Sinta. Não finja.

Eu senti. Parei TUDO e me deixei sentir.

Não foi fácil me conectar com a sensação que eu realmente sentia no corpo. Não conseguia nem nomear.

A mente já tentava me levar pra outros lugares. Me proteger do sofrimento que pulsava no corpo.

Eu não me deixava acreditar no que estava acontecendo ao meu redor. Na verdade escancarada na minha cara, tão bizarra que algo dentro de mim quase não se permitia crer.

Mas eu fiz a escolha de ficar no corpo e sentir. Permitir toda a sensação.

Fiz isso porque a decisão de mudança já estava tomada. Então sentir me ajuda a corporificar esse movimento.

Sentir marca o acontecimento como real. Inegável. Vira memória corporal para que eu não esqueça o porquê decidi mudar.

Pra que quando as dificuldades da mudança se apresentarem, eu fique firme no caminho.

Pra que eu dê valor às escolhas que me dão valor.

Pra que eu tranforme essa experiência de sofrimento em código de conduta para sofrimentos futuros.

E aí, melhorei sem me abandonar. Sem esquecer do que se passou. Sem fingir.

Sem reprimir e tranformar em trauma para lidar no futuro, na terapia. Na próxima vida talvez?

Só fiquei mais forte. Mais decidida. Mais ancorada.

E muito mais consciente.

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