidade e com o planeta tera.

Porquê, pensemos, já são milhões de seres humanos no caminho do despertar agora, embora este movimento seja totalmente abafado pelos meios de comunicação tradicionais. Temos polos de luz, centros espirituais de cura, retiros, milhares de tecnologias energéticas, mestres online, gurus iluminados no Youtube… Hoje em dia jovens se juntam para compartilhar conhecimentos espirituais e rapé ao invés de saírem para beber. Somos muitos em processo de despertar espiritual! É o verdadeiro chamado da Terra. É o que o planeta precisa nesse momento.

(Não mais tecnologia, mais conhecimento mental, mais produtos…)

A Terra e nós como seres humanos sagrados, seus guardiões, refletores de Deus, precisamos nos reconectar com nossa essência. Uma essência inocente, pura, em paz com a vida material. Espiritualmente alinhada com o jogo divino da vida, compreendendo suas regras e, assim, provocando menos sofrimento.

Eu realmente acredito que a raíz de todo sofrimento no planeta nesse momento seja a desconexão com a Natureza. A falta de amparo que vem com essa desconexão. O negar da mãe, da nutrição, do cuidado que ela nos dá quando estamos com ela fortemente ligados.

Essa falta de conexão está intrinsicamente ligada com o negar da energia feminina. Com o desequilíbrio energético que sofremos no planeta como resultado dos 5000 anos de patriarcado. Não é coincidência que vários movimentos de sagrado feminino despertam pelo planeta inteiro. As mulheres estão sendo chamadas para restaurar essa força, essa energia em alinhamento com a criação original, os conhecimentos ancestrais.

Mas quando vemos a política sendo feita – esse sistema representativo democrático, burocrático, rígido, cheio de regras e protocolos. É muito masculino! Vemos estes protestos violentos de demonstrações de ódio (100 mil pessoas vibrando raiva e resistência) fazendo o oposto do que acreditamos – abaixando a vibração, jogando mais negatividade na vida e nas causas. É muito masculino! Energeticamente SUJO! Aí vemos coletivos tentando se organizar ao redor dessas dinâmicas, aumentando tensões, competições, separação… Nem começo a falar do feminismo bizarro de mulheres que se comportam como homens.

Me parece que toda política como é feita hoje em dia vai contra tanto dos conceitos que estão brotando daqueles que estão caminhando no despertar… Como seria uma política feminina? De verdade? Sagrada? Mágica? De amor? Nutrição? Limpeza (energética)? Com valores energéticos de criação de realidade coletivas?

Se nós somos e criamos o que acreditamos, se o externo é um mero reflexo do interno então todos estamos coletivamente criando essa realidade em que vivemos, certo? Nossas crenças, nossos hábitos, nossos valores, nosso passado está criando tudo isso que se passa na humanidade. Certo? E se milhares de pessoas, ao invés de ir pra rua jogar bombas na polícia, fossem pras ruas fazer visualizações? E se comprometessem a visualizar coletivamente todos os dias determinado resultado coletivo?

Porque a ideia de fazer um mutirão de abraço, para muitos, parece menos válido que um protesto de “luta”, luta só gera mais luta. Resistência só vai atrais mais motivos para resistir novamente. Uma vibração atrai a outra!

Veja no Brasil por exemplo: passaram 4 anos reclamando, reclamando, reclamando, falando que o Brasil é uma merda, o presidente é um monstro, Fora isso, Fora aquilo, Fora aquilo outro…. Não deu outra, entrou um pior ainda!! Porquê? Porque Fora seilá o que vai atrair mais Fora seilá quem. Reclamação vai atrair mais reclamação. Violência vai atrair mais violência! Aquela reclamação toda, adiantou alguma coisa?

E se passássemos coletivamente afirmando que o Brasil está ótimo! (Mesmo não estando) Que o Brasil está finalmente pronto! A vida de todos está melhorando muito. Estamos todos muito satisfeitos com nossos governos. Todos os povos já afirmando que suas reivindicações estão sendo atendidas. E coletivamente sentando em roda, em grupo, uma vez por semana para visualizar e sentir isso, profundamente. Mesmo que não estejam! Estamos mudando uma energia, mudando uma realidade. Então passamos a nos comportar como se acreditássemos que o que queremos já está realizado.

Eu tenho certeza absoluta que se muitas pessoas passassem a se comportar assim, as chances de realmente criarem essa realidade seria muito mais alta do que muitas pessoas se juntando para afirmar que está tudo uma merda…

Como um movimento desse começaria? Como convencer as pessoas disso? O que levaria coletivos políticos a mudarem sua visão e estratégia de mudança para um alinhamento mais perto do despertar espiritual?

Como seria uma política global feita com amor? Seria possível? Com magia? Com elementos da Natureza? Com árvores! Uooouuuu….

um ano de sangue pra terra

Faz um ano que dou meu sangue menstrual de volta pra terra em um breve ritual sagrado de agradecimento e deixar ir. Essa prática tem mudado a minha vida completamente. A forma de ver o mundo e o ser humano, especialmente a mulher, tornou-se muito mais sagrada, mágica e em pura conexão com a Natureza.

Todo mês, ficar menstruada tornou-se uma alegria! Um tempo de mergulho nas minhas profundezas, de morrer para o ciclo que se passou e renascer para um novo ciclo. Um momento sagrado de me recolher, focar em mim mesma, relaxar e deixar limpar toda energia acumulada do ciclo que se passou.

O útero é o nosso cálice sagrado, nosso container de emoções, energia feminina, sensação de pertencimento e nutrição. Pelo útero chega uma alma nova que se aloja em um novo ser vivo, o útero está conectado com as dimensões espirituais e é a primeira casa que temos ao vir pra terra. Nossa memória uterina é muito poderosa, guardamos emoções que sentimos e não sentimos nesse espaço.

Todo ciclo, acumulamos energia nossa e de outras pessoas no útero. Tudo que sentimos fica impresso na parede uterina como uma marca emocional do que vivemos. Quando damos a o sangue para a terra ao final de todo ciclo, estamos realizando um ato instintivo perfeito. O corpo da mulher precisa dessa conexão, dessa oferenda e, acima de tudo, dessa limpeza. A terra parece sugar toda energia pesada que ficou acumulada durante o ciclo e preparar o útero para um novo ciclo emocional, livre do que ficou ali marcado no passado.

Pensar que passamos a vida toda jogando nosso sangue fora em absorventes tóxicos que vendem este momento sagrado como algo sujo, desconfortável e infeliz. Passamos a vida a jogar o que foi uma vez considerado a substância mais sagrada da Terra no lixo! E não nos damos a limpeza do cálice de nossas emoções nunca. A vida inteira carregando sofrimentos, medos, dores e desamores simplesmente porque nunca nos ensinaram a fazer o que nossos corpos foram criados a fazer: ofertar nosso ciclo para a terra.

Em um ano dessa experiência, posso dizer que meu útero mudou muito.

Pra começar, agora ele fala: reclama, anseia, vibra, escolhe. O útero sabe o que quer e se recusa a se misturar com o que não quer. A escolha de um parceiro ficou muito mais criteriosa. O útero não escolhe por beleza, personalidade, físico… O útero escolhe medindo o grau energético do parceiro, fazendo uma combinação perfeita para uma prole saudável! Não que eu pretenda ser mãe tão cedo mas o útero não dá bobeira! Se alguma coisa vai rolar, vai rolar apenas com quem possivelmente será uma escolha boa para a reprodução da espécie. O útero sabe muito melhor sobre o seu parceiro que você, foi criado para encontrar seu par ideal.

Isso é bom por um lado, ficamos apenas com homens incríveis. Por outro, aquela transa de leve com aquele amigo esporádico não rola mais. Aquele gatinho que conheci no bar ontem à noite, também não. O útero precisa de tempo para escolher. É por isso que em todas as espécies existe o cortejo! Os animais (e nós principalmente) precisamos sentir-nos uns aos outros durante um tempinho e as mulheres tem a responsabilidade perante a própria espécie de escolher bem, a melhor semente, os melhores genes para a reprodução da espécie. Admito que nem sempre ter um útero ativado é a melhor coisa… às vezes sinto falta daquele deixar fluir do momento. Mas nunca sinto falta daquele arrependimento do dia seguinte!

O útero fala sobre outras coisas também. Pode-se perguntar muito pra ele. Sobre questões variadas… Ele sempre vai ter uma opinião.

Minha sensibilidade também aumentou muito! A um ponto preocupante durante um tempo… Energia tornou-se uma realidade material na minha vida. Já é mais difícil comer certas coisas, ficar em alguns ambientes, me relacionar com algumas pessoas… Não tenho mais aquela parede dentro de mim. Agora me conecto com tudo e todos muito mais facilmente. Inclusive com a natureza, a conexão com a mãe terra é de um outro nível, jamais imaginado. Falar com as árvores, derreter-se na cachoeira, preencher-se de sol, respirar o ar doce para dentro dos pulmões, vibrar com o grito do pássaro.

Foi maravilhoso enquanto eu morava em uma comunidade no meio da floresta. Mas voltar para a cidade grande tem sido um desafio enorme. A cidade é invasão energética do tempo todo – barulho de carro, gritaria, vendedores, garagem apitando, muita gente em todo lugar, não tem terra para colocar o pé e descarregar em lugar nenhum! Só acumulamos, acumulamos, acumulamos… Sem natureza para limpar a energia, a sensibilidade tornou-se uma fraqueza (se não acho palavra melhor). Agora estou me transformando… Mudando muito… Acumulando energia de tanto ao meu redor que minha própria energia já não está tão clara pra mim. É como se eu estivesse me perdendo de mim mesma… Admito que tenho tomado uns calmantes… (Outra bomba mas pelo menos dá uma fechada no campo).

E meu útero agora está triste. Não gosta da cidade. Tive que dar meu sangue em uma plantinha de apartamento quando cheguei… Melhor do que jogar pelo ralo mas tenho minhas dúvidas sobre os benefícios dessa prática. Porque quando damos o sangue nos conectamos com aquela terra, então o ideal é que seja em uma terra saudável, em um local familiar com que você tenha alguma relação (nunca na floresta selvagem! Conto depois…), eu sempre escolho uma bela e antiga árvore e dou pra ela como representante de toda mãe terra. Mas veja, a plantinha de apartamento está absorvendo a energia da cidade, do apartamento em si… Então me conectar com essa planta, essa terra, acaba sendo me conectar com essa energia toda que gostaria de evitar…

Não está fácil voltar pra cidade, energeticamente, porque agora é como se eu tivesse aprendido a me limpar todo mês e sinto muita diferença quando não o faço. Sinto que acabo passando mais um mês com energia acumulada que não precisava estar aí, caso houvesse um jardim…

Na natureza, de útero limpo, minhas emoções ficaram muito mais claras também. Absorvi muita energia positiva. Estava sempre criativa e produtiva. Na cidade, o útero parece acumular mais do que aguenta e estou bastante cansada, sem entusiasmo e sem muita inspiração, minhas emoçoes são de vibração mais baixa como ansiedade, medo e tristeza (o que não senti praticamente enquanto estava na natureza) tendo que fazer uma força para criar uma disciplina para dar uma corridinha de 20 minutos todo dia. Na floresta eu fazia 2 horas de trilha todo dia – no vício!

A prática de dar o sangue à terra nos transforma em mulheres sagradas sim. Sacerdotisas, filhas da terra. Ela nos ensina muito sobre ser mulher, sobre o feminino, sobre magia e conexão com os elementos da natureza. Muda tudo. Mas nem por isso é fácil. Nos tornamos mulheres de antigamente vivendo em um mundo de agora: machista, patriarcal, um mundo feito por homens para homens. Então é confuso porque essa é uma prática que vem para relembrar-nos de uma cultura perdida, à partir desta prática vejo muita coisa sendo criada para um mundo novo. Mas transformar-se em meio a uma cultura tão diferente, tão suja energeticamente, tão masculina, tão diminutivo da mulher é difícil.

Ainda estou tentando achar o equilíbrio e o caminho por aqui, na cidade… Mas cada vez mais percebo que é um caminho sem volta. Que morar longe da natureza por muito tempo tornou-se quase impossível. Que a cidade já não me atrai. Que sem meu campo florido, minha floresta ancestral, meu riacho sagrado, a vida não tem cor, não tem sentido… Ver televisão todo dia me agride, comer mal, ouvir barulho o dia inteiro, beber água de bebedouro elétrico, me preocupar incessantemente com dinheiro e sucesso, ver minha energia voltar-se para consumo… Tão sensível, ficam mais forte todos os impulsos e fluxos da cidade…

Tem sido uma experiência bastante interessante de recuperação da racionalidade. O que se faz muito necessário e bem ao se conectar com o inconsciente coletivo da cidade. O abstrato, espiritual, sagrado, fica em último plano mesmo. E durante um tempo isso pode fazer bem também. Especialmente pra quem pode ter ido um pouco fundo demais que nem eu… Mas não dá pra viver assim uma vida toda. Imersa em um campo energético imundo, de pensamentos negativos de 8 milhões de seres humanos influenciados por uma mídia bizarra.

A cidade é um campo de batalha que eu não tenho interesse em conquistar. Meu útero quer ir pra casa. Pra floresta. Pra limpeza. Pra calma. Pra paz.

Então, para a irmã que está considerando retomar a prática de suas ancestrais, eu digo: vai fundo mas cuidado! Tudo vai mudar. É um caminho sem volta mesmo… Boa sorte! Que seu aprendizado e sua vida floresça. E que os ciclos tornem-se sua medida de tempo. Que as sementes de um relembrar sejam plantadas e que essa artificialidade urbana toda perda todo seu encanto. Seja real. Seja livre. Seja você!